O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse em entrevista nesta quarta-feira (27) não acreditar em uma possibilidade de golpe de Estado no Brasil. Para ele, se o presidente Jair Bolsonaro (PL) tentar algo nesse sentido, não terá apoio e “vai pagar um preço muito caro”.
Em entrevista ao portal UOL, Lula, candidato do PT à Presidência nas eleições deste ano, criticou a tentativa de Bolsonaro de transformar a cerimônia do 7 de Setembro, quando se celebram 200 anos da independência do Brasil, em um comício de reeleição com ameaças golpistas.
“Ao invés de realizar uma grande festa cívica, Bolsonaro quer transformar os 200 anos em um ato dele, quer transformar em uma motociata. Ele não vai ter sucesso porque sabe que a independência não é dele”, lamentou.
O ex-presidente ponderou que “os militares são mais responsáveis que o Bolsonaro” e que por isso não acredita em golpe de Estado.
“Eu não acredito em golpe, não acredito que as Forças Armadas aceitem isso, não acredito que a sociedade brasileira permita. Se esse cidadão [Bolsonaro] começar a brincar com a democracia, vai pagar um preço muito caro.”
“Eu convivi com as Forças Armadas e nunca tive problemas. Eu tenho certeza que as Forças Armadas não apoiam essas bobagens que o Bolsonaro fala. Não tem o apoio do Alto Comando”, afirmou.
‘Petrobras tem que ser mais do que uma empresa de petróleo’, diz Lula
Durante a entrevista, o ex-presidente defendeu o aumento do investimento na cadeia de produção de petróleo, em especial no refino. Nesse sentindo, pregou o fortalecimento da Petrobras.
“Petrobras vai voltar a ser mais que uma empresa de petróleo. A Petrobras é uma empresa de energia.”
“Nós vamos fazer refinaria nesse país, esse país vai ser autossuficiente, vamos restabelecer os royalties para educação, saúde e tecnologia”, disse ainda.
Lula ainda afirmou que pretende mudar a política de preços da Petrobras.
“Eu pretendo mudar a política de preços da Petrobras. Eu pretendo fazer com que o preço da Petrobras seja em função dos custos nacionais. Nós produzimos em real e pagamos em real. Essa história de PPI [preço de paridade internacional] é para agradar aos acionistas em detrimento de 215 milhões de brasileiros”, sustentou.
“Nós podemos reduzir o preço, sim. Bolsonaro não teve coragem porque ele está comprometido com a privatização.”
Defendendo esses investimentos, Lula disse ainda que o Brasil “precisa ter orgulho de ser grande, esse país pode ser muito importante no mundo, estar no mesmo patamar da China, dos Estados Unidos. A gente precisa pensar grande”. O ex-presidente ainda comentou as relações com os EUA e disse que a única coisa que exige de Washington é respeito.
‘Amazônia vai ter um papel especial no meu governo’
Durante a entrevista, o ex-presidente disse que a “Amazônia vai ter um papel especial” em seu eventual governo. “É preciso que a gente leve muito a sério a importância [da questão] climática no planeta Terra, e o Brasil tem muita responsabilidade”, declarou.
“Ao invés de ficar brigando de quem é a Amazônia, ela tem que ser de todo o mundo. Apesar de o Brasil ter a soberania sobre ela, a gente pode construir com cientistas e governos do mundo inteiro o jeito de pesquisar a Amazônia, explorar todo o seu potencial de desenvolvimento na indústria de fármacos, cosméticos, para que a gente gere emprego para as pessoas que trabalham na Amazônia.”
“O Brasil é soberanamente dono da Amazônia, mas podemos fazer parcerias”, reforçou.
Promessa de não tentar a reeleição
Lula disse na entrevista que não pretende concorrer à reeleição caso seja eleito em outubro deste ano, fato tentado por todos os presidentes eleitos depois da redemocratização (Collor renunciou durante o processo de impeachment e não concorreu em 1994).
“É uma decisão minha, eu estou dizendo isso agora, da minha livre e espontânea vontade: eu quero cumprir o melhor mandato que eu já fiz na vida. E quero trabalhar em 4 anos por 40”, disse, ao mencionar os 81 anos que terá em 2026 como um dos fatores. “Eu sinceramente não penso em reeleição”.
Questionado sobre se contaria com o apoio do ex-presidente Michel Temer, que assumiu o comando do governo com o impeachment de Dilma Rousseff, Lula disse que não. “Eu acho que o Temer não vai votar em nós, mesmo”, afirmou e, posteriormente, definiu o emedebista como “um equívoco” ao resumir ex-presidentes do Brasil em poucas palavras.
Fonte: Sputnik e g1
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