
O Brasil tem se destacado como um dos principais produtores de algodão no cenário mundial, uma trajetória que reflete a capacidade do agronegócio brasileiro de se reinventar e inovar. Uma das principais reviravoltas ocorreu na década de 1980, quando a praga do bicudo-do-algodoeiro causou sérios danos à produção nacional, tornando o país um grande importador desse insumo. No entanto, com investimento em ciência, tecnologia e uma atenção especial às exigências do mercado, os agricultores brasileiros conseguiram superar esse desafio.
Em 2024, o Brasil alcançou a liderança mundial na exportação de algodão, enviando 2,8 milhões de toneladas ao exterior, superando até mesmo os Estados Unidos, que tradicionalmente possuem a safra mais volumosa. Vale ressaltar que fatores climáticos adversos impactaram a produtividade norte-americana naquele ano. Por outro lado, o agronegócio brasileiro adaptou-se, consolidando sua posição como um dos principais fornecedores globais de algodão.
A competitividade do setor agrícola brasileiro, no entanto, não se reflete na indústria têxtil, que enfrenta desafios significativos para acompanhar o crescimento da produção. Quase 75% da colheita de algodão é destinada à exportação, evidenciando a dificuldade da indústria brasileira em transformar essa matéria-prima em produtos acabados competitivos no mercado global.
Combatendo a Praga do Algodão
O bicudo-do-algodoeiro, um inseto conhecido por causar severos danos ao cultivo, levou os agricultores a buscarem soluções inovadoras. Segundo Marcio Portocarrero, diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), o Brasil fez um esforço significativo para reintroduzir o algodão, aprendendo com as melhores práticas em outros países, como Austrália e Estados Unidos. Essa transformação incluiu a mecanização da colheita e o uso de técnicas de transgenia, permitindo uma maior eficiência na produção.
Atualmente, aproximadamente 80% da safra de algodão brasileira é geneticamente modificada, uma prática que começou a ser adotada em 2005. A transgenia não apenas combate o bicudo-do-algodoeiro, mas também aumenta a produtividade, permitindo colheitas quase duas vezes superiores em comparação à média dos Estados Unidos, utilizando significativamente menos água. Enquanto 98% do algodão no Brasil é cultivado em áreas de sequeiro, a produção nos EUA e na Austrália depende vorazmente de irrigação.
Sustentabilidade no Mercado do Algodão
A sustentabilidade é um fator crucial para o crescimento da lavoura de algodão no Brasil. A adesão a critérios ambientais e sociais estipulados pelo mercado internacional tem facilitado o acesso a novos clientes. A Abrapa tem colaborado com iniciativas como a Better Cotton Initiative (BIC), que assegura que a maioria das fazendas brasileiras esteja certificada, contribuindo para que o Brasil se torne um fornecedor confiável de algodão de alta qualidade.
Entretanto, mesmo sendo o maior exportador de algodão, a indústria têxtil brasileira enfrenta desafios para agregar valor a essa produção e competi-la no exterior. A falta de competitividade interna é exacerbada pelo chamado “Custo Brasil”, que onera a produção e dificulta a criação de um ambiente favorável a investimentos.
O Desafio da Indústria Têxtil
Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), destaca que o custo Brasil, que chega a R$ 1,7 trilhão por ano, impacta diretamente a competitividade do setor. Fatores como insegurança jurídica, infraestrutura deficiente e altas taxas de juros elevam os custos e tornam a manufatura têxtil brasileira menos competitiva em relação a países como China e Vietnã, que dominam o mercado global.
Pimentel sugere a necessidade de um plano específico para a indústria, semelhante ao que existe para a agricultura, para desonerar e fomentar o setor têxtil, que possui um enorme potencial para contribuir com a economia brasileira. Ele ressalta que, enquanto o Brasil pode se beneficiar de suas vantagens comparativas, como a disponibilidade de matéria-prima de qualidade e mão de obra capacitada, é essencial trabalhar rapidamente para enfrentar a concorrência global.
Por fim, enquanto o agronegócio brasileiro se esforça para garantir condições dignas para seus trabalhadores, o setor têxtil enfrenta questões éticas relacionadas às condições de trabalho em alguns países concorrentes. A conscientização sobre essas desigualdades pode proporcionar ao Brasil uma vantagem competitiva, promovendo não apenas uma produção eficiente, mas também responsável.
fonte: revistaoeste
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75% pra fora? Sacanagem.
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O que se pode fazer para melhorar esse contraste no país? Por um lado tão eficiente e produtivo, e do outro lado travado no custo Brasil que faz com que a indústria brasileira tenha dificuldades para competir no mercado internacional.
A capacidade transformadora da indústria que transforma riquezas naturais em produtos e mercadorias não devia ser negligenciada por nossos governantes. Pois a prosperidade de um país depende do avanço em diversos setores, inclusive a indústria têxtil, que já tem um parque industrial significativo e matéria-prima abundante no próprio solo. LPN
#eumerepresento #congressoonline
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trabalhei nessa area…e vi como exportamos algodão principalmente para Russia, Paquistão, Turkia!
Brasil é a terra mais importante do mundo! #luzpranos
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Gratidão pela matéria! Luz p’ra nós!
Vamo investir no cânhamo, só progresso, viva a canabis 🍁🍃🙏🏽
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