
Os yantras são símbolos geométricos usados há milênios na tradição espiritual da Índia. Eles são considerados instrumentos de meditação, proteção e conexão com o sagrado. Muito além de simples desenhos, os yantras são representações visuais de energias divinas — uma forma de tornar visível o que é invisível.
O que são exatamente os yantras?
A palavra yantra, em sânscrito, significa “instrumento” ou “ferramenta”. Basicamente é formado por figuras como triângulos, círculos, quadrados, pétalas de lótus e um ponto central chamado bindu. Cada forma tem um significado simbólico e energético. O ponto central, por exemplo, representa a origem de tudo — o divino, o absoluto, o centro do nosso ser.
De onde vêm os yantras?
Os yantras fazem parte das práticas do Tantra, um caminho espiritual indiano que valoriza o corpo, a energia e a conexão direta com o sagrado. Dentro dessa tradição, acredita-se que o universo é formado por energia (Shakti), e os yantras são formas visuais dessa energia. Eles são como mapas cósmicos que nos ajudam a compreender e sintonizar com as forças sutis da existência.
Para que servem os yantras?
Os yantras são usados de várias formas: em meditações, em altares, em rituais ou como proteção para ambientes. Cada yantra está ligado a uma divindade ou a uma força da natureza. Por exemplo:
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O Sri Yantra representa a união do masculino e feminino divinos, e é considerado um dos mais poderosos.
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O Ganesha Yantra ajuda a remover obstáculos e trazer clareza.
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O Durga Yantra é usado para fortalecer a coragem e proteção.
De acordo com a tradição tântrica, quando alguém medita olhando fixamente para um yantra, a mente começa a se acalmar e a entrar em sintonia com aquela energia. Aos poucos, é como se o yantra “abrisse uma porta” para dentro de nós mesmos.
Função espiritual e simbólica
Diferente de um símbolo comum, o yantra não é apenas uma representação: é uma presença viva. A geometria que o compõe está em sintonia com a estrutura do cosmos e da psique humana. Meditar sobre um yantra é entrar em contato com uma ordem arquetípica do universo — uma espécie de linguagem visual da alma.
No nível mais profundo, o yantra nos ajuda a perceber que a realidade é feita de padrões, simetrias, fluxos de energia. Ele nos convida a sair da mente racional e acessar um estado contemplativo e intuitivo, onde o divino pode ser sentido, não apenas pensado.
Yantras e a linguagem do sagrado
O uso de yantras se estende além da Índia. Muitas culturas desenvolveram formas de geometria sagrada, como os mandalas tibetanos, os desenhos islâmicos, os círculos de pedra druídicos. Isso mostra que a linguagem geométrica é universal: uma forma intuitiva de expressar a ordem sutil que governa o caos aparente.
Assim, os yantras não são apenas arte ou ornamento. São chaves simbólicas. E ao contemplá-los, recordamos algo que está para além da forma: a própria fonte da forma.
Fonte: Eliade, Mircea. Yoga, imortalidade e liberdade | Avalon, Arthur. O Poder da Serpente
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