
Prefeitura de BH plasmou uma biofábrica p’ra distribuir joaninhas, que abocanham pragas na agricultura urbana.
A técnica, conhecida como controle biológico, se baseia na própria pirâmide alimentar dos insetos e funciona como alternativa ao uso de agrotóxicos. Silvio Nihei professor do Departamento de Zoologia do Instituto de Biociências da USP explica:
As principais pragas agrícolas são insetos, que causam danos de centenas de milhões de dólares ao redor do mundo, anualmente.
Logo, o primeiro passo até aplicar efetivamente o controle biológico é identificar a praga e sua origem.
Os insetos inoportunos podem ser nativos ou exóticos, ou seja, introduzidos artificialmente na fauna brasileira, e verificar tal informação é essencial para determinar a espécie de animal que irá predá-los.
A linha de trabalho adotada no controle biológico preza pela utilização de inimigos naturais nativos, para que a inserção de mais espécies estrangeiras no ambiente do País não seja necessária. A ocorrência, segundo Nihei, pode resultar em uma desproporção ambiental a mais, além daquela criada pela própria praga.
Depois de identificada, a espécie passa por uma série de estudos. O professor explica que a estimativa de eficácia na redução das pragas agrícolas:
Há insetos altamente eficientes no controle populacional, que são capazes de exterminar até 95% das pragas.
Mas, muitas vezes, nossos candidatos não são tão eficientes. O que nós podemos fazer nessa situação é buscar outros controladores potenciais ou até mesmo fazer uma combinação: junto com o controle biológico, podemos utilizar um controle físico ou um controle químico reduzido.
Vantagens
O uso de bioinseticidas é benéfico ao meio ambiente, a economia, a sociedade e a saúde pública. Além disso diminui a contaminação da água e terras utilizadas na agricultura, o que permite o cultivo de alimentos orgânicos, livres de compostos químicos. Nihei diz:
Outra vantagem direta para o agricultor é a sua não contaminação. Ele não precisará manipular, manusear e borrifar inseticidas químicos.
O controle químico é muito caro. O agricultor precisa aplicar cada vez mais inseticida, em maior concentração e frequência, o que aumenta o custo escalonadamente ao longo do tempo.
A redução dos agrotóxicos também ajuda na contenção de gastos na área da saúde. A alimentação saudável possibilitada pela agricultura orgânica potencializa o bem-estar dos indivíduos, o que, a longo prazo, pode reduzir o número de visitas e internações em hospitais. O professor Nihei finaliza:
Muitos dos problemas de saúde atuais podem estar associados à maior quantidade de inseticidas que temos usado. Nos últimos três ou quatro anos, uma grande quantidade de agrotóxicos foi aprovada para uso e, com isso, muitos outros problemas vão surgir
Nós devemos pensar desde já em fazer o controle biológico e investir na ciência, para que daqui a cinco, dez, 15, 20 anos tenhamos uma melhor saúde da população.
Luz p’ra nós!
Dahora 🙏
Luz para nós!!
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Muito bom.
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