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Trago aqui um argumento que ficou famoso pelo seu modo polêmico de ser. Ele foi inicialmente formulado por Blaise Pascal e tem como objetivo fazer com que as pessoas acreditem em Deus pela via probabilística.
Blaise Pascal (1623 – 1662) foi um matemático, escritor, físico, inventor, filósofo e teólogo católico francês. Contribuiu significativamente para o estudo dos fluidos, conceitos de pressão atmosférica e vácuo, escreveu textos importantes sobre o método científico. Matemático de primeira linha, criou dois novos campos de pesquisa: primeiro, publicou um tratado de geometria projetiva aos dezesseis anos; então, em 1654, ele desenvolveu um método de resolver o “problema dos partidos”, que, dando origem, no decorrer do século XVIII, ao cálculo das probabilidades, influenciou fortemente as teorias econômicas modernas e as ciências sociais. Depois de uma experiência mística que experimentou em novembro de 1654, dedicou-se à reflexão filosófica e religiosa, sem renunciar ao trabalho científico. Escreveu durante este período The Provincials and Thoughts, publicado somente após a sua morte.
No século XVII – século de Descartes, Spinoza e Pascal -, os filósofos se afastaram da abordagem medieval de tentar demonstrar Deus, principalmente os filósofos citados. Pascal, que foi um grande matemático, formulou um argumento probabilístico para tentar fazer com que as pessoas acreditem em Deus: a Aposta de Pascal. Pascal abandonou a busca de uma demonstração de Deus: nossa razão natural era tão limitada e corrupta que qualquer tentativa desse tipo seria fútil. Ele também achava que os argumentos que tentavam refutar a existência de Deus eram igualmente fracos. Ou seja, Pascal suspendeu seu juízo racional sobre a existência de Deus. Mas como fica a questão da nossa crença e da existência de Deus se o juízo foi suspendido? Pascal começa argumentando:
Ou Deus existe ou não. Que partido devemos tomar? A razão nada pode determinar aqui. Um abismo infinito nos separa, e no percurso dessa infinita distância um jogo está sendo jogado, que dará par ou ímpar. Em qual você vai apostar?
Talvez alguns indivíduos prefiram não apostar afinal. Mas não tem como escapar: o jogo (da vida) já começou e todos estamos jogando. As chances, até onde a razão pode demonstrar, são iguais para cada lado. Mas os resultados das possíveis apostas são muito diferentes. Suponha que você aposte sua vida em que Deus existe. Se vencer, Deus existe, e você ganha a felicidade infinita; se perder, então Deus não existe e o que você perde é nada. Então a aposta em Deus é uma aposta garantida. Mas quanto devemos apostar? Se lhe fossem oferecidas três vidas de felicidade como pagamento por você apostar sua vida, então faria sentido aceitar a oferta. Mas na verdade o que lhe é oferecido não são apenas três períodos de vida, mas toda uma eternidade de felicidade, o que torna então a aposta infinitamente atraente. Vimos assumindo que as chances de ganhar ou perder uma aposta em Deus são iguais. Mas a proporção de infinita felicidade, em comparação com o que está sendo ofertado na vida presente, é tão grande que a aposta na existência de Deus é uma sólida proposição, mesmo se as chances de perder forem enormes, contanto que sejam apenas finitas.
Como todo bom argumento filosófico, há objeções a esse argumento. A primeira objeção à aposta de Pascal é que o fato de ser mais racional acreditar em Deus não fará com que o indivíduo tenha fé genuína em Deus – parece que o indivíduo estará apenas sendo mercenário. Pascal, então, responde que primeiramente ele deverá começar a frequentar a Igreja e tentar ter uma vida cristã, e com o passar do tempo a fé genuína se desenvolverá naturalmente. A segunda objeção fala a respeito de qual Deus escolher. “Porque devemos escolher o Deus de Pascal? Pode ser que o Deus existente seja o Deus do islã. Ou um Deus indigena. Ou talvez de outra vertente cristã: luterana, calvinista, jesuíta”. Como essa objeção é mais moderna, Pascal não pode respondê-la. Mas de qualquer forma, a essência do argumento permanece intacta e bem forte.
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Portais:
Luz p’ra nós!
Luz para nós!!
Pacal surfou na simetria, Amém luz p´ra nós!
Muito bom! Luz p’ra nós 🙌
Luz p’ra nós
Luz p’ra nós 🙏
#LuzPraNos
Gênio.
Luz p’ra nós!
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Ainda n sabia dessa aposta de Pascal. Valeu!
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