O #AstroMiniBR, selecionam semanalmente as melhores curiosidades astronômicas produzidas pelos colaboradores do perfil no X para compartilhar com você, um pouco mais sobre o intrigante e fascinante universo da astronomia.
#1: A diversidade galáctica no aglomerado Abell 2744!
A diversidade morfológica de galáxias em aglomerados é um dos aspectos mais fascinantes no estudo do Cosmos. Em aglomerados de galáxias, como o Abell 2744 (também conhecido como Aglomerado de Pandora), podemos observar uma ampla variedade de formas galácticas, desde as elípticas maciças, que são geralmente antigas e que formam pouquíssimas estrelas novas, até as espirais, que exibem braços bem definidos e regiões ricas em formação estelar.
aglomerados de galáxias podem abrigar objetos super diversos. através dessa bela imagem feita pelo @NASAWebb de Abell 2744, um aglomerado gigante formado pela fusão de outros 3 aglomerados, conseguimos notar a presença de galáxias com diferentes morfologias 🛰️#AstroMiniBRpic.twitter.com/rqqBlvl3o0
— yanna martins franco (@martins_yanna) July 12, 2024
Essa diversidade é crucial para entender a evolução galáctica, pois a interação gravitacional entre galáxias dentro dos aglomerados pode desencadear fusões e influenciar a morfologia final das galáxias. Localizado a cerca de 3,5 bilhões de anos-luz da Terra, ele contém centenas de galáxias, cada uma contribuindo para a complexidade e riqueza do aglomerado, sendo um exemplo espetacular de diversidade morfológica.
O aglomerado Abell 2744 é notável não apenas por sua densidade de galáxias, mas também por ser um dos melhores exemplos de um aglomerado em fusão, onde múltiplos aglomerados menores estão colidindo. Essas interações dinâmicas extremas resultam em fenômenos como lentes gravitacionais, onde a luz de galáxias mais distantes é distorcida e ampliada, permitindo que os astrônomos observem galáxias que, de outra forma, seriam invisíveis.
#2: Uma super tempestade em Saturno!
No polo norte de Saturno, existe um fenômeno atmosférico singular que intriga cientistas desde sua descoberta: a tempestade hexagonal. Esta formação, observada pela primeira vez pela sonda Voyager na década de 1980 e posteriormente estudada em detalhes pela missão Cassini, possui uma forma hexagonal quase perfeita, com lados de aproximadamente 14.500 km de comprimento, cada um.
não se sabe ao certo porque as nuvens de Saturno formam esse hexágono em seu polo norte!
nessa imagem, de cores falsas, vemos tons de vermelho para nuvens baixas e verde para nuvens altas.
em azul no canto superior direito são partes dos anéis do planeta.#AstroMiniBR pic.twitter.com/MBhnwWvWxg— Giovanna Liberato (@liberato_gio) June 18, 2023
Isso faz com que a tempestade tenha um diâmetro de cerca de 30.000 km, grande o suficiente para acomodar quatro Terras lado a lado. A tempestade gira no sentido horário e completa uma rotação aproximadamente a cada 10 horas e 39 minutos, o mesmo tempo que leva para Saturno girar em torno de seu eixo.
As causas exatas da formação dessa estrutura hexagonal ainda são objeto de pesquisa, mas os cientistas acreditam que ela está relacionada a correntes de jato atmosféricas e à dinâmica dos fluidos em rotação.
Em contraste com as tempestades na Terra, que são movidas principalmente pelo calor da superfície e influenciadas pela topografia terrestre, a tempestade hexagonal de Saturno ocorre em uma atmosfera densa e gasosa, sem a presença de superfícies sólidas.
Este fenômeno destaca as diferenças extremas entre os climas terrestres e os de outros planetas do sistema solar, evidenciando as complexas dinâmicas atmosféricas que governam não apenas Saturno, mas também outros planetas gasosos.
#3: Uma super colisão em Mimas!
A lua Mimas de Saturno é um dos satélites naturais mais intrigantes do sistema solar, principalmente devido à sua aparência que lembra a famosa “Estrela da Morte” da saga Star Wars.
Mimas é a lua de Saturno com a órbita mais interna e é um dos corpos mais #macetados do Sistema Solar! A macetada que gerou a cratera Herschel, com 139 km de diâmetro (1/3 do diâmetro total de Mimas) por pouco não desintegrou o satélite. #AstroMiniBR #Macetando pic.twitter.com/yvRG8rrm6a
— Projeto Céu Profundo (@CeuProfundo) February 18, 2024
Este visual característico é dominado pela enorme cratera Herschel, que tem cerca de 140 quilômetros de diâmetro, quase um terço do diâmetro total da lua Mimas. A cratera possui uma profundidade de aproximadamente 10 quilômetros, com um pico central que se eleva cerca de 6 quilômetros acima do fundo da cratera, destacando-se de maneira impressionante na superfície da lua.
A formação da cratera Herschel é atribuída a um impacto colossal de um corpo celeste, possivelmente um asteroide, ocorrido bilhões de anos atrás. A força do impacto foi tão intensa que quase despedaçou Mimas, mas a lua conseguiu permanecer intacta.
Estudos sobre Herschel e outras crateras de impacto ajudam cientistas a compreender melhor a história geológica e dinâmica do sistema solar, oferecendo pistas sobre a frequência e a magnitude dos eventos de impacto que ocorreram ao longo do tempo. (fonte>tecmundo)
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