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Merhan Karimi Nasseri é um refugiado iraniano que viveu no Terminal 1 do Aeroporto Charles de Gaulle, perto de Paris, por simplesmente 18 anos.
Sua estranha odisséia começou em 16 de novembro de 1988, dia em que se apresentou ao balcão da British Airways, em Paris, munido apenas de uma passagem de ida para Londres. Explicou que seus documentos haviam sido roubados numa estação de trem da capital francesa. Contrariando todas as regras, os franceses permitiram que tomasse o avião. Como era de se prever, os ingleses o despacharam de volta no primeiro vôo. Como também não podia entrar na França, Nasseri sentou-se num banco e ficou à espera de que resolvessem seu problema.
Sem documento de identidade, ele não podia entrar em nenhum país, nem mesmo na França, então foi ficando no aeroporto por anos e anos. Um funcionário do aeroporto parisiense o apelidou de “Sir Alfred”, nome com o qual ficou conhecido. Dormia sentado num banco, tomava banho todos os dias nos banheiros públicos e lavava suas roupas na lavanderia do aeroporto. Passava o dia ouvindo música em seu walkman e lendo publicações inglesas deixadas ali pelos passageiros. De vez em quando, dava uma volta no setor de embarque, localizado no piso superior. Ordens do médico, que diagnosticou um problema em seus tornozelos devido à falta de mobilidade.
Durante todos esses anos, Nasseri sobreviveu da boa vontade alheia. Funcionários de companhias aéreas lhe presenteavam com vales-refeição ou com artigos de limpeza que sobravam da primeira classe de vôos. Viajantes que souberam de sua história lhe enviavam dinheiro pelo correio (endereço: Sir Alfred, Charles de Gaulle Airport).
Seu caso foi levado pelo advogado de direitos humanos Bourget à justiça francesa, e em 1992 ela decidiu que, tendo entrado no país legalmente, sir Alfred não poderia ser expulso do aeroporto, mas também não poderia conceder-lhe permissão para entrar na França.
Isso mudou em 2004, quando as autoridades francesas lhe concederam um passaporte de refugiado político, que lhe permitia viajar para onde quisesse na Europa. Aí aconteceu o que ninguém esperava: Nasseri simplesmente não quis sair do aeroporto, dizia não ter para onde ir.
Sua vida no aeroporto só chegou ao fim em julho de 2006, quando Nasseri foi hospitalizado. No final de janeiro de 2007, ele deixou o hospital e foi cuidado pelo aeroporto da filial da francesa Cruz Vermelha. Foi hospedado por algumas semanas em um hotel próximo ao aeroporto. Em 6 de março de 2007, foi transferido para um centro de acolhimento de caridade em Paris e em 2008 passou a viver em um abrigo parisiense.
Seu curioso caso inspirou um filme, O Terminal (The Terminal, 2004), estrelado por Tom Hanks, Catherine Zeta-Jones e dirigido por Steven Spielberg.
Luz p´ra nós !!
Lpn!!
Gratidão pelo post! Luz p’ra nós!
Oloko. Ele deve ter pirado esse tempo todo.
Luz p’ra nós
Gratidão.
Luz p´ra nós
Que história em.
Luz p’ra nós!
#luzpranos
Luz p’ra nós!