Não é novidade que para um bom funcionamento do corpo uma alimentação saudável é de extrema importância. Evitar o consumo de gorduras e industrializados em excesso, optar por alimentos ricos em proteínas, mas que sejam pouco calóricos e incluir na dieta fibras, grãos, legumes, verduras e hortaliças são alguns dos princípios da redução calórica, que pode ser entendida como a redução da quantidade de alimento ingerido, sem causar desnutrição.
Inúmeros estudos sobre o assunto já foram realizados, tanto em animais quanto em humanos, visando compreender a relação de uma alimentação restrita com um potencial bem estar e melhor funcionamento dos sistemas. Por exemplo um estudo Instituto Nacional do Envelhecimento (NIA) dos Estados Unidos, buscou entender a relação entre uma dieta de restrição calórica e o jejum, e como isso afetava o metabolismo de animais. Os resultados mostraram que os animais que passaram pelos períodos de jejum viveram mais e melhor do que os que apenas seguiam uma dieta de restrição calórica ou que não seguiram dieta nenhuma.
Ainda nesse contexto, um grupo de pesquisadores da Universidade de Yale, também dos Estados Unidos, decidiu investigar os efeitos a curto e longo prazo que a restrição calórica tem sobre a saúde. O estudo, chamado Calerie, tinha como objetivo analisar os efeitos de uma redução calórica em 25% no organismo, em um período de 2 anos, avaliando os riscos de doenças cardiovasculares e seu impacto no sistema imune. Para isso, foram chamados pacientes de 21 a 50 anos, magros, saudáveis ou levemente acima do peso.
Os participantes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: o de observação (em restrição calórica) e o de controle (dieta livre). Os integrantes do grupo de controle obtiveram uma média de redução da quantidade de calorias ingeridas em 0.8% e uma aumento médio de 0,1 kg a em comparação ao início do estudo.
Já os integrantes do grupo de observação obtiveram uma média de redução da quantidade de calorias ingeridas em 11,9%, além de uma média de 7,5 kg a menos do que no início do estudo. Eles também apresentaram uma significativa redução nos níveis de propensão aos fatores de risco de doenças cardiovasculares, como os níveis de colesterol. No que diz respeito ao sistema imune, um órgão em especial recebeu bastante atenção: O timo.
O timo se encontra na parte superior da cavidade torácica, próximo ao coração, e desempenha um papel extremamente importante, ele é o responsável pela regulação da defesa imunológica do organismo, ou seja, a produção dos linfócitos T. Os linfócitos T, ou células T, são as células responsáveis pela defesa contra infecções. Com o passar dos anos, é comum que esse órgão acumule gordura e diminua sua taxa de produção de células T. Contudo, o que foi visto nos pacientes do grupo de observação foi exatamente o contrário, além de apresentarem um aumento de tamanho de seus timos, o órgão apresentava menos gordura e maior taxa de produção de linfócitos T. O grupo de controle não apresentou nenhuma mudança de tamanho ou função no timo.
Outro elemento que chamou a atenção dos pesquisadores foram as mudanças na atividade dos genes relacionados com as células do sistema imune. Dessa forma, eles decidiram analisar alguns genes ligados aos processos inflamatórios, em específico o gene Pla2g7 (fosfolipase A2). A fosfolipase A2 é uma enzima responsável pela liberação de ácidos graxos e lisofosfolipídeos (auxiliares digestivos) que participam de diversas atividades fisiológicas, como inflamação e ativação plaquetária. O gene Pla2g7 é o responsável por regular os processos inflamatórios, e a restrição calórica se mostrou um inibidor da sua atividade.
Para estudar os efeitos da sua inibição, os pesquisadores reproduziram em laboratório ratos que não possuíam o gene Pla2g7. Os resultados obtidos foram que esses ratos ganhavam menos peso ao ingerir uma dieta gordurosa e estavam menos propensos a adquirir doenças hepáticas do que os ratos do grupo de controle, ou seja que não tinham o gene desligado. Além disso, os ratos mais velhos que não possuíam o gene tinham menos inflamações e apresentavam um timo maior e mais produtivo.
Por fim, os estudos mostraram que a restrição alimentar, quando feita de maneira moderada, tem um grande papel na melhora da saúde, evitando a quantidade de doenças cardiovasculares e ligadas a idade, e também favorecendo para um melhor funcionamento do sistema imune, uma vez que é capaz de reduzir a atividade do gene Pla2g7, diminuindo o número de inflamações.
Fonte: Portal Ciência e Consciência
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Excelente matéria Leonardo! Lpn.
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