O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos confirmou nesta segunda-feira (30) que foi alvo de um ciberataque realizado por hackers apoiados pelo governo chinês, de acordo com documentos não oficiais obtidos pelo jornal The Washington Post.

Segundo um documento enviado ao Comitê Bancário do Senado, o ataque foi possível devido ao acesso indevido a uma chave de segurança de um software terceirizado, o que permitiu aos invasores acessar estações de trabalho e documentos não classificados do departamento.

Após ser notificado pela empresa BeyondTrust no dia 8 de dezembro, o Tesouro acionou a Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (CISA) e interrompeu o serviço comprometido.

Ciberataque ao Tesouro dos EUA

• Como ocorreu o ataque: hackers obtiveram acesso a uma chave de segurança de software terceirizado, conseguindo burlar protocolos e acessar sistemas do Tesouro.
• Resposta do governo dos EUA: após a notificação, o Tesouro acionou a CISA e retirou o serviço afetado do ar. Não há evidências de que os invasores ainda tenham acesso aos sistemas.

• Histórico de ataques cibernéticos chineses: o incidente se soma a outras iniciativas atribuídas à China, incluindo invasões de redes de telecomunicações e contas de e-mail de agências governamentais no último ano.

Ação imediata e investigação em andamento

O Departamento do Tesouro classificou o ataque como um “incidente importante” e trabalha com o FBI, a comunidade de inteligência e especialistas terceirizados para avaliar os danos e o impacto do ataque. A empresa BeyondTrust, fornecedora do software comprometido, declarou ter adotado medidas para resolver a falha e está apoiando os clientes afetados.

Os hackers tiveram acesso a estações de trabalho de “usuários finais”, segundo o Tesouro, mas os detalhes sobre quais funcionários foram impactados ainda não foram divulgados. O senador republicano Tim Scott solicitou um relatório detalhado sobre o incidente, destacando a gravidade da situação.

Ciberespionagem chinesa: uma ameaça recorrente

Este ataque segue um padrão de ciberespionagem associado ao governo chinês. Em casos anteriores, grupos como o “Salt Typhoon” invadiram redes de telecomunicações para monitorar chamadas e mensagens. No ano passado, hackers chineses violaram e-mails do Departamento de Comércio e do Departamento de Estado, incluindo a conta da Secretária de Comércio, Gina Raimondo.

O aumento na frequência e sofisticação dos ataques evidencia a necessidade de reforçar a segurança cibernética nos EUA, especialmente em setores estratégicos. (fonte>olhardigital)