Documentário: Tudo é um remix

O que são direitos autorais?

Os direitos autorais são aqueles atribuídos ao autor de determinada obra, seja ela uma música, uma tela, um texto, um livro, uma dança, o autor possui um retorno financeiro assegurado pela justiça. Estes foram divididos em licenças, dentre elas o Copyright (direito autoral tradicional), copyleft (relacionado à softwares livres que não possuem restrições para alterações e cópias), domínio público (tempo em que a obra passa a ser de domínio público), atribuição (o nome do autor deve ser citado) e não-comercial (só é necessária autorização caso tenha intenção de lucrar). Porém, com a disseminação da tecnologia e das mídias digitais, torna-se praticamente impossível o uma fiscalização eficiente, principalmente com o crescimento da cultura participativa.

“Qualquer um que crie fora desse monopólio é visto como pirata. Ou você tem o que eles te dão e paga o preço deles nas lojas deles, ou estará cometendo um crime. O sistema cria e divulga só a mesma porcaria e não dá oportunidade para produtoras independentes. Não há justiça na oferta nem na distribuição. Não há justiça na propaganda e nem na eficiência.” Bob navarro – Livro Lucifer –  Onde a verdade é a lei pg.918

Os direitos autorais buscam privilegiar as grandes hegemonias da comunicação. Um exemplo disso é o caso da Disney, conhecida pela reprodução e por ter patenteado histórias e personagens criados por outras pessoas.

Dessa forma, para Drahos e Braithwaite (apud SILVEIRA,2008), o desenvolvimento da criatividade necessita de atividades como copiar e imitar para a obtenção de habilidades. Consequentemente, os direitos autorais inibem o processo criativo, favorecendo apenas empresas de grande renome. Em contrapartida, o Ted Talk “Abraçando o Remix”, apresentado por Kirby Ferguson, criador do “Everthing is a Remix”, nos leva a crer que tudo o que é criado nos dias de hoje possui uma base de algo que já existe. O exemplo utilizado pelo palestrante é de 1974, representado pelo cantor Bob Dylan, consagrado pelas suas músicas na época, porém acusado de roubar músicas de outros cantores. Além disso, utiliza das palavras de Henry Ford, quando o empreendedor afirma que não criou nada, apenas utilizou de sua bagagem sobre o assunto, uniu invenções de outras pessoas e transformou em algo diferente.

Os processos da criação são copias, transformações e combinações.

O documentário é dividido em quatro partes e conta como todas as coisas que admiramos hoje em dia na chamada cultura pop (música, cinema, tecnologia) são nada mais que cópias de outras coisas que deixamos de admirar (ou não admiramos por não ter a mesma visibilidade).O mesmo ocorre com o mito das invenções e seus considerados inventores geniais. Não que todos os grandes nomes da ciência e tecnologia não são, de uma forma ou de outra, grandes mentes fazendo grandes coisas, mas considerar uma ideia inventiva, algo único, pontual e genuíno, é equivocar-se demais.

Kirby Ferguson procura desmistificar a figura do artista supremo, aquele que acredita-se ser isento de qualquer inspiração ou mesmo “cópia” prévia, que modela sua arte a partir do nada e de lugar nenhum; apenas surge em sua mente brilhante a ideia. Apontando grandes nomes do mercado musical (Led Zeppelin), cinematográfico (George Lucas e Quentin Tarantino) e tecnológico (Steve Jobs)

Portais:

Escola de Lucifer

Unebrasil

Unebrasil Círculo EDL

Unebrasil Oryon

Loja Lucifer

Rapé do Reino

Congresso Online

Projeto Quero Vencer

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Matheus Lispecter

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