Laos – O país mais bombardeado de sempre

Laos é um país do Sudeste Asiático, localizado na Indochina e limitado a norte pela China, a leste pelo Vietnam, a sul pelo Camboja, a sul e oeste pela Tailândia e a noroeste por Myanmar. É uma república socialista de partido único. A capital é Vientiane (Vienciana, em português europeu) e o idioma oficial é o Laociano.

A economia laociana é tida como em desenvolvimento, sendo que o país é um grande gerador de eletricidade a partir de seus rios, sendo seus vizinhos os maiores consumidores da energia produzida no país.

A história de Laos que poucos conhecem:

À cerca de 60 anos atrás, estava acontecendo a guerra do Vietnam, Laos é o pais vizinho que nessa época também estava sendo atacado por um grupo comunista chamado Pathet Laos, só que diferente do Vietnam, os Estados Unidos não queriam que Laos se tornasse um país comunista nem que ajudassem esse movimento político que lhes costumava mandar suplementos.

Entre os anos de 1964 até 1973, os Estados Unidos jogavam um acumulativo de 2 milhões de toneladas de bombas, no país de Laos e essas bombas estavam caindo a cada 8 minutos, 24 horas por dia, durante todos esses 9 anos. Mais bombas do que todas aquelas que jogaram na segunda guerra mundial.

Eram bombas que se abriam no ar e deixavam cair centenas de bombas menores que se enterravam no chão e se convertiam em minas terrestres. Bombas menores do tamanho de uma laranja, que apesar de parecerem inofensivas cada uma pode explodir no total de três campos de futebol. 30% delas ainda não explodiram ou seja: atualmente há cerca de 80 milhões de bombas ativas sob o solo do país.

Naquela época milhares morreram e outros se tornaram refugiados, alguns até chegaram a procurar abrigo em cavernas. O resultado foi catastrófico, pois mesmo após 40 anos do fim da guerra, todos os dias acontecem acidentes por causa de artefactos enterrados no solo. Camponeses trabalhando ou até mesmo crianças que imaginam ter achado um brinquedo, são mutilados e até mesmo mortos devido à detonação involuntária das bombas.

Os Jarros do Laos

Poucos são também aqueles que conhecem a verdadeira utilidade dos artefactos encontrados em mais de 130 vasos em quinze sítios arqueológicos diferentes no Laos, na Ásia. Uma dessas escavações também revelou discos esculpidos deixados perto dos vasos. Alguns desenhos estão presentes nos artefactos que variam desde animais até gravuras que lembram armaduras.

Encontram-se espalhados por uma grande área na planície de Xieng Khouang, situada ao norte do país, que fica nas imediações da Cordilheira Annamita – que consiste na cadeia montanhosa mais elevada da Indochina.

Os recipientes datam da Idade do Ferro, têm dimensões que variam entre um e três metros de diâmetro, alguns deles são bem maiores do que um adulto em pé e alguns chegam a pesar até 14 toneladas.

Além de o terreno conter milhares de artefactos de pedra, ele também oculta milhares de minas terrestres – plantadas pelos norte-americanos na década de 60, durante a Guerra Civil do Laos.

Uma das teorias da utilidade destes artefactos foi a de que os recipientes de pedra fizessem parte de uma rota comercial usada pelos antigos povos que transitavam por lá e servissem para a coleta de água da chuva. Para que os viajantes tivessem acesso a ela durante os trajetos realizados nas estações mais secas.

Outra foi a de que os jarros possivelmente tinham algo a ver com algum tipo de ritual funerário praticado pelos povos que habitavam a região mas não para o sepultamento definitivo de cadáveres.

Teoria sugerida pela pesquisadora francesa Madeleine Colani, suportada pelo trabalho dos cientistas que após realizarem escavações em uma das áreas contendo os artefactos, se depararam com uma descoberta de um local contendo corpos humanos sepultados de três formas distintas: do jeito tradicional, ou seja, em covas no solo, no interior de poços cobertos por blocos de calcário, e no interior de recipientes de cerâmica.