Resumo : Universitários da FEI de São Paulo ganharam competição com robô doméstico chamado Hera, estudantes pernambucanos também vencem na RoboCup na categoria Small Size League, Jovens da UFPE chegaram a fazer financiamento coletivo para participar de torneio na Tailândia, em anos anteriores alguns brasileiros também já chegaram aos últimos colocados e até em vice-campeão no ano passado.
Universitários da FEI vencem mundial de robótica com Hera, um robô-cuidador doméstico
Um grupo de universitários brasileiros conquistou o primeiro lugar na categoria At Home no RoboCup 2022, realizado em Bangkok, na Tailândia. A conquista foi devido à criação de Hera, um robô com inteligência artificial programado para realizar atividades domésticas, capaz de mapear ambientes por meio de sensores e localizar, pegar e manipular diferentes objetos, por meio de sistema de navegação autônomo, sem influência de radiocontrole humano.
Com início em 13 de julho, as provas duraram quatro dias e o time, composto por cinco alunos e um professor do Centro Universitário FEI, de São Bernardo do Campo, em São Paulo, ficou à frente de 45 países e cerca de 3 mil participantes.
A categoria At Home, na qual o Brasil ficou na liderança, conta com robôs que também realizam diversas atividades a fim de promover o conforto do usuário em casa. Hera, por exemplo, mas é capaz de localizar e levar objetos até o usuário, organiza prateleiras e armários, registra as preferências de visitas sobre o que desejam consumir, provoca interações, verifica se os habitantes da casa estão bem hidratados e, em caso de necessidade, chama socorro médico para o endereço em que está localizado.
O robô não é capaz de fazer faxina (ainda) e só manipula objetos a partir de 30 cm de altura, ou seja, que estejam em mesinhas, bancos, despensas etc. A limitação da máquina, por enquanto, é em lidar com materiais que esteja justamente no chão.
O professor Plinio Thomaz Aquino Jr., docente e chefe departamento de Ciência da Computação e coordenador do projeto RoboFEI @Home, é doutor em sistemas digitais na especialização de interação humano-máquina. Ele viajou com os alunos e esteve presente durante as etapas da competição e comenta que os robôs também precisam passar por testes bem avançados. Um exemplo é a recepção de pessoas para uma festa em casa.
Além disso, vale ressaltar que os brasileiros são alguns dos únicos competidores que não levam as máquinas prontas em contêiner. Por questões logísticas, a Hera foi desmontada e colocada em meio a plástico-bolha e demais papeis, em 5 malas de 23 quilos/cada (uma de cada brasileiro responsável da categoria). Desse modo, o equipamento foi remontado horas antes da primeira fase da competição, o que é bem incomum em provas como essa.
Desenvolvida em 2015, a máquina já sofreu diversas melhorias e passa por mudanças constantes, já que, a cada edição do RoboCup, as regras mudam. Embora os brasileiros já tivessem participado de outras edições, o diferencial do projeto deste ano está na leitura de visão computacional e de inteligência artificial integradas à manipulação de hardware com o robô, que agora é capaz de ajudar um humano sem erros e registro de seus gostos e preferências quanto ao que será servido.
Hera, no entanto, ainda não está disponível para comercialização. Segundo o professor, se houver interesse por parte de empresas, logo, porque alunos e professores de diversas áreas estão capacitados para atender esse mercado. “Em breve estaremos com novos robôs como a Hera no mercado. Muito antes do que a gente imagina”, afirma.
Estudantes da UFPE vencem campeonato na modalidade Small Size League
A RoboCIn, equipe formada por alunos de tecnologia da informação e de engenharia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), se tornou campeã do torneio de robótica RoboCup 2022, na categoria Small Size League (SSL). Os estudantes, que chegaram a fazer um financiamento coletivo em junho para participar da competição, são os primeiros brasileiros a vencer na modalidade em 25 anos de evento.
O torneiro aconteceu em Bangkok, na Tailândia, entre os dias 13 e 17 deste mês. Os pernambucanos competiram em duas categorias: Small Size League e 2D Simulation. Apesar de não ter ido ao pódio na modalidade 2D, os jovens ficaram em 10º lugar, melhor colocação de uma equipe sul-americana na edição, e em 6º lugar no Challenger. A vitória serviu para fortalecer ainda mais a confiança dos alunos em pesquisas futuras envolvendo robôs.
“Foi inexplicável [a sensação]. Demorou para cair a ficha que a gente tinha sido campeão”, conta Matheus Andrade, um dos integrantes da equipe de SSL. Para ele, a vitória foi ainda mais especial porque ter sido também o primeiro evento presencial de muitos dos integrantes desde o início da pandemia de Covid-19.
“Esta foi a primeira RoboCup da maioria dos integrantes, além de ter sido a primeira vez que uma equipe brasileira venceu nessa categoria. A gente tava muito animado com nosso crescimento e acho que o sentimento que fica é a confirmação do nosso trabalho. Que nosso esforço, pesquisa e tudo o que a gente lutou está indo para frente”, conta o jovem.
A RoboCup é a maior competição internacional de robôs autônomos do mundo e busca o desenvolvimento da área através do esporte. Os alunos precisavam desenvolver robôs para jogar partidas de futebol, mas as técnicas aplicadas vão além da busca pelo gol. “A gente aplica no futebol, mas essas técnicas podem produzir robôs autônomos para a indústria, na agricultura, em hospitais, como é o caso dos robôs de desinfecção. Tudo o que a gente usa aqui pode ser aplicado”, afirmou Edna Barros, professora responsável pela equipe.
Entre as dificuldades encontradas pela equipe para participar do evento, a falta de componentes eletrônicos no mercado – consequência das restrições necessárias feitas durante a pandemia – foi a principal. Os estudantes da RoboCIn precisaram reutilizar equipamentos de versões anteriores dos robôs. Além disso, durante a competição, interferências de sinais causadas por conta dos outros robôs quase tirou o título dos pernambucanos.
“A gente não conseguiu jogar com todos os nossos robôs porque, quando todos estavam ligados, sobrecarregava a nossa base de comunicação e eles não se moviam ou faziam movimentos estranhos. Então, nós jogamos com menos robôs do que poderíamos nos jogos”, explicou Matheus.
Os dois grupos eram formados por 18 pessoas no total, sendo 11 estudantes do SSL e sete do 2D. “Se não fosse a vaquinha não teria dado para ir”, afirmou Andrade. Após a temporada na Tailândia, as equipes devem participar de novos certames ainda este ano. É possível conferir todas as classificações no site do torneio.
Fontes : Tilt, R7PE, AlgoMais, DFaereanaval
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