Nesta terça-feira, 24, policiais federais de todo o país fizeram manifestações cobrando do Presidente da República Jair Bolsonaro o cumprimento de promessas feitas à categoria e não cumpridas.
Já é o terceiro protesto de agentes e servidores da Policia Federal desde que as assembleias gerais aprovaram a realização das manifestações como resposta a decisão de Bolsonaro de recuar na proposta de reestruturação e, no lugar, promover um reajuste linear de 5% para todos os servidores públicos federais.
Os trabalhos foram paralisados nos aeroportos do Rio de Janeiro e do Amapá. No Ceará, protestaram com faixas em frente à Sede da PF. Uma delas dizia: “Te salvamos da facada e agora vai nos esfaquear pelas costas?”.
Delegados e agentes prometem pressionar Bolsonaro intensificando a fiscalização em aeroportos e reduzindo a análise e autorização do porte de armas, uma pauta cara ao presidente e seus apoiador
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Servidores da PF e de outras 40 categorias do governo federal lutam por reajuste salarial e reestruturação de carreiras.
As manifestações foram organizadas pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF).
O presidente da ADPF, Luciano Leiro, também nesta terça-feira reiterou a cobrança publicamente ao presidente Jair Bolsonaro para honre o compromisso que fez pela reestruturação da PF. O delegado abordou o assunto ao participar, por videoconferência, de Audiência Pública Extraordinária da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados.
“É preciso que o presidente da República cumpra com a sua palavra. É isso que os delegados da Polícia Federal esperam”, afirmou o presidente da ADPF na audiência, que foi realizada para debater o reajuste dos servidores públicos federais. O encontro contou também com a participação de lideranças de várias entidades representativas do funcionalismo.
Atenção de vida
Em seu pronunciamento, Luciano Leiro destacou que “todos os servidores públicos merecem a atenção devida” e lamentou que o governo não seja aberto ao diálogo. Ele também criticou a “falta de compromisso” do Executivo com as polícias da União e lembrou que a segurança pública é uma das principais bandeiras de campanha do presidente Bolsonaro. “Mas nós não estamos sendo tratados, realmente, com o devido respeito”, afirmou Luciano Leiro.
O presidente da ADPF lembrou, por exemplo, que o chefe do Executivo federal tem descumprido compromissos com a Polícia Federal desde 2019, quando, ao contrário do prometido, apenas as carreiras das Forças Armadas foram reestruturadas pela reforma da Previdência. Em outra quebra de compromisso, segundo Luciano Leiro, Bolsonaro não cumpriu, até o momento, a promessa de aplicar R$ 1,7 bilhão do Orçamento da União de 2022 na reestruturação das polícias da União.
Falta de compromisso
“O presidente, em que pese ter, de fato, atuado para que o R$ 1,7 bilhão estivesse no Orçamento, e tudo foi feito para que esse R$ 1,7 bilhão fosse, de fato, para as forças de segurança, quem esteve na Câmara, naquele embate todo, sabe muito bem que era para ser exatamente voltado para a segurança pública. Houve o empenho do governo, foi sancionado o Orçamento. Mas, para nossa surpresa, mais uma vez a falta de compromisso é enorme deste governo, e, mais uma vez, nós ficamos de fora”, criticou o presidente da ADPF durante a audiência pública.
Luciano Leiro também destacou a importância do trabalho da Polícia Federal para o país e levantou dúvidas sobre os motivos que levam o governo a não valorizar a corporação.
Polícia de estado
“A Polícia Federal é uma polícia que investiga, é uma polícia de Estado, não de governo, mas é uma polícia que está sofrendo, sim, uma retaliação deste governo. Não sei por que, mas nos causa estranheza. A última novidade é que ele (Bolsonaro) faria um aumento diferenciado para outros órgãos de segurança pública, e para a Polícia Federal não. Então, a quem interessa essa desvalorização dos policiais federais? A quem interessa essa desvalorização da Polícia Federal?”, questionou o presidente da ADPF.
Luciano Leiro frisou ainda que “o policial faz o seu juramento de sacrifício da sua própria vida, e ele sai, vai para a rua, e não sabe se volta. E, se ele não voltar, a família, grande parte, às vezes, não recebe nem a pensão integral”.
O presidente da ADPF acrescentou: “Uma polícia que traz, a cada R$ 1 (investido), R$ 5,3 de retorno para a sociedade. Todos os anos, R$ 43 bilhões vão para os cofres da União. E o nosso orçamento é de R$ 7 bilhões, mas, infelizmente, não há um respeito, por parte deste governo. Além de não haver negociação, não há, também, um compromisso”.
Fonte EXTRAclasse
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Esse Bolsonaro é uma piada kkkkkk
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