O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira (22) que Moscou está “ativamente” redirecionando seus contatos comerciais e econômicos dos países ocidentais para parceiros internacionais “fiáveis”, especialmente as nações do Brics, formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“É claro que estamos ativamente envolvidos no redirecionamento de nosso fluxo comercial e contatos econômicos no exterior para parceiros internacionais fiáveis, principalmente os países do Brics”, disse Putin, em vídeo ao Fórum Empresarial da aliança.
Esse movimento se deve às sanções ocidentais contra a Rússia por sua campanha militar na Ucrânia. Putin destacou que nos três primeiros meses do ano, o comércio entre a Rússia e os demais países do Brics aumentou em 38%, para US$ 45 bilhões.
O chefe do Kremlin disse que estão sendo ativados os “contatos entre os círculos empresariais russos e a comunidade empresarial dos países do Brics”. Estão em andamento, por exemplo, negociações para abrir cadeias de lojas indianas na Rússia e aumentar a participação de carros, equipamentos e maquinarias chinesas no mercado russo.
Por sua vez, a presença da Rússia nos demais países do grupo está se expandindo, apontou Putin. Ele observou que os volumes de exportações de petróleo russo para a China e a Índia “estão crescendo notavelmente” e que a cooperação no campo da agricultura está se desenvolvendo de forma dinâmica, pois a Rússia fornece quantidades significativas de fertilizantes a esse mercado.
Além disso, afirmou que as empresas russas de tecnologia da informação estão expandindo suas atividades na Índia e na África do Sul, e os satélites russos fornecem transmissões de televisão para 40 milhões de pessoas no Brasil. Junto com os demais parceiros do Brics, também estão sendo desenvolvidos mecanismos alternativos para pagamentos internacionais.
“O sistema de mensagens financeiras russo está aberto à conexão de bancos dos cinco países. Há uma expansão da geografia do uso do sistema de pagamentos russo ‘Mir’ e a criação de uma reserva internacional”, enfatizou.
O BRICS está considerando a possibilidade de criar uma moeda de reserva internacional. “Está sendo estudada a possibilidade de criar uma moeda de reserva internacional com base em uma cesta de moedas de nossos países”, disse Vladimir Putin.
Por sua vez, os círculos empresariais russos, em coordenação com as comunidades empresariais dos Estados do Brics, estão tomando medidas para desenvolver infraestrutura de transporte, reconstruir rotas logísticas e criar novas cadeias produtivas, afirmou.
Como convite aos empresários do Brics, Putin garantiu que a Rússia está tomando medidas para reduzir o impacto negativo das sanções e fortalecer seus laços comerciais e de investimento com todos os Estados interessados, e que o país que lidera está particularmente focado em estimular a iniciativa privada.
O presidente russo ainda denunciou que “há uma ruptura deliberada dos laços de cooperação” e que “as cadeias de transporte e logística estão colapsando”. “Tudo isso contraria o senso comum e a lógica econômica elementar, prejudica os interesses das empresas em escala global e afeta negativamente o bem-estar da população, aliás, de todos os países”, disse.
Russia já está cortando fornecimento de commodities (energia, mineral e agrícola) para Europa e USA.
China, Índia, Brasil e demais membros BRICS já aumentaram suas cotas, absorvendo 100% do que fora suspenso, com objetivo de em breve pagar em sistema próprio, com desconto.
O presidente chinês Xi Jinping hoje (22/06/22) faz um discurso no BRICS: “Qualquer um que tentar voltar a roda da história e bloquear o caminho dos outros terá apenas seu próprio caminho bloqueado”.
Rublo russo atinge máxima em sete anos.
O rublo russo testou o maior valor em quase sete anos em relação ao dólar, com a moeda americana sendo cotada abaixo de 55 rublos, em meio a relatos de que Moscou pode afrouxar as regras de controle de capital. A moeda russa vem ganhando força recentemente, depois de ter renovado mínimas históricas durante os primeiros dias de invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro.
O movimento da moeda é apoiado por uma reportagem da Bloomberg News, de que os exportadores precisariam converter apenas 50% de seus ganhos em moeda estrangeira em rublos, em vez de 80%. Na última sexta-feira, relatos de que empresas na Itália e na Espanha aceitariam a exigência do presidente russo, Vladimir Putin, de que o gás natural fosse pago com rublos sustentaram os ganhos da moeda russa.
“De fato, a economia e o sistema financeiro russos evitaram um colapso após a imposição de sanções sem precedentes e abrangentes: a corrida aos bancos se dissipou rapidamente, o PIB real do país continuou a crescer no primeiro trimestre, os níveis de desemprego permanecem os mais baixos em vários anos, o crescimento da inflação está desacelerando, e um calote da dívida soberana da Rússia foi evitado, até o momento”, enumerou Andrius Tursa, consultor para a Europa da Teneo, em nota.
Bolsonaro diz que Brasil irá aprofundar integração econômica com BRICS
O presidente Jair Bolsonaro discursou nesta quarta-feira (22) na abertura do Fórum Econômico dos Brics, que reúne membros de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. O presidente brasileiro disse que o “contexto internacional” causa preocupação, mas que a resposta do país deve ser com mais abertura econômica.
“O atual contexto internacional é motivo de preocupação, em razão dos riscos aos fluxos de comércio e investimentos e à estabilidade das cadeias de abastecimento de energia e alimentos”, disse Bolsonaro em vídeo.
“A resposta do Brasil a esses desafios não é se fechar ao resto do mundo. Pelo contrário, temos procurado aprofundar nossa integração econômica”, ele continuou.
Xi Jinping, criticou nesta quarta (22) a expansão de alianças militares :
A Xinhua, agência estatal chinesa de notícias, divulgou que, durante o discurso, Xi disse que “a crise da Ucrânia voltou a soar o alarme para a humanidade”. “Países acabarão em dificuldades se depositarem fé cega na expansão de alianças militares e na busca de sua própria segurança às custas dos outros.”
Enquanto estreita laços com sua vizinha ao norte e afina a Guerra Fria 2.0 contra os EUA, Xi fez uma defesa da multipolaridade na reunião. Ele exortou a comunidade internacional a abandonar o “jogo de soma-zero” nas relações exteriores e a se opor à hegemonia, ainda de acordo com citações da Xinhua.
Fontes : FolhaDeSP, Gazeta, GloboValor, TerraBrasilNoticias
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