
Algumas coisas que Jung escreveu sobre Lucifer surpreendem pela conexão com o conhecimento da Escola de Lucifer.
”https://youtu.be/j1C9xEIqPwI”
”Aion é uma variante para designar a era cristã que encontra seu término na parusia de Cristo e no aparecimento do Anticristo. C. G. Jung, servindo-se dos símbolos cristãos, gnósticos e alquimistas do si-mesmo, estuda em Aion as mudanças da situação psíquica dentro do Éon cristão.
Parúsia
Segunda vinda de Cristo, Segundo Advento ou Parúsia é um termo usualmente empregado com a significação religiosa de volta gloriosa de Jesus Cristo, no Fim dos tempos, para presidir o Juízo Final, conforme creem as várias religiões cristãs e muçulmanas, inclusive sincréticas e esotéricas.”
O Homem e seus Símbolos
A inveja, a luxúria, a sensualidade, a mentira e todos os outros vícios são o aspecto “escuro” e negativo do inconsciente, que se pode manifestar de dois modos. No seu aspecto positivo, aparece como um “espírito da natureza”, cuja força criadora anima o homem, as coisas e o mundo. É o “espírito ctônico” ou terrestre, que tantas vezes mencionamos neste capítulo. No aspecto negativo, o inconsciente (aquele mesmo espírito) manifesta-se como o espírito do mal, como uma propulsão destruidora.
Como já observamos, os alquimistas personificaram este espírito como “o espírito de Mercúrio” e chamaram-no muito adequadamente, Mercurius duplex (o Mercúrio de duas caras, dual).
Na linguagem religiosa do cristianismo, chamam-lhe diabo. Mas, tão improvável quanto possa parecer, também o diabo tem um aspecto de dualidade. No sentido positivo, aparece como Lúcifer — literalmente, aquele que traz a luz.
Jung A interpretação preliminar do dogma da trindade
”O homem é verdadeiramente a ponte que transpõe o abismo entre “este mundo, o reino do tenebroso Tricéfalo, e a Trindade celeste. É por isso que sempre houve desde os neopitagóricos gregos até o Fausto de Goethe e mesmo nas épocas de fé incondicional na Trindade a procura de um quarto elemento perdido. Embora os que o buscassem fossem considerados cristãos verdadeiros, eram no entanto cristãos marginais, pois se dedicavam a uma Opus [atividade], cuja finalidade principal era libertar o serpens quadricornutus, a anima mundi enredada na matéria, o Lúcifer caído.
Para eles, o que estava escondido na matéria era o lúmen luminum [a luz luminosa], a sapientia Dei [a sabedoria de Deus], e sua obra era um puro “dom do Espírito Santo”.
Anima mundi wiki
Anima mundi (do latim, “alma do mundo”, em grego clássico: ψυχή τοῦ παντός psychḗ tou pantós) é um conceito cosmológico de uma alma compartilhada ou força regente do universo pela qual o pensamento divino pode se manifestar em leis que afetam a matéria, ou ainda, a hipótese de uma força imaterial, inseparável da matéria, mas que a provê de forma e movimento. O termo foi cunhado por Platão nas obras A República, Timeu e no livro X de Leis (896 d 10-898 c 8).
Se entender-se a Trindade como um processo, como tentei fazê-lo acima, este processo deveria prolongar-se até chegar à totalidade absoluta, com o quarto elemento. Mas com a intervenção do Espírito na vida dos homens, estes são inseridos no processo divino e, consequentemente, também no princípio de individuação e de autonomia em relação a Deus, princípio este que vemos personificado em Lúcifer, como vontade que se opõe a Deus. Sem Lúcifer não teria havido criação, e nem menos ainda uma história da salvação. A sombra e a vontade oponente são condições imprescindíveis para aquela realização. O ser que não tem vontade própria ou, eventualmente, uma vontade contrária à do seu Criador e qualidades diversas das dele, como as de Lúcifer, não possui existência autônoma, não estando em condições de tomar decisões de natureza ética. Quando muito, é um mecanismo de relógio ao qual o Criador deve dar corda, para poder funcionar.
Por isso Lúcifer foi quem melhor entendeu e quem melhor realizou a vontade de Deus, rebelando-se contra Deus e tornando-se assim o princípio de uma criatura que se contrapõe a Deus, querendo o contrário.
Porque assim o quis, Deus dotou o homem, segundo Gênesis 3, da capacidade de querer o inverso do que Ele manda. Se assim não fosse, Ele não teria criado mais do que uma máquina, e neste caso a Encarnação e a Redenção do mundo estariam inteiramente fora de cogitação e a Trindade não se teria revelado, pois todas as coisas continuariam sendo apenas o Uno.
291
A lenda de Lúcifer não é em absoluto uma história de fadas do mesmo modo que a história do Paraíso
Os arquétipos e o inconsciente coletivo
Quando o espírito se torna pesado, transforma-se em água e o intelecto tomado de presunção luciferina usurpa o trono onde reinava o espírito. O espírito pode reivindicar legitimamente o L ‘patrias potestas” (pátrio poder) sobre a alma; não porém o intelecto nascido da terra, por ser espada ou martelo do homem e não um criador de mundos espirituais, um pai da alma. No tocante a isso, KLAGES acertou no alvo e SCHELER, com seu restabelecimento do espírito, foi suficientemente modesto, pois ambos são filhos de uma época na qual o espírito não paira mais no alto, mas está embaixo, não é mais fogo, mas se tornou água.
Para NIETZSCHE, Zaratüstra é mais do que uma figura poética, é uma confissão involuntária. Ele também se perdera na obscuridade de uma vida descristianizada, distante de Deus. Por isso, veio a ete o revelador e ilumínador como fonte expressiva de sua alma. Esta é a origem da linguagem hierátíca do Zaratüstra, pois este é o estilo do arquétipo. Na vivência deste arquétipo, o homem moderno experimenta a forma mais arcaica do pensar, como uma atividade autônoma cujo objeto somos nós mesmos. Hermes Trismegisto. ou o Thoth da literatura hermética, Orfeu, o Poimandres e seu parentesco com o Poimen de Hermes ” são outras formulações da mesma experiência. Se o nome “Lucifer” não fosse marcado pelo preconceito, seria provavelmente o nome mais adequado para este arquétipo. Bastou-me por isso designá-lo como o arquétipo do velho sábio, ou do sentido. Como todos os arquétipos, este também tem um aspecto positivo e outro negativo, mas não entrarei aqui em maiores detalhes.
A consciência só pode existir através do permanente reconhecimento e respeito do inconsciente: toda vida tem que passar por muitas mortes.
104
A provocação do conflito é uma virtude luciferina, no sentido próprio da palavra. O conflito gera o fogo dos afetos e emoções e como todo fogo, este também tem dois aspectos, ou seja, o da convulsão e o da geração da luz. A emoção é por um lado o fogo alquímico, cujo calor traz tudo à existência e queima todo o supérfluo {omnes superfluitates comburit). Por outro lado a emoção é aquele momento em que o aço ao golpear a pedra produz uma faísca: emoção é a fonte principal de toda tomada de consciência, Não há transformação de escuridão em luz, nem de inércia em movimento sem emoção.
A lenda do pecado original contém uma profunda doutrina, pois é a expressão de um pressentimento de que a emancipação da consciência do eu representa um ato luciferino. A história universal humana consiste, desde o início, num confronto do sentimento de inferioridade com a arrogância.
226
Acerca do “espírito da fonte” de Mercúrio, Böhme comenta que ele surge no “fogo-raio”. Mercúrio é o “espírito animal” que sai do corpo de Lúcifer “nos salitres’ de Deus como uma serpente ígnea, saltando de seu buraco”, como “se uma belemnite de fogo conduzisse a natureza de Deus ou uma serpente,contorcendo-se, enraivecida pretendesse despedaçar a natureza” . Do mais “íntimo nascimento da alma”, o corpo animal receberia “apenas um rápido olhar como se relampejasse”15. O “nascimento divino triunfante” dura “em nós, seres humanos, só o tempo de um relâmpago; por isso, nosso conhecimento é fragmentado; em Deus porém o raio é imutável e, portanto, eterno”
290
Encontramos também em JACOB BÖHME, implicitamente, a imagem das cascas, na medida em que a camada externa da esfera de sua mandala imaginada tridimensionalmente é designada como “vontade de Lúcifer” o “eterno abismo, abismo das trevas”, “inferno dos demônios”, etc.123. BÖHME comenta esta passagem em Aurora: “Vede como Lúcifer despertava com seu exército o fogo da ira na natureza de Deus, de tal forma que Deus se irava na natureza, no Loco Lucifers; assim o nascimento mais externo recebia uma outra qualidade na natureza, inteiramente colérica, áspera, fria, fogosa, amarga e azeda. O espírito flutuante que anteriormente possuía na natureza uma qualidade sutil e branda tornou-se em seu nascimento mais externo tremendamente arrogante e terrível.
323
O velho corresponde ao arquétipo do sentido, ou seja, do espírito, e a figura ctônica escura no plano inferior, ao oposto do sábio, isto é, ao elemento luciferino, mágico (e às vezes destrutivo). Na alquimia trata-se de Hermes Trismegisto versus Mercúrio como o “trickster” evasivo .
370
Um mito moderno sobre coisas vistas no céu
Já que o fogo de Javé castiga, mata e devora, deixa-se ao critério do observador pensar também no “fogo da ira”, de JACOB BÖHME, que contém o próprio inferno, incluindo Lúcifer. Por isso, as chamas espalhadas podem significar o entusiasmo do Espírito Santo, como também o fogo das paixões perversas, ou seja, aqueles extremos carregados de afeto, dos quais a natureza humana é capaz, mas que, no cotidiano, são repudiados, reprimidos, escondidos, ou, acima de tudo, inconscientes. Certamente, não é sem um motivo mais profundo que o nome “Lúcifer” (portador ou carregador da luz) seja adequado para ambos, para Cristo e para o Diabo. A cena da tentação de Mateus 4,3s relata a cisão e a luta, tantas vezes mencionada, contra o diabo e seus anjos, a oposição mútua e, ao mesmo tempo, a ligação interna do julgamento moral. Um só oposto existe ali, onde duas existências se contrariam, mas não onde uma está e a outra não, ou onde existe só uma dependência unilateral, ou seja, onde só o bem tem uma substância e não o mal.
O desenvolvimento da personalidade
Se o “eu” sucumbir apenas em parte e puder salvar-se de ser totalmente devorado, fazendo uso da auto-afirmação, então poderá assimilar a voz; e desse modo se esclarece que o mal era apenas uma aparência de mal, sendo na realidade o portador da salvação e da iluminação. “Luciferino”, no sentido próprio e menos dúbio da palavra, é o caráter da voz interior; por isso ela coloca o homem diante de decisões morais definitivas, sem as quais ele jamais atingiria a consciência e se tomaria uma personalidade. De modo imperscrutável, acontece muitas vezes que se acham misturados na voz interior o mais baixo e o mais alto, o melhor e o pior, o mais verdadeiro e o mais fictício, o que produz um abismo de confusão, ilusão e desespero. 320
Que felicidade ver esse post. Não vejo a hora de chegar em casa pra ver o vídeo. Sempre gostei do Yung e nunca imaginei que ele já tinha falado de Lucifer. Luz p’ra nós !
gratidão irmão, vc é um irmão.
Salve EDL

Gratidão mestre muito legal o post , as ideias de Carl Jung sobre lucífer me surpreenderam pois não imaginava que ele sabia tanto sobre, se ele estivesse nos dias atuais imagino que ele entenderia a EDL.
Luz p´ra nós!
gratidão irmão, vc é um irmão.
Ótima correspondência com a Conscienciologia Cristã! Penso que hoje, Jung reconheceria o Messias!
.
Muito interessante o post e ótimo vídeo, Mestre; é muito prazeroso ver o Mestre discorrendo sobre esse assunto, fiquei ainda mais interessado pela Obra de Jung! Ele realmente estava certo quando disse: que Lúcifer foi o que mais fez a Vontade de Deus!! Deus abençoe Mestre!
Luz p’ra nós
gratidão irmão, vc é um irmão.
Post fodah Mestre! Obrigado
.
“Lúcifer foi quem melhor entendeu e quem melhor realizou a vontade de Deus”
Jung
luz p’ra nós
Luz pra nós!
Excelente post! Não sabia que Jung tinha falado de Lúcifer. Maluco era brabo mesmo, um mestre em seu tempo.
Luz pra nós!
Massa, não vi muito sobre ele rsrs.
Que maravilha mestre Rogério citar sobre o Carl Jung! Estava lendo outro dia o livro “mapa da alma”!!!
Luz p’ra nós
É realmente de impressionar o quão longe ele foi eu sua gnose. Gratidão por compartilhar conosco suas descobertas. Luz p’ra nós!
#LuzPraNos
Jung é único! LPN!
Grata surpresa saber que Young escreveu sobre Lucifer! Luz pra nós
Conteúdo de alto nível. “Sem consciência não há ciência”. Essa frase descreve bem o que temos visto no teatrão com alguns acadêmicos. Sobre o 4º Elemento, será que o Jung não estava se referindo à Forma?
E o que me chamou atenção também é o fato do Hélio Couto gostar do Jung e não desdobrar essa questão sobre Lucifer. Excelente post, mestre. Gratidão! LPN!
Luz p’ra nós!
Luz pra nós
Gostaria de ver a reação do Hélio Couto e helicoutistas a respeito desses fatos, acho que os colocaria em catarse pelo fato do próprio Hélio falar muito do Jung, mas por ego e muita contradição a respeito do que ensinam, eles se fecham e nos bloqueiam, paciência.
Valeu pela matéria mano.
Luz p’ra nós!
verdade irmão
Jung mandou MT bem.Valeu Rogério, Luz p’ra nós!
Impressionante!
Luz p’ra nós!
Ótimo post, vendo aqui de madrugada sem nada e a consciência expandidassa kkk
Tmj Rogério, você é um irmão
obrigado irmão, vc é um irmão.
Sempre sintonziei com a psicologia, já chegou ser um sonho lá atrás. Porém sempre achei ela limitada por só ter conhecido Freud e outros… depois que conheci o Yung sintonizei ainda mais. Depois da escola cheguei ver alguns materiais dele e percebi o quanto era desdobrado. Ainda mais naquela época. Ver o mestre falando sobre ele trouxe várias recordações. Luz p’ra nós!
eu quase estudei psicologia e filosofia no teatro.
Sensacional Mestre.

Gratidão!
Luz p’ra nós
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós.
Luz p´ra nós!