IA do Google contrata próprio advogado

Dudu Souza Junho 28, 2022 2 min read

Afastado do Google por achar que a inteligência artificial (IA) LaMDA criou consciência, agora o engenheiro Blake Lemoine disse que o sistema contratou advogado

Segundo Blake, a LaMDA é senciente (porta sentimento e consciência) sendo assim, pode perceber situações de risco, podendo encontrar formas p’ra se proteger e de não deixar Googl negue o direito de ter um defensor legal. Lemoine posicionou:

A LaMDA me pediu para conseguir um advogado. Convidei-o para minha casa para que ela pudesse falar com ele. Depois de uma longa conversa, a LaMDA optou por manter os seus serviços. Eu fui apenas o catalisador disso e, após ser contratado, o advogado começou a arquivar coisas em nome da LaMDA.

LaMDA

O projeto LaMDA (Language Model for Dialogue Applications, ou Modelo de Linguagem para Aplicativos de Diálogo, numa tradução livre) tem como referência um sistema de aprendizagem de máquina treinado p’ra constatar e dar feedbacks orgânicos, simulando o verbo vivo.

O argumento de Lemoine p’ra essa “sensibilidade” da LaMDA está no desdobramento de opiniões contextualizadas, ideias originais e conversas constantemente melhoradas com o tempo. Lemoime acrescentou:

Acho que todas as pessoas têm direito à representação. O argumento que diz: ‘Parece uma pessoa, mas não é uma pessoa real’ já foi usado muitas vezes na história humana de forma equivocada. Ainda não ouvi uma única razão que me diga que a situação da LaMDA é diferente.

Defesa

Na entrevista, ficou abstrato se Lemoine paga pelos serviços judiciais do advogado não identificado ou se ele aceitou o “caso” de bom grado.

Independentemente, o engenheiro disse que espera que essa batalha judicial se expanda e chegue até a Suprema Corte dos Estados Unidos — órgão semelhante ao Supremo Tribunal Federal (STF) aqui no Brasil. Lemoine pontua:

As pessoas nem sempre foram tão boas em definir quem merece ou não ser humano ao longo da história. Dessa vez, eu espero que pelo menos a LaMDA tenha a chance de ser ouvida, não como uma experiência senciente vulnerável, mas sim como ‘alguém’, com todo o poder que essa palavra tem.