Amanda Gonzalez 
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O Google aposentou os links de visualização de páginas salvas em cache. A antiga função, útil principalmente para conexões lentas, permitia que usuários carregassem uma página web no formato em que o buscador as reconhecia.
O fim da função foi divulgado no X, antigo Twitter, em 1° de fevereiro. “Sim, foi removido”, confirmou um porta-voz do Google. “O objetivo era ajudar as pessoas a acessar páginas quando, no passado, muitas vezes você não podia confiar no carregamento de uma página. Hoje em dia, as coisas melhoraram muito, então decidimos aposentá-lo”, complementou.
Atualmente, em vez de ajudar a carregar páginas de forma mais rápida, o recurso era utilizado frequentemente como backup de páginas web. A função servia para validar um site, checar erros de SEO, ou conferir se uma página foi modificada.
Antes de ser removido, o link para a página salva em cache estava disponível no menu de três pontos posicionado ao lado de cada link. Agora, a seção apresenta apenas informações da Wikipédia sobre o site em questão.
Novo recurso de busca a caminho
No lugar do link para página salva em cache, o Google pretende incluir um atalho para o Internet Archive. A empresa não mencionou quando isso vai acontecer.
Contudo, as páginas do Internet Archive não atendem a mesma proposta. Além disso, a adição aumentaria significativamente o fluxo de pessoas pelo projeto.
Por enquanto, a proposta ainda precisa passar por aprovação. “Para ser claro, é algo [a adição do link para o Internet Archive] que pessoalmente acho que seria uma coisa boa de fazer, mas não algo que faríamos sem um acordo que eles também considerassem valioso de alguma forma”, disse o porta-voz.
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O Google tem uma mania chata de acabar com seus próprios serviços. Foi assim com o Google Plus, foi assim com o Orkut que eles adquiriram do Büyükkökten, foi assim com o Google RSS Reader, e com vários outros serviços falecidos. Agora, esse lance de acabar com o cache tem também um outro motivador: o cache permite às pessoas notar como a mídia e as corporações tentam manipular a narrativa editando ou excluíndo as matérias já publicadas, quando a narrativa não se encaixou como eles gostariam. Muitas notícias publicadas em grandes e “confiáveis” portais sumiram silenciosamente quando aquilo que publicaram não surtiu o efeito desejado por eles, e o recurso de cache é como se fosse uma “prova do crime”. Felizmente pra nós, e infelizmente pra eles, o cache do Google não era o único recurso que faz backup da internet: web.archive.org e archive.is são dois serviços que fazem isso, apesar que o primeiro parece já ter sido cooptado, mas não o archive.is… Há outros que desconheço, bem como há sempre o bom e velho “print” compartilhado nas redes sociais e até mesmo pelos confins da “Deep Web”. Uma vez na internet, sempre na internet, a menos que eles deem um jeito de fritar todos os computadores e HDs do mundo com algum pulso eletromagnético. Luz p’ra nós.
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Gratidão. Luz p’ra nós