
Expor plantas a barulhos acelerou o desenvolvimento e a produção de esporos de um fungo que faz as plantas crescerem mais rápido.
Uma pesquisa australiana descobriu que músicas acústicas conseguem estimular o desenvolvimento e produção de esporos do fungo Trichoderma harzianum, que acelera o crescimento de plantas. Um artigo que descreve a pesquisa foi publicado na revista científica Biology Letters nesta quarta-feira (2).
Estudos anteriores testaram como bactérias E.coli reagiam a ondas sonoras. Com base nisso, pesquisadores da Universidade Flinders, na Austrália, se propuseram a avaliar como o fungo iria se desenvolver.
O fungo Trichoderma harzianum é conhecido por fazer as plantas crescerem, as protege de doenças e melhora o solo com a introdução de nutrientes. Por isso, esses microrganismos são muito utilizados na agricultura orgânica.
Para a pesquisa, os fungos, que estavam em placas de petri, foram colocados em cabines de som, onde tocava o ruído branco “Tinnitus Flosser Masker a 8 kHz”. Algo mais ou menos como o som que você pode ouvir abaixo.
“Pense no som que um rádio antigo faz quando está procurando um canal. Escolhemos esse tom monótono por razões experimentais e controladas, mas pode ser que uma paisagem sonora mais diversa ou natural seja melhor”, disse o líder do estudo Jake Robinson, da Universidade Flinders, na Austrália, em comunicado.
Durante 5 dias, por 30 minutos diários, o som com o nível de 80 dB (decibéis) chegava nas placas de petri. Após esse período, os fungos que ouviam o áudio tiveram um maior crescimento e produção de esporos em comparação com os microrganismos que estavam sem som.
A teoria dos pesquisadores é de que a onda acústica serve como uma carga elétrica estimulante de fungos — efeito conhecido como piezoelétrico. A segunda hipótese é de que as membranas fúngicas denominadas mecanorreceptores são responsáveis por receber os estímulos.
“Pode ser que as ondas sonoras estimulem esses mecanorreceptores nos fungos, que então desencadeia uma cascata de eventos bioquímicos que levam à ativação ou desativação de genes — por exemplo, o tipo de gene responsável pelo crescimento”, afirma Robinson. Essas membranas são parecidas com os mecanorreceptores da pele nos humanos, responsável pelo mecanismo sensorial que responde a pressões ou a estímulos mecânicos do tato.
“Podemos influenciar as comunidades microbianas do solo ou das plantas como um todo? Podemos acelerar o processo de restauração do solo estimulando a terra com paisagens sonoras naturais? Que impacto isso pode ter na fauna do solo?”, questiona. “Nossa pesquisa preliminar sugere que os fungos respondem ao som, mas ainda não sabemos se isso beneficia as plantas. Então, esse é o próximo passo”.
fonte: revistagalileu
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