Lítio suficiente para todos os carros elétricos do mundo

O Serviço Geológico dos Estados Unidos anunciou que o Arkansas pode contar com uma reserva de lítio de 5 a 19 milhões de toneladas. A descoberta é motivo de comemoração no país, uma vez que este é considerado um dos minerais mais importantes do mundo. Usado para o desenvolvimento das baterias de veículos elétricos, por exemplo, ele também está envolvido em uma intensa disputa geopolítica entre China e EUA.

Depósito pode colocar EUA na liderança mundial de lítio

De acordo com as autoridades norte-americanas, a quantidade de lítio no Arkansas seria suficiente para produzir todos os carros elétricos do mundo até 2030.
Esta enorme reserva fica na chamada Formação Smackover, um local histórico para a produção de petróleo e gás.
A descoberta também tem uma enorme importância geopolítica, uma vez que pode colocar os Estados Unidos como o principal produtor de lítio do mundo.
Hoje, o país responde por apenas 5% da demanda global do mineral, ficando muito atrás da Austrália e América do Sul, por exemplo.
As informações são do The Verge.

Produção de veículos elétricos faz parte da disputa pela hegemonia mundial (Imagem: Aliaksei Kaponia/Shutterstock)

Planos para extração do mineral já estão em andamento

A notícia da descoberta da grande reserva de lítio já atraiu os olhares de diversas empresas. Mas a grande favorita para atuar na extração do material é a ExxonMobil.

A companhia dos EUA planeja iniciar a produção em 2027 e já perfurou alguns poços exploratórios no Arkansas. A gigante dos combustíveis fósseis declarou suas ambições de se tornar um fornecedor “líder” de lítio para veículos elétricos no ano passado, depois de comprar direitos de perfuração em 485 quilômetros quadrados de terra dentro da Formação Smackover.

bateria íon lítio — Reservas possibilitaram aumento da produção de baterias de lítio (Imagem: IM Imagery/Shutterstock)

A empresa pode usar técnicas tradicionais de perfuração de petróleo e gás para alcançar a água salgada rica em lítio localizada a 10 mil pés de profundidade. No entanto, precisaria desenvolver uma nova tecnologia chamada extração direta de lítio (DLE) para separar o lítio da água usando solventes químicos ou filtros.

Outro benefício potencial deste método é que ele consumiria menos energia do que a mineração convencional de lítio. Apesar disso, ainda há preocupações sobre o impacto ambiental da extração do mineral, algo que o governo dos Estados Unidos precisa lidar antes de aprovar o início das operações. Fonte>olhardigital

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