
A fé sem razão é ingênua.
Os preguiçosos não encontram a Deus.
É preciso um constante estado de busca racional.
”https://youtu.be/djV6ltmkPmo”
Agostinho confissões
400 dc
Aurélio Agostinho de Hipona, conhecido universalmente como Santo Agostinho, foi um dos mais importantes teólogos e filósofos nos primeiros séculos do cristianismo, cujas obras foram muito influentes no desenvolvimento do cristianismo e filosofia ocidental. Foi bispo de Hipona, uma cidade na província romana da África. Escrevendo na era patrística, é amplamente considerado como o mais importante dos Padres da Igreja no ocidente. Suas obras-primas são De Civitate Dei (“A Cidade de Deus”) e “Confissões”, ambas ainda muito estudadas atualmente.
Patrística é a filosofia cristã nos três primeiros séculos, elaborada pelos primeiros Pais Apostólicos da Igreja ou Santos Padres; consiste na elaboração doutrinal das verdades de fé do cristianismo e, na sua defesa contra os ataques dos pagãos e dos hereges.
Foram os pais da Igreja responsáveis por confirmar e defender a fé católica, a liturgia, a disciplina, criar os costumes e decidir os rumos da Igreja cristã, ao longo dos sete primeiros séculos do cristianismo. Basicamente, patrística é a filosofia responsável pela elucidação progressiva dos dogmas cristãos e pelo que se chama hoje de tradição católica.
De acordo com Jerônimo, seu contemporâneo, Agostinho “restabeleceu a antiga fé“. Em seus primeiros anos, Agostinho foi muito influenciado pelo maniqueísmo e, logo depois, pelo neoplatonismo de Plotino.
A principal diferença entre Platão e Aristóteles encontra-se em suas crenças sobre o que era mais autêntico sobre a existência. Platão acreditava que a realidade última não está presente em experiências cotidianas. Aristóteles pensava que o mundo de todos os dias é mais autêntico do que o mundo das ideias de Platão.
Depois de se converter ao cristianismo e aceitar o batismo (387), desenvolveu uma abordagem original à filosofia e teologia, acomodando uma variedade de métodos e perspectivas de uma maneira até então desconhecida. Acreditando que a graça de Cristo era indispensável para a liberdade humana, ajudou a formular a doutrina do pecado original e deu contribuições seminais ao desenvolvimento da doutrina da guerra justa.
O pecado original é uma doutrina cristã que pretende explicar a origem da imperfeição humana, do sofrimento e da existência do mal através da queda do homem. Tal doutrina não existe no Judaísmo nem no Islamismo. Foi desenvolvida por Santo Agostinho, numa controvérsia com o monge Pelágio da Bretanha.
Na perspectiva cristã, contudo, a morte (imerecida) de Cristo é recorrentemente suposta como necessária para salvar os seres humanos desse “pecado de origem”, que seria congênito e hereditário.
A doutrina da guerra justa (em latim Bellum iustum ou jus ad bellum) é um modelo de pensamento e um conjunto de regras de conduta que define em quais condições a guerra é uma ação moralmente aceitável. A doutrina se refere mais particularmente à guerra preventiva e a noção de prova do casus belli tem pouca relevância.
O conceito foi cunhado por Agostinho de Hipona (354-430), inspirado em Cícero, e foi frequentemente usado como justificativa para as Cruzadas. Mas, além de Agostinho, muitos outros pensadores se inscrevem nessa tradição — Tomás de Aquino
No verão de 386, depois de ouvir a história da vida de Santo Antão do Deserto por Placiano e seus amigos, Agostinho se converteu. Como ele próprio contou depois, a conversão foi incitada por uma voz infantil que ele ouviu pedindo-lhe para “tomar e ler” , o que ele entendeu ser um comando divino para abrir a Bíblia, abri-la e ler a primeira coisa que encontrasse. Agostinho abriu na Epístola aos Romanos num trecho conhecido como “transformação dos crentes”, os capítulos 12 ao 15, no qual Paulo delineia como o Evangelho transforma os crentes e seu comportamento. O trecho exato, segundo ele, foi;
“ | «Andemos honestamente como de dia, não em orgias e bebedices, não em impudicícias e dissoluções, não em contendas e ciúmes; mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo, e não vos preocupeis com a carne para não excitardes as suas cobiças.» (Romanos 13:13-14) |
Morte e veneração
Na primavera de 430, os vândalos, uma tribo germânica convertida ao arianismo, invadiram a África romana e cercaram Hipona. Agostinho, porém, já estava irremediavelmente doente. De acordo com Possídio, um dos poucos milagres atribuídos a ele, a cura de um doente, deu-se durante o cerco. Ainda segundo ele, Agostinho passou seus últimos dias em oração e penitência, com salmos pendurados nas paredes de seu quarto para que pudesse lê-los. Antes de morrer, ordenou que a biblioteca da igreja de Hipona e todos os seus livros fossem cuidadosamente preservados, e faleceu finalmente em 28 de agosto de 430. Logo em seguida, os vândalos desistiram do cerco, mas retornaram não muito depois e incendiaram a cidade, destruindo tudo menos a catedral e a biblioteca de Agostinho.
Agostinho foi canonizado por aclamação popular e foi depois reconhecido como Doutor da Igreja em 1298 pelo papa Bonifácio VIII.
A busca desesperada por Deus, mas sem saber como.
O caminho nunca é o óbvio.
Deus escreve certo por linhas tortas.
Agostinho por muito tempo viveu um Maniqueísmo
Polaridades no mesmo grau de soberania.
Bem x mau.
O erro de achar que o mal é maior que Deus.
Deus se revela no meu íntimo e não no mundo externo.
Íntimo, pessoal e interior.
Eis que estavas dentro de mim, e eu lá fora a te procurar.
Estavas comigo e eu não estava em ti.
A luz de teus olhos não estava comigo, porque ela estava dentro de mim, e eu olhava para fora.
Quando Deus criou o homem ele teve a precaução de colocar no homem a ideia de Deus.
O atributo mais divino do homem: a razão.
O erro não é buscar as tentações, mas abrir mão da busca por Deus por causa das tentações.
O problema do pouco apego à verdade da retórica sofista.
Como é possível ignorar a importância da verdade no nosso cotidiano.
A afirmação “a verdade não existe” já é uma verdade, por tanto em contradição com a proposição.
O homem por si só não é capaz de encontrar a verdade. Mas se ele se esforçar muito verdadeira e honestamente, pela razão, Deus descerá ao seu encontro permitindo que este alcance a verdade.
Os preguiçosos não encontram a Deus.
É preciso um constante estado de busca racional.
A fé sem razão é ingênua.
A confissão como ato de conhecimento de si embasado pela verdade. É o ato pelo qual se percebe estar agindo mal.
Conhece-te a ti por Deus em ti.
Um parâmetro seguro para se julgar.
O relativismo é a perda do fundamento para julgar, onde a verdade não existe.
O erro do homem é amar as coisas mortais como se imortais fossem.
Quando se ama algo passageiro, quando o objeto do amor acaba, morre uma parte da pessoa.
Quando se ama as coisas por Deus, o amor é eterno.
Não ame o mundo pelo mundo, ame o mundo por Deus.
Ame a obra de Deus.
Amor ágape
Só não perde o amigo quem tem a todos por amigo naquele que nunca se perde.
Bem aventurado o que te ama Senhor.
E ama o amigo em ti, e ama o inimigo por amor a ti.
O amor a Deus está acima das opiniões pessoais sobre as pessoas.
Tempo
Se ninguém me pergunta eu sei. Mas se me perguntam não sei mais.
O que fazia Deus antes da criação?
O erro é pressupor que o tempo existia antes da criação.
Porque antes é atributo temporal, e o tempo só existe depois da criação.
A eternidade é um instante que não muda. Um presente que não muda.
Se o presente é uma sequência de instantes que mudam sempre, a eternidade é o contrário.
Tudo o que acontece pra nós, estava previsto em Deus na eternidade.
É difícil falar de tempo estando dentro do tempo.
Como o passado existe se ele já não é? Como ele pode ser uma parte do tempo?
O mesmo para o futuro.
O tempo não existe no mundo. O tempo é um atributo do ser humano.
O que chamamos passado é um homem que pensa no passado mas faz isso no presente através da memória.
Somente o presente existe objetivamente.
O que chamamos futuro é a capacidade do homem de pensar no passado e fazer projeções.
Pedras não tem passado e futuro, vivem o presente contínuo, pois não pensam.
Quando medimos o tempo na verdade medimos a distensão da nossa alma no presente.
O tempo é relativo aos homens que vivem.
Tanto em sua argumentação filosófica quanto na teológica, Agostinho foi fortemente influenciado pelo estoicismo, platonismo e neoplatonismo, particularmente pela obra de Plotino, o autor das “Enéadas”, provavelmente por intermédio de Porfírio e Vitorino (como defendeu Pierre Hadot). Embora ele tenha depois abandonado o neoplatonismo, algumas ideias ainda transparecem em suas primeiras obras. Sua obra primal e influente sobre o livre arbítrio, um tema central da ética, tornar-se-ia o foco de filósofos posteriores como Schopenhauer, Kierkegaard e Nietzsche.
Tomás de Aquino foi fortemente influenciado por Agostinho. No tema do pecado original, Aquino propôs uma visão mais otimista do homem que a de Agostinho ao preservar os poderes da razão, vontade e das paixões do homem caído mesmo depois da queda.
O método filosófico de Agostinho, demonstrado especialmente em suas “Confissões”, exerceu uma contínua influência sobre a filosofia europeia continental por todo o século XX. Sua abordagem descritiva sobre a intencionalidade, memória e linguagem conforme estes fenômenos são experimentados no tempo e na consciência anteciparam e inspiraram ideias na moderna fenomenologia e hermenêutica.
Hermenêutica é a filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação quanto à prática e treino de interpretação.
A hermenêutica tradicional refere-se ao estudo da interpretação de textos escritos, especialmente nas áreas de literatura, religião e direito.
Gratidão, Mestre.
Luz p’ra nós!
Luz P’ra Nós 🍎
Santo Agostinho brabíssimo!
Luz p’ra nós!
Ainda vou ver o vídeo, mas deixando um salve e compartilhando já…
Luz p’ra nós!
Gostei bastante do conteudo, acho bacana esses assuntos, apesar de nunca ter me aprofundado mesmo. Bom, por mim, seria bacana que continuasse postando. Apesar de não comentar muito, sempre tento acompanhar sua perspectiva Mestre, obrigado viu, Luz p’ra nós!
Dahora Santo Agostinho.
Luz p’ra nós.
#LuzPraNos
Bela aula! Me emocionei com uns trechos. Posicionou os códigos de sintonia com Deus e apresentou links filosóficos preciosos. Alto nível. Gratidão pelo trabalho. Honrando a Escola. Lpn! 🍀💎
Luz pra nós
Luz p´ra nós!
Não sou de estudar sobre esses assuntos, muito bom poder ver um pouco sobre!
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!