John Ronald Reuel Tolkien, ou J. R. R. Tolkien, foi doutor em Letras e professor universitário de língua e literatura inglesas, além de filólogo, poeta e, claro, criador da Terra-Média.
Durante seu tempo no colégio, pesquisou profundamente o latim e o grego, além disso, aprendeu um pouco de finlandês e nórdico antigo. Tolkien cursou Língua e Literatura Inglesas em Oxford e posteriormente tornou-se professor de Inglês Antigo.
Como habilidoso linguista, um de seus passatempos era a criação de línguas. Em meados de 1915, ele já trabalhava há alguns anos no que chamava de “linguagem de fadas sem sentido”, o que tornou-se mais tarde as duas línguas élficas: Quenya, baseada principalmente no finlandês, e Sindarin, baseada no galês.
Acreditando que a linguagem fala muito sobre a história e estilo de vida de seu povo, começou, só então, a desenvolver os primeiros esboços de seus elfos e a mitologia da Terra-Média (só em 1930 O Hobbit começou a ser escrito). Também foram desenvolvidos dois alfabetos principais de origem independente na mitologia. O Tengwar ou Tiw (letras); e os Certar ou Cirth (runas).
Tengwar
“As letras e formas cursivas usadas na Terceira Era eram todas essencialmente de origem Eldarin. Os tengwar foram criados para serem escritos com pincel ou pena, e as formas angulosas das inscrições eram, no caso, derivadas das formas escritas” (Senhor dos Anéis – O retorno do Rei).
Apesar da representação do livro ter muitas linhas retas, uma das imagens marcantes dos filmes da trilogia Senhor dos Anéis são as belas inscrições do anel:
O Tengwar tem leveza, delicadeza e formas esbeltas, assim como elfos. Os elfos de Tolkien são ligados com a natureza, sábios e artísticos, nada mais adequado que um alfabeto desenhado à pena para a representação desse povo.
A escrita Tengwar se assemelha a uma tipografia script que tem como características a ideia de classe e tradição.
Cirth
Por outro lado temos o Cirth (ou Certar) alfabeto conhecido por homens, anões e até orcs, que sofreu algumas modificações e tornou-se o alfabeto preferido dos anões:
“Os Certar foram criados e mormente usados apenas para inscrições gravadas ou entalhadas. Por muito tempo foram usados apenas para inscrever nomes e breves textos comemorativos sobre madeira ou pedra. Devem a essa origem suas formas angulosas, muito semelhantes às runas de nossos tempos” (Senhor dos Anéis – O retorno do Rei).
De fato, os Cirth têm grande semelhança estética com as runas que eram usadas para escrever línguas germânicas da Europa do Norte. O primeiro alfabeto real conhecido por nós constituído de runas é o Futhark antigo que foi, assim como os Cirth da mitologia de Tolkien, expandido posteriormente. Da expansão originou-se o Futhorc, como mais elementos e ainda mais parecido ao Cirth:
Os Cirth estão presente em entalhes de armas, como na lâmina da espada de Aragorn, a Andúril:
Pode-se notar, se tomarmos a escrita Tengwar como representação dos elfos e os Cirth como características dos anões que existe uma representação de força muito maior no segundo.
A forma “bruta” ou rústica condiz com a raça dos anões, com seus trabalhos de forja. A silhueta do caractere Cirth é próxima a um quadrado, semelhante a própria forma dos anões, e passa a sensação de firmeza.
Além disso, por suas origens e ocupações a maioria dos anões são ferreiros ou mineradores, utilizar uma tipografia escrita com pincel não faria muito sentido, mas sim talhável em aço.
Outros alfabetos
Klingon
O Klingon apareceu a primeira vez em “Jornada nas Estrelas: O Filme”, de 1979. James Doohan inventou algumas palavras e posteriormente o linguista Marc Okrand desenvolveu a linguagem e alfabeto. Os fãs se interessaram tanto pela língua que já foram produzidos livros e até um dicionário! Até mesmo “Hamlet”, de Shakespeare, já foi traduzida para klingon.
Kryptoniano
O Kryptoniano é uma linguagem fictícia criada para ser a língua-mãe do Superman. Em suas primeiras aparições não existia realmente um alfabeto. Apenas na década de 1970, E. Nelson Bridwell organizou um primeiro alfabeto de 118 caracteres, chamado de Kryptonês.
Em 1986, John Byrne revisou o Kryptonês e o alfabeto de Bridwell foi substituído por caracteres mais geométricos.
Em 2000, Darren Doyle, deu mais forma ao alfabeto da figura acima. O Kriptonês de Bridweel passou a ser chamado de kandoriano ou kryptoniano antigo. E o novo Kryptoniano passou a ser usado nos quadrinhos e séries de televisão.
É importante notar que, ao contrário das línguas de Tolkien e apesar de ter alguns símbolos para nomes próprios, o Kryptoniano é um alfabeto sem linguagem desenvolvida por trás. Isso se deve principalmente ao fato de que desenvolver uma linguagem custa dinheiro e tempo.
Fontes
O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei — J. R. R. Tolkien
J. R. R. Tolkien – O Senhor da Fantasia — Michael White
The Invented Worlds of J.R.R. Tolkien: Drawings and Original Manuscripts from the Marquette University Collection — Patrick e Beatrice Haggerty Museum of Art
Mistérios Nórdicos — Mirella Faur
Portal Valinor
The Klingon Language Institute
The Languages of Krypton
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Os caras praticamente desdobraram um “universo todo”, tem que ser bem conectado com o abstrato pra sintetizar uma obra com direito a linguagem própria…
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