Dados do Ministério da Saúde revelam que existem mais de 250 modalidades delas, e a maioria são infecções derivadas de bactérias e suas toxinas, vírus, fungos ou outros parasitas. Consideradas importantes causas de doenças e mortalidade, elas têm chamado mais atenção por se relacionarem a problemas econômicos e de saúde pública. No Brasil, a cada ano são registrados 700 surtos de DTA.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), durante o século 21, a expectativa é que esses números cresçam. As razões para isso seriam as mudanças globais, o aumento populacional e da pobreza, a exportação de alimentos e rações animais, entre outros fatores.
As DTAs podem acometer todas as pessoas, indistintamente. Contudo, idosos e crianças, além dos indivíduos que vivem em regiões mais carentes, são considerados os mais vulneráveis.
Entenda por que isso acontece
Más condições de saneamento e qualidade da água para consumo humano, práticas inadequadas de higiene pessoal e consumo de alimentos contaminados se destacam entre as várias causas das DTAs.
A intoxicação alimentar resulta do consumo de alimentos contaminados com toxinas produzidas por determinados tipos de bactérias ou por estas isoladamente, vírus e fungos. Em geral, as toxinas já foram liberadas no alimento durante o processo de proliferação dos microrganismos. Assim, tão logo ele seja consumido, os sintomas da intoxicação podem se manifestar.
De onde vêm esses microrganismos?
Vírus e substâncias químicas estão entre as possíveis origens das DTAs. Na vida real, os agentes patogênicos mais comuns relacionados às intoxicações são a bactéria Escherichia coli (E. coli), o bacilo Salmonella e a toxina Staphylococcus aureus.
A primeira infecta carnes; o segundo, carnes, aves, ovos e produtos com ovos e laticínios. Já o estafilococo cresce nos alimentos e produz toxinas que levam à intoxicação alimentar. Ele pode estar presente em molhos, bolos com creme, leite, carne em conserva, entre outros. O risco de contaminação é alto quando esses itens são conservados em temperatura ambiente.
Quanto à intoxicação por produtos do mar (peixe ou mariscos), as causas, em geral, são três toxinas: a ciguatera, tetrodotoxina e a histamina.
Saiba como se dá a contaminação
Ela pode acontecer desde o plantio do alimento (quando há uso indiscriminado de agrotóxicos ou antibióticos em animais), até a colheita, e se dá pelo contato com a água ou a terra, que podem conter os agentes causadores de doenças.
Além disso, condições de higiene, de transporte e armazenamento, especialmente de alimentos que necessitam de cuidados específicos, como a refrigeração, também podem desencadear o problema.
Conheça as mais frequentes fontes de intoxicação
- Peixe cru ou frutos do mar;
- Carnes ou ovos mal cozidos;
- Todo tipo de alimento preparado com utensílios (faca, tábua de carne, por exemplo) sem a devida higienização;
- Água não tratada;
- Derivados do leite (queijos, iogurtes etc.);
- Alimentos que contêm maionese que estejam fora da geladeira por muito tempo.
Quem precisa ficar mais atento?
Todos podem ter intoxicação alimentar. O que merece maior atenção é a “gravidade dos quadros nos extremos da vida: crianças, idosos e imunodeprimidos (pessoas que tenham as defesas do corpo enfraquecidas por alguma doença) têm maior risco de manifestações graves e com complicações, inclusive óbito”, explica Jaime Luís Lopes Rocha, médico infectologista e professor da Escola de Medicina da PUC-PR.
E as grávidas?
De acordo com o médico de família e instrutor do curso de emergência da Unicid, Renato Walch, as gestantes devem sempre ter maior cuidado com a alimentação. O conselho é verificar validade, procedência, higiene e a forma de armazenamento do alimento.
“Alimentos crus podem levar a infecções importantes, tanto para a mãe quanto para o bebê. E elas vão desde as intoxicações alimentares leves, até quadros de comprometimento do desenvolvimento do feto, como é o caso de toxoplasmose”, esclarece Walch.
Como reconhecer os sintomas?
Na intoxicação alimentar os sintomas aparecem logo, ou seja, em até 6 horas após a ingestão do alimento.
Embora não seja a regra geral, o vômito pode ser o primeiro sintoma observado. Além disso, você poderá observar os seguintes sinais:
- Dor ou desconforto abdominal e náuseas;
- Sensação de empachamento;
- Cólicas;
- Diarreia (maior ou menor volume; maior ou menor frequência);
- Prostração;
- Mal-estar geral associado a dor de cabeça;
- Sensação de tontura ou desmaio;
- Febre (mais raramente).
Quando procurar ajuda médica?
Muitas pessoas enfrentam uma intoxicação alimentar sem orientação especializada porque ela é autolimitada —isto é, pode passar sozinha.
Mas como há risco de desidratação, especialmente entre crianças e idosos, ao perceber que os episódios de diarreia e os vômitos não passam, ou mesmo a presença de febre e sangramento nas fezes, a recomendação é procurar atendimento médico o mais rápido possível.
Como é feito o diagnóstico?
Ele é clínico —o médico conversará com você para entender melhor o seu histórico, fará o exame físico e tentará identificar sinais de desidratação ou outros sintomas que revelem algum risco maior para a sua saúde.
Geralmente os sintomas relatados são suficientes para definir o diagnóstico, especialmente se outras pessoas também tiverem sido afetadas.
A confirmação poderá ser feita por meio da solicitação de exames de sangue e de fezes para identificar o microrganismo.
Tratamento
Na maioria das vezes, a orientação é hidratação abundante ou correção da desidratação por via venosa, a depender da gravidade do quadro e da perda de eletrólitos. Além disso, o médico deve sugerir adequação da dieta: incluir alimentos leves (principalmente carboidratos como massas, batata cozida ou assada e arroz), e evitar comidas gordurosas, com muito óleo e os derivados de leite. Tais providências visam reduzir a diarreia.
Podem ser indicados medicamentos para controle de sintomas como o vômito. O uso de antibiótico é sempre muito preciso e deve ocorrer somente após a avaliação do médico. Ele nunca é considerado regra nesses casos.
Com essas providências, os sintomas devem desaparecer no período de 3 a 5 dias. Caso eles persistam por mais de 1 semana, procure orientação médica.
Dá para prevenir?
Sim, e a melhor forma de fazer isso é estar atento à higiene pessoal e do ambiente onde se manipulam e conservam os alimentos.
Observe sempre as condições de limpeza de supermercados e do armazenamento de alimentos que necessitam de refrigeração. Além disso, coloque em prática as seguintes estratégias:
- Lave sempre as mãos com sabão;
- Limpe imediatamente respingos de alimentos na cozinha;
- Mantenha carnes frescas separadas de frutas e vegetais que não serão cozidos;
- Esteja atento ao cozimento correto dos alimentos;
- Organize os alimentos na geladeira ou no freezer. Evite deixar carnes, peixes, aves ou comida pronta sem refrigeração por mais de 2 horas em temperatura ambiente;
- Esteja atento à data de vencimento das embalagens dos alimentos;
- Adote o hábito de usar bolsas térmicas para transporte de alimentos que precisam de refrigeração;
- Observe como os alimentos são conservados nos restaurantes. Alimentos que contêm ingredientes não cozidos precisam estar devidamente refrigerados.
O que fazer em casa para colaborar com o tratamento
- A dica mais importante é manter-se hidratado. Além disso…
- Fique em casa e procure repousar;
- Coma quando sentir fome. Apenas prefira alimentos que ajudem a conter a diarreia;
- Evite tomar suco de frutas ou de frutas congeladas;
- Lave suas roupas de cama ou toalhas separadamente dos demais, especialmente se tiverem vômito ou fezes;
- Capriche na limpeza do banheiro,incluídas superfícies como as torneiras, pias e maçanetas;
- Fique longe do preparo de alimentos, se isso for possível;
- Evite usar piscinas, pelo menos até 2 semanas após o episódio de intoxicação;
- Separe talheres, pratos, utensílios e toalhas para seu uso pessoal.
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