Sob liderança do Brasil Brics divulga entrada de mais 9 nações

Sob liderança brasileira, o Brics divulgou nessa sexta-feira (17/01) a entrada de 9 nações.

Essas nações passam a compor o bloco na condição de parceiros, com status inferior ao dos membros efetivos, mas com possibilidade de participarem de cúpulas e reuniões temáticas.

A discussão sobre a criação da nova categoria aconteceu durante a cúpula do ano passado, na Rússia, e vem na esteira das recentes decisões do bloco de ampliar o número de participantes.

Conforme a divulgação dessa sexta, passam a integrar o Brics na categoria de nações parceiras:

Belarus, Nigéria, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda, Uzbequistão.

Desde 2023, foram iniciadas as negociações para ampliação grupo. Na cúpula daquele ano, na África do Sul, foi aprovada a entrada de mais 6 nações, entre os quais: Egito, Etiópia e Irã. Embora fizesse parte dessa lista, a Argentina, após a posse de Javier Milei, desistiu de integrar o grupo.

Segundo a nota divulgada nessa sexta, embora a divulgação aconteça sob a liderança do Brasil, a conclusão das negociações aconteceu ainda em 2024, quando, sob liderança russa, o Brics passou a discutir a ampliação do grupo, com a criação das nações parceiras.

Professores especialistas nas áreas de relações exteriores e economia ouvidos pela GloboNews entendem que o efeito prático da entrada dessas nações por meio da nova categoria tem efeito mais geopolítico que econômico, uma vez que ampliam as áreas de influência da Rússia e da China.

Liderança brasileira

A liderança brasileira do Brics começou em 1 de janeiro e tem duração de 1 ano.

Ao todo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu 5 prioridades de discussão ao longo de 2025:

Facilitação do comércio e investimentos entre os países do grupo, por meio do desenvolvimento de novos meios de pagamento;

Promoção da governança inclusiva e responsável da Inteligência Artificial;

Aprimoramento das estruturas de financiamento para enfrentar mudanças climáticas;

Estímulo aos projetos de cooperação entre países do Sul Global, com foco em saúde pública;

Fortalecimento institucional do bloco.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, embora a presidência brasileira tenha duração de 1 ano, o governo decidiu concentrar as atividades relacionadas ao Brics nos primeiros 6 meses desse ano. Isso porque no segundo semestre o Brasil sediará em Belém (PA) a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).

Fonte: g1.globo.com

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Matheus Noleto

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