Capitais fazem protesto em prol do canabidiol

Três capitais diferentes realizaram protestos contra restrição aprovada pelo Conselho Federal de Medicina

A substância extraídas da planta da maconha é usada p’ra tratar vários tipos doenças

Nesta última sexta-feira (21) foram desdobrados protestos a favor do canabidiol em três capitais diferentes: São Paulo, Distrito Federal e Salvador.

Em SP familiares e pacientes que sintonizam os remédios canábicos protestaram em frente ao Conselho Regional de Medicina.

O ato foi contra a resolução da semana passada, que restringe a prescrição da substância pelos médicos. A nova norma do Conselho Federal de Medicina só permite, indicação p’ra 2 tipos de epilepsia.

O presidente do Instituto CuraPro: Acolhe Vidas, Marco Antônio Cunha Carbone explicou:

Só no CuraPro, são aproximadamente 730 pacientes com várias outras patologias que não são epilepsia refratária e esclerose tuberosa. Temos pacientes com Alzheimer, com autismo, com outros tipos de esclerose, temos gente com HIV e outras doenças.

No Distrito Federal, 20 entidades protocolaram um manifesto com constatações e pesquisas científicas sobre o uso do canabidiol. Em Salvador, a petição do coletivo era para que os pacientes pudessem dar continuidade à esse tipo de tratamento.

Igual João, de 9 anos portador de autismo leve. Ele tomou remédios convencionais p’ra baixar as crises, mas depois deu reações. Então a mãe fez o uso de óleo de canabidiol, prescrito por um médico. Daniele Bueno conta:

Ele ficou extremamente mais tranquilo, com melhor concentração nas coisas que faz, ele tinha voltado a desenhar. Até quebra-cabeça e coisas que exigem mais paciência ele estava fazendo.

No entanto, segundo o Conselho Federal de Medicina, a prescrição desses casos só hão de ser feitos se o tratamento for parte de um estudo científico. Os médicos que descumprirem as novas normas serão punidos, desde uma advertência até a cassação do registro profissional.

Depois da repercussão, o Conselho anunciou que vai realizar uma consulta pública, aberta à população, mas já adiantou que essa consulta pública não tira a validade da resolução. Daniele Bueno pontua:

Muitas pessoas são beneficiadas. Meu filho toma o óleo e está na paz, e se ele não tiver como tomar, não tiver uma receita daqui para frente, porque eu ainda tenho, como que eu faço? Eu vou ter que voltar a dar remédio, e eu não quero dar remédio para o meu filho.