Harvard responde processo sobre fotos de escravos

As imagens mostram Renty Taylor e sua filha Delia, escravos em uma plantação da Carolina do Norte

Elas foram forçados a tirar a foto p’ra um estudo racista de  Harvard Louis Agassiz

A mais alta corte do estado Massachusetts decidiu, nesta quinta-feira (23), que a Universidade Harvard deve ser processada por maltratar uma descendente de escravos que foram obrigados a tirarem fotos em 1850 para o estudo de um professor que tentava interiorizar o povo negro.

A Suprema Corte de Justiça de Massachusetts constatou que o “papel horrível e histórico” de Harvard na criação das imagens significava que a universidade tinha de dar um feedback aos pedidos de Tamara Lanier, oque não aconteceu. 

O tribunal posicionou que a universidade não precisa dar as fotos a Lanier, concluindo que, apesar das circunstâncias “escandalosas”, a mulher de Connecticut não tem direito de propriedade sobre elas.

A decisão parcialmente renasce um processo que Lanier iniciou em 2019. Lanier e seus advogados, Ben Crump e Josh Koskoff, disseram em um comunicado coletivo que a constatação “histórica” permitiria que ela “continuasse esta batalha legal e moral por Justiça”.

Harvard, sediada em Cambridge, Massachusetts, disse que estava analisando a decisão.

A juíz Scott Kafker escreveu que Harvard havia “descaradamente” descartado as alegações de Lanier sobre um laço ancestral e desconsiderou seus pedidos por informação sobre o uso da imagens, como quando a foto parou na capa de um livro.

Referência: G1

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Dudu Souza

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