Em um memorando interno divulgado nesta sexta-feira, o Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou o congelamento de praticamente toda a ajuda externa americana, exceto os fundos destinados a Israel e ao Egito. A decisão ocorre em um momento de transição e revisão das políticas de assistência externa do novo governo.
O documento informa que não serão alocados novos recursos até que todas as concessões já existentes sejam revisadas para garantir que estejam alinhadas com a agenda do presidente Donald Trump. O memorando não faz menção à Ucrânia, a qual recebeu bilhões de dólares sob a administração anterior para se defender contra a agressão russa, o que leva a crer que a ajuda destinada ao país também está suspensa.
“Não serão alocados novos fundos (…) até que cada nova concessão ou prorrogação proposta tenha sido devidamente examinada e aprovada”, afirma a nota à qual a AFP teve acesso. A única exceção à medida são as ajudas emergenciais voltadas para alimentos, conforme informado pela AFP.
Esta circular segue um decreto assinado por Trump logo no início de seu mandato, que determina o congelamento da ajuda externa dos EUA por um período de 90 dias. Tradicionalmente, Israel e Egito figuram entre os principais beneficiários da assistência militar estadunidense.
O memorando de Rubio justifica essas medidas ao assinalar que o novo governo não consegue avaliar adequadamente se os compromissos de ajuda externa já existentes são “não duplicados, eficazes e consistentes com a política externa do presidente Trump”. Em sua argumentação, Trump destacou que “o setor e a burocracia de ajuda externa dos EUA não estão em conformidade com os interesses americanos e, em muitos casos, são contrários aos valores americanos”.
O anúncio do congelamento da ajuda externa ocorre logo após a pressão exercida por Trump sobre o enviado especial da Casa Branca, Keith Kellogg, para que se encontre uma solução para o conflito na Ucrânia dentro de um prazo de 100 dias. Na última quarta-feira, Moscou expressou otimismo ao perceber uma possibilidade de alcançar acordos com o novo governo americano, especialmente após Trump ter sugerido a imposição de novas sanções caso a Rússia não se disponha a negociar um cessar-fogo. O presidente ucraniano, por sua vez, reiterou que quaisquer negociações de paz devem ser acompanhadas de supervisão militar internacional, solicitando um contingente europeu de 200 mil soldados para essa função.
Trump, um crítico habitual do financiamento americano a Kiev e defensor da política “América Primeiro”, sempre afirmou que encerraria a guerra na Ucrânia antes mesmo de assumir a presidência, algo que, segundo os fatos, não se concretizou até o momento — ao contrário do cessar-fogo em Gaza, que foi firmado apenas na semana que antecedeu sua posse.
Líderes europeus temem que um possível acordo de paz mediado pelos Estados Unidos sob a presidência de Trump resulte em perdas territoriais significativas para a Ucrânia. Antes mesmo do memorando de sexta-feira ser divulgado, já havia inquietações de que Washington pudesse reduzir drasticamente ou até mesmo cortar completamente o apoio militar a Kiev. Após retornar à Casa Branca, Trump declarou que “verificaria” a situação referente ao envio de mais armamentos para a Ucrânia.
Durante a administração de Joe Biden, a Casa Branca utilizou os últimos meses para intensificar o fornecimento de armamentos e fundos a Kiev antes da saída do ex-presidente. Trump, por sua parte, manifestou disposição para reverter parte dos US$ 61 bilhões (aproximadamente R$ 364 bilhões) aprovados pelo Congresso em 2024 para a Ucrânia, mas que ainda não foram utilizados.
Fonte: oglobo
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