O líder do grupo extremista Hayat Tahrir al-Sham (HTS), Ahmad al-Sharaa, disse em entrevista à Syria TV que Israel está se envolvendo de maneira excessiva na Síria com suas ações militares no sul do país, informa O Globo.
Segundo ele, esse movimento pode representar uma “ameaça de escalada injustificada” e desestabilizar ainda mais o local.
“Os israelenses claramente ultrapassaram os limites de envolvimento na Síria, o que representa uma ameaça de escalada injustificada na região”, disse al-Sharaa.
O líder do Hayat Tahrir al-Sham destacou ainda que a Síria, após anos de guerra, não tem condições para enfrentar novos conflitos e que a prioridade deve ser a reconstrução e a busca por estabilidade na região. Ele enfatizou que soluções diplomáticas devem ser priorizadas para garantir segurança duradoura, longe de ações militares não calculadas.
Israel admitiu a realização de operações militares no sul da Síria além da “zona tampão” das Colinas de Golã, com o objetivo declarado de criar uma “zona de defesa estéril”.
Essa estratégia, conforme o Exército israelense, visa proteger cidadãos israelenses na região fronteiriça e estabilizar a situação no território após a queda do regime de Bashar al-Assad.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, disse que Israel disparou 61 mísseis contra instalações militares sírias em menos de 5h na noite de sábado.
Este movimento militar, intensificando a presença israelense no território sírio, levanta preocupações sobre o risco de novos confrontos e o futuro da estabilidade regional.
O sul da Síria, região estratégica e vizinha das Colinas de Golã — território anexado por Israel em 67 —, possui cerca de 1.200km² e é considerado uma área crucial devido a sua proximidade com o Líbano, Jordânia e outras regiões estratégicas.
O aumento da presença militar na região pode ter impactos diretos nos interesses políticos e econômicos de todos os envolvidos.
Fonte: brasil247.com
Portais:
Luz p’ra nós✝️
Ajudem compartilhando|comentando