No artigo de hoje, você ficará sabendo o que é dissonância cognitiva, que nada mais é do que uma diferença entre aquilo que uma pessoa diz e aquilo que ela faz. Por acaso você já conheceu alguém que agiu de maneira completamente oposta àquilo que ela defende? Na realidade, o problema é mais complexo do que esse exemplo. Para entender melhor do que se trata o problema, não deixe de ler esse post até o final!
O que é dissonância cognitiva para Festinger
Dissonância cognitiva é um conceito que foi inicialmente desenvolvido pelo professor Leon Festinger em meados do século XX. Seu trabalho se desenvolveu majoritariamente na New School for Social Research de Nova York. Em 1957 é que foi publicado pela primeira vez seu livro sobre o assunto, intitulado de “Dissonância cognitiva”, hoje bastante difícil de encontrar.
O autor define a Dissonância Cognitiva como uma tensão entre o que uma pessoa pensa ou acredita, e aquilo que faz. Quando alguém produz uma ação que entra em desacordo com aquilo que pensou, gera-se esse desconforto entre os mecanismos psíquicos. Assim, tem-se o efeito de dissonância cognitiva.
De duas uma: ou aquilo que sabemos ou pensamos se adapta ao nosso comportamento, ou o comportamento adapta-se ao nosso conhecimento. Festinger considerava que a necessidade de se esquivar da dissonância é tão importante como as necessidades de segurança ou da alimentação.
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Conceito de dissonânica cognitiva
Dissonância cognitiva é a incoerência entre o que a pessoa diz ou pensa (crenças, valores, princípios) e o que a pessoa realmente pratica.
Existiria um “estado psicologicamente desconfortável”, isto é, um conflito interno no sujeito em seu processo decisório quando dois (ou mais) elementos cognitivos são percebidos como não coerentes.
O sujeito tem uma opinião específica sobre um assunto, ou um comportamento específico a uma situação, e isso não condiz com o que o sujeito pensa de si mesmo. Ou seja, um pensamento ou atitude concretos (temporais) não estão de acordo com a imagem abstrata (atemporal) que a pessoa faz de si.
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A dissonância cognitiva é racional e emocional
Para os autores Sweeney, Hausknecht e Soutar (2000), a teoria de dissonância cognitiva traz em si uma contradição, pois tem um valor eminentemente emocional embora tenha o “cognitivo” (uma ideia conceitual ou racional) no seu nome.
Esse desconforto varia conforme a importância que o sujeito designa a um tema e, conforme for, pode ser percebido como algo mais sério. Até mesmo uma angústia ou uma ansiedade, que refletiriam o desajuste entre as cognições.
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Mecanismos de defesa contra a dissonância
Para resolver (ou amenizar) o incômodo da dissonância, o sujeito irá acionar mecanismos psicológicos variados. Esses mecanismos terão um efeito de justificar, contrapor-se ou amenizar um dos polos da dissonância. O sujeito irá acionar mecanismos psicológicos diversos para reduzir ou eliminar a dissonância.
Em psicanálise, usamos o conceito de mecanismos de defesa do ego. Mecanismos de defesa como a racionalização são também mecanismos suavizadores da dissonância cognitiva.
Exemplo: há uma dissonância cognitiva quando uma pessoa tem de si uma imagem de ambientalista, mas um dia joga lixo na rua, pela janela do seu carro. Se a pessoa já se posicionou publicamente sobre o tema (por exemplo, defendendo o meio ambiente para seus filhos ou nas redes sociais), a tendência é que a conduta dissonante gere desconforto psíquico maior.
Para dissolver a dissonância entre sua autopercepção e sua conduta real (e amenizar a angústia gerada), a pessoa pode adotar mecanismos como: “foi só uma vez”, “hoje não está sendo um dia bom para mim”, “eu não gosto do prefeito desta cidade”, “existe uma outra explicação para este caso concreto” etc.
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Eliminar ou reduzir a dissonância cognitiva
Falamos dos mecanismos de defesa do ego, que podem ser também adaptados para entendermos os mecanismos para resolver a dissonância.
Agora, falando em termos mais específicos, a teoria da dissonância cognitiva afirma existirem três formas de eliminar ou reduzir a dissonância:
- Relação dissonante: O sujeito tentará substituir uma ou mais crenças, comportamentos ou opiniões envolvidos. Ex.: “A cidade me oprime”, “O prefeito é corrupto”.
- Relação consonante: O sujeito tentará adquirir novas informações ou crenças para aumentar a consonância. Ex.: “Alguém vai pegar o lixo que joguei e ainda vai ganhar dinheiro com sua reciclagem”.
- Relação irrelevante: O sujeito tentará esquecer ou pensar que novas informações ou crenças são mais importantes, pelo menos para aquele caso concreto. Ex. “Isso não é tão importante perto das dificuldades que passei hoje”.
Em nosso ver, o importante é que o sujeito resolva a dissonância de uma maneira profunda e que lhe dê um novo significado à autoimagem que o sujeito faça de si. Assim, poderá encontrar um novo quadro de consonância e em conformidade com sua “essência”, algo que não seja uma mera desculpa à dissonância.
Isto é, para resolver de forma profunda, é preciso buscar mais conhecimento e autoconhecimento, no sentido de identificar se:
- a autoimagem que eu fazia de mim está inadequada e precisa mudar? Se sim, resolve-se a dissonância construíndo uma nova autoimagem de si, reduzindo-se as exigências em relação a um ideal dissonante;
- a imagem que eu fazia de mim está adequada e precisa continuar? Se sim, resolve-se a dissonância revendo as condutas e práticas, ajustando-as (nas próximas ocasiões) aos valores e crenças da autoimagem, assumindo-se as responsabilidades, sem ficar remoendo angústias por dissonâncias relacionadas a eventos passados.
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Mais informações sobre o significado de dissonância cognitiva
Em linhas gerais, trata-se de uma tensão desconfortável que pode ser gerada por dois pensamentos conflitantes. Basicamente, se trata da percepção de incompatibilidade entre duas cognições, onde “cognição” é um termo definido como qualquer elemento do conhecimento, incluindo atitude, emoção, crenças ou comportamento.
A teoria da dissonância cognitiva prega que cognições contrárias servem como estímulos para a mente obter ou inventar novos pensamentos ou crenças. Ademais, é possível modificar crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições que são causadas.
Vale ressaltar que, segundo Festinger, a severidade ou intensidade varia de acordo com a importância que damos aos elementos cognitivos que se encontram em dissonância.
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Exemplos que ajudam a entender melhor a teoria da dissonância cognitiva
Para entender melhor o contexto de Dissonância Cognitiva, preparamos alguns exemplos abaixo, que estão presentes em nosso cotidiano.
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Como a dissonância cognitiva afeta emoção ou comportamento
A dissonância cognitiva está presente em nosso dia a dia, seja nas compras que fazemos diariamente no mercado ou shopping.
Veja bem: a maioria das pessoas desejam fazer boas escolhas na hora de comprar um produto. No entanto, é bem comum quando de repente, por algum motivo, nós nos arrependemos de ter gasto o dinheiro ou mesmo achar que o produto não era o que esperava. Nessa situação, o cérebro entra em conflito com as crenças já existente em sua cabeça. Dessa forma, fazendo-o entrar em confronto com a sua mente.
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Exemplos práticos vivenciados por todos nós
Você já fez alguma coisa mesmo sabendo que aquilo era errado?
Um bom exemplo disso é fumar um cigarro sabendo que é prejudicial à saúde. Comer doces em excesso também ajuda a entender o conceito, lembrando que o excesso pode ser fatal para quem sofre de diabetes. Estacionar na vaga de um idoso é outro exemplo, mesmo sabendo que é proibido.
Dirigir um veículo alcoolizado sabendo de todos os perigos que podem decorrer dessa escolha também é totalmente controverso.
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Mais exemplos que afetam nosso emocional
Algumas vezes temos tanta vontade de que tudo dê certo em nosso relacionamento com uma pessoa, seja ela namorado, marido, amigo, colega de trabalho, parente ou chefe. Nosso desejo é tanto que passamos por cima de verdadeiros absurdos que essa pessoa pode cometer para acobertá-la e defendê-la.
Ademais, acabamos dando desculpas por ela, justificando o injustificável quando deveríamos apenas perceber que esta pessoa não está nos fazendo bem. Esse problema é particularmente interessante quando observamos casos de dissonância cognitiva nos interrogatórios, o que é super complicado de lidar.
Esses são alguns exemplos de atitudes que podem gerar desconforto, como se tivéssemos decepcionando a nós mesmos. Na psicologia, essa sensação é resultado da dissonância cognitiva, que é um fenômeno onde nossas crenças de fato entram em contradição.Em resumo, sempre que a forma que você vê o mundo entra em choque com a forma que você age, pensa ou se comunica, temos aí um caso de dissonância cognitiva.
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Quando há ou não a dissonância cognitiva? Uma definição rápida para leigos
Quando nos pós compra, o cliente carrega consigo a sensação prazerosa de satisfação, sem culpa ou remorso por ter gastado naquela loja, não há a dissonância cognitiva. Contudo, quando observamos o contrário, depois do ato da compra o cliente se arrepende por ter gasto o dinheiro, ou sente-se arrependido pelo acontecido, aqui podemos perceber que a dissonância cognitiva está presente.
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O que fazer quando ocorre a dissonância cognitiva?
Em um minuto de stress ou desconforto entre duas ideias diferentes, gerando a dissonância, podemos suavizar o momento tomando uma atitude diferente. Tenta mudar o ambiente e ajustá-lo às suas convicções em que se encontra ou acrescentar novas informações para o seu conhecimento é de extrema importância, dessa forma amenizamos os conflitos internos.
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Dicas para amenizar o impacto no seu dia a dia
Trabalhe suas crenças mais favoráveis, afim, de superar a crença ou comportamento dissonante;
Acrescente novas crenças, dessa forma, você estará expandindo o seu conhecimento e automaticamente dando menos importância a crenças não construtivas;
Minimize o interesse da crença que se encontra em dissonância (conflito);
Busque apoio social;
Não se cobre tanto. Diminuir o grau de importância que você dá para a sua crença é crucial;
Se deseja comer um doce estando de dieta, se permita comer um doce. Assim, você estará reduzindo o desconforto interno que acontece com você por acreditar que comer um doce vai estraga todos os seus planos;
Vimos que a cognição está relacionada a crenças e opiniões, se você tem um ponto de vista relacionado a um determinado assunto. Portanto, isso vale para um objeto, pessoa, momento, religião, entre outras coisas.
Ao adicionar uma nova cognição, passamos a obter mais informações sobre aquele determinado tema. Como consequência, traremos um estado de equilíbrio para as novas percepções, diminuído o conflito da dissonância. Isso acontece porque inserimos novas informações que quebram o grau de importância da dissonância anterior.
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É possível curar a dissonância cognitiva?
Aqui deixamos o nosso ponto de interrogação para essa pergunta, afinal, a dissonância cognitiva está presente em nossa vida. Na realidade, ela pode inclusive ser benéfica em vários contextos para nossa sobrevivência. Imunes não estaremos, mas, podemos sem dúvidas determinar uma relação mais autocrítica com nossa própria mente em nome de melhores desempenhos.
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Fonte: psicanáliseclinica
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Luz para nós!!
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Dissonancia cognitiva -> presente na direita, na esquerda, na ciencia, nos conspiracionistas, no nosso dia a dia… sistema é foda rsrs. Luz pra nós!
Busquemos em Deus a Sabedoria!
Grato mano!
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MT bom o assunto,gratidão Luz p’ra nós!🙏
Vlw Pedro! Tmj mano! Luz p’ra nós 🍎.
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Muito bom o post, irmão.
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Grato meu mano, quem dera eu, ter o mesmo empenho que ti! Muito obrigado! Luz p’ra nós 🍎.
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