Juíza dos EUA ordena deportação de ativista palestino

A juíza de imigração dos Estados Unidos, Jamee Comans, determinou a deportação de Mahmoud Khalil, ativista pró-Palestina e estudante da Universidade de Columbia, para a Argélia ou a Síria. A decisão baseia-se em alegações de que Khalil omitiu informações relevantes em seu pedido de green card, com a intenção de burlar o processo de imigração. No entanto, a defesa de Khalil argumenta que ordens separadas de um tribunal distrital federal ainda proíbem sua deportação ou detenção imediata enquanto seu processo judicial federal prossegue.

Khalil, de 30 anos, é residente permanente nos EUA e tem ascendência palestina. Ele foi detido por mais de 100 dias no início deste ano, durante uma tentativa do governo Trump de deportá-lo. Durante sua detenção, ele perdeu o nascimento de seu filho, que ocorreu enquanto ele estava preso. Após sua liberação em junho, o juiz distrital Michael Farbiarz, de Nova Jersey, afirmou que punir alguém por uma questão de imigração civil seria inconstitucional.

O governo Trump tem sido criticado por reprimir ativistas pró-Palestina como Khalil, acusando-os de antissemitismo e apoio ao extremismo. No entanto, manifestantes e grupos de direitos humanos argumentam que essas acusações são infundadas e representam uma tentativa de silenciar a liberdade de expressão e a defesa dos direitos palestinos.

Khalil declarou que a decisão de deportá-lo é uma retaliação por seu ativismo e que continuará a lutar por seus direitos. A situação destaca as tensões entre segurança nacional, liberdade de expressão e direitos civis nos Estados Unidos, especialmente em relação a questões internacionais sensíveis como o conflito israelo-palestino.

Fonte: cnnbrasil.com.br

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Matheus Noleto

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