Local da morte de Júlio Cesar será transformado em museu a céu aberto

O museu será homenagem a Júlio César, considerado um dos maiores líderes militares da história

A Prefeitura de Roma (Itália) decidiu nesta semana que iniciará as reformas nas ruínas do Largo di Torre Argentina, local conhecido como “Área Sacra”, onde Júlio César foi assassinado em 15 de março de 44 a.C.

A reforma transformará o local em um museu a céu aberto, para homenagear César. Também há a promessa de que “novos segredos poderão ser desvendados”. O museu será aberto ao público.

O governo italiano vem se esforçando para ampliar e aumentar o interesse a cerca do turismo em Roma, que enfrenta dificuldades para custear as reformas de suas relíquias. A obra do Museu de Júlio Cesar foi orçada em € 985 mil (R$ 6,7 milhões) e será patrocinada pela Bulgari, grande empresa de joias de luxo.

A Europa está usando a estratégia de que as instituições privadas podem vincular suas marcas aos locais históricos e em troca são aliadas na conservação do patrimônio cultural, já que o turismo é fundamental para a economia dos países.

A Bulgari investiu mais de € 1,5 milhão (R$ 9 milhões) nas reformas da escadaria de Piazza di Spagna, região badalada por conta das lojas de compra e palácios dos séculos XVII e XVIII. A iniciativa da grife de jóias despertou o interesse de grifes italianas, como Fendi e Tod’s, que começaram a investir milhões na cultura do país. 

Em 1926, o ditador fascista Benito Mussolini tentou um plano de modernização da cidade e durante as obras a área foi achada junto de outros quatro templos milenares e apesar da história e importância das ruínas, elas quase foram demolidas.

A prefeita de Roma, Virginia Raggi, acredita que as obras começarão em maio deste ano e serão finalizadas em 2022.

A morte de Júlio César

Júlio César foi assassinado aos 55 anos, vítima de uma emboscada armada por senadores romanos na Cúria de Pompeu, salão onde aconteciam as reuniões do Senado. Ele tomou 23 facadas e antes de morrer teria proferido a famosa frase: “Até tu, Bruto, filho meu.” Há especulações de que Marco Bruto seria filho de César. Bruto participou da conspiração para impedir que seu pai se autoproclamasse Rei.

Uma guerra civil se iniciou em Roma após a morte de Júlio César. Familiares e amigos, como Marco Antônio, que se tornaria amante de Cleópatra, rainha do Egito, e o sobrinho e filho adotivo Otaviano, futuro Augusto, fizeram guerra aos assassinos de Júlio César, disputando depois de alguns anos a posição máxima.

Augusto se tornaria o primeiro imperador de Roma. Após assumir o trono, Augusto ordenou a construção do Templo do Divino Júlio, na praça central da cidade.

Se o esquecimento é pior do que a morte, no que dependesse de Augusto, Júlio César seria imortal. Por isso, após a obra ser concluída, ele ordenou que a praça onde Júlio César foi morto fosse fechada.

Apesar de Júlio César não ter sido imperador, o seu legado é repleto de mistérios e teve seu nome marcado na história.

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Rogerio Souza

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