Avanço Exponencial no Campo da Computação Quântica

dayllon Setembro 4, 2025 3 min read

Nos últimos seis meses, o desenvolvimento em computação quântica registrou progressos notáveis, especialmente no âmbito de hardware, algoritmos e investimentos. Esses avanços indicam que o campo está prestes a consolidar sua relevância prática.

Um marco recente foi a repercussão da Nvidia ao investir US$ 600 milhões na Quantinuum, agora avaliada em US$ 10 bilhões — um salto significativo desde janeiro de 2024.

A Quantinuum também lançou o Guppy, uma linguagem de programação quântica integrada a Python, e o emulador Selene, permitindo testes e desenvolvimento sem acesso direto a hardware físico.

Por sua vez, a IBM avançou em software ao traçar um plano concreto para um computador quântico tolerante a falhas até 2029, com o “Starling” como meta — dotado de 200 qubits lógicos e capaz de executar milhões de portas quânticas.

Paralelamente, pesquisadores alcançaram um recorde mundial em taxa de erro em operação quântica: apenas 0,000015%, utilizando íons presos com plataforma personalizada em temperatura ambiente. Isso reduz significativamente o ruído quântico e abre espaço para máquinas menores e mais rápidas.

Google e IBM afirmam estar próximos de construir o primeiro computador quântico industrial, com escalonamento para mais de 1 milhão de qubits — embora ainda existam desafios complexos relacionados à estabilidade e correção de erros.

A Amazon também fez avanços, enquanto a Lockheed Martin utilizou o framework quantum-centric supercomputing da IBM, demonstrando valor real com simulações moleculares por meio desse sistema híbrido.

No terreno estratégico, aumentou o volume de investimentos públicos e privados: apenas em 2024, startups quânticas receberam cerca de US$ 2 bilhões, e o ímpeto continuou com aportes maciços do Japão e da Espanha em 2025, totalizando expectativas acima de US$ 10 bilhões.

As tecnologias de computação quântica vêm se beneficiando de hubs de inovação ao redor do mundo — em regiões como Ásia, Estados Unidos e Europa — que congregam startups, universidades, centros de pesquisa e governos.

No campo experimental, pesquisadores da Universidade de Oxford estabeleceram novo padrão mundial de precisão no controle de um qubit, reduzindo taxas de erro em lógicas operacionais. Ainda nesse viés, avanços em chips fotônicos e visualização quântica para identificar novos materiais foram destacados como promissores.

O acirramento da corrida quântica segue com empresas como a Microsoft, que explora qubits topológicos por meio do chip Majorana 1, exibindo sinais iniciais de modos zero de Majorana — um passo a mais rumo a uma computação quântica intrinsecamente robusta.

Em síntese, o campo da computação quântica evolui em múltiplas frentes — desde hardware de baixa taxa de erro e software robusto até financiamento expressivo e cooperação global. Esses esforços combinados impulsionam o setor para a era da utilidade real, com resultados exponenciais à vista.

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