Trump diz que Gaza ‘não deu certo’ e propõe realojamento de palestinos

Mile Fevereiro 5, 2025 2 min read

Em uma recente entrevista conjunta com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apresentou uma proposta controversa relacionada à Faixa de Gaza. Ele sugeriu que os palestinos fossem realocados para outros países, como Egito e Jordânia, enquanto os EUA assumiriam a responsabilidade pela reconstrução do território.

Trump descreveu sua visão de transformar Gaza, que foi severamente danificada durante os conflitos recentes, em uma área próspera, comparando-a à “Riviera do Oriente Médio”. Em sua fala, ele afirmou que essa ocupação seria a longo prazo, com o objetivo de desenvolver a região e criar milhares de empregos. “Possuir aquele pedaço de terra, desenvolvê-lo, criar milhares de empregos. Vai ser realmente magnífico”, disse Trump.

Este plano surge em um contexto de destruição em larga escala em Gaza, resultante de uma ofensiva israelense desencadeada por ataques do grupo Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023. Enquanto Trump posiciona sua proposta de reconstrução, ele reafirma que essa abordagem não se alinha com a ideia de uma “solução de dois Estados”, que é amplamente apoiada internacionalmente como um caminho para a paz entre israelenses e palestinos.

Netanyahu expressou apoio à ideia de Trump, destacando que este poderia ser um momento histórico para Gaza. No entanto, reações a esse plano foram variadas, com jornalistas presentes na entrevista indicando surpresa com a disposição de Trump em pedir uma “tomada de controle” dos EUA sobre a região, algo que não estava nas expectativas da mídia.

Paul Adams, repórter de diplomacia da BBC, apontou que a proposta de Trump levanta questões sobre a viabilidade e o respaldo internacional. Egito, Jordânia e Arábia Saudita já manifestaram sua desaprovação em relação à ideia de realocação dos palestinos. Além disso, o impacto dessa proposta não só afeta Gaza, mas também levanta preocupações entre os palestinos na Cisjordânia ocupada.

Trump ainda não se posicionou sobre uma possível anexação de partes da Cisjordânia, mas prometeu esclarecer suas intenções nas próximas quatro semanas. Com a mudança abrupta nas políticas dos EUA em relação ao Oriente Médio, resta saber como essas propostas serão recebidas por líderes regionais e pela comunidade internacional.

fonte: bbcnews