Meta lança óculos VR comparáveis ao Apple Vision Pro
Após o sucesso da linha Oculus, a Meta está desenvolvendo um novo óculos VR leve e útil ao mesmo tempo, que leva o nome conceitual de Mirror Lake. Durante uma apresentação, a empresa atualizou o conceito que usa as lentes Holocake e permite que os olhos do usuário sejam vistos por quem está “do outro lado”. Confira os detalhes.
Protótipo Mirror Lake
Durante uma palestra para estudantes, Douglas Lanman, Diretor de Pesquisa de Sistemas de Exibição da Meta, atualizou o conceito apresentado pela primeira vez em 2022. Ele confirmou que a empresa fez um avanço importante no último ano e que agora, o protótipo pode se tornar um produto real que chega ao mercado.
Aqui está uma renderização – e é isso que vou mostrar a vocês – de um dispositivo que desenvolvemos há alguns anos e que é prático de construir agora. Usando Holocake, usando rastreamento ocular multivisualização, usando EyeSight, com componentes de hardware que existem, acreditamos que este fone de ouvido que chamamos de Mirror Lake, que é apenas uma renderização aqui, é realmente alcançável.
Douglas Lanman, Diretor de Pesquisa de Sistemas de Exibição da Meta
Há alguns anos, a Meta tenta apresentar um óculos que é leve e útil ao mesmo tempo, mas tudo segue na casa do conceito. Quando mostrou a ideia pela primeira vez ao mundo, Mark Zuckerberg citou que a ideia ainda não havia sido colocada em um dispositivo integrado, mas que poderíamos ver isso em algum momento.
Na palestra, Douglas disse “que poderíamos construir um óculos VR como este com um tempo significativo”.
Avanços esperados
Apesar de ainda ser uma ideia que mais segue no papel, o novo óculos VR da Meta chega para inovar o mercado por meio de alguns conceitos que, se derem certo na prática, podem colocar a empresa de Mark Zuckerberg na disputa do título de melhor fabricante de óculos VR. Veja abaixo.
Lente varifocal
Uma lente varifocal resolve o problema de foco conforme a distância. Na prática, as lentes do óculos são realocadas por um mecanismo para permitir melhor visualização do ambiente virtual. O conceito de lente varifocal é amplamente usado em câmeras de segurança, mas a Meta trabalha nele há no mínimo cinco anos.
O problema de vergência, que é a capacidade dos olhos de ajustar sua posição para manter a imagem de um objeto focalizado na retina, permitindo que você veja com clareza tanto objetos próximos quanto distantes, foi resolvido. Essa coordenação dos movimentos dos olhos é fundamental para a visão binocular e a percepção tridimensional do mundo ao nosso redor.
O primeiro óculos VR da Meta com uma lente varifocal era um protótipo. Em 2018, durante a conferência F8, a empresa apresentou o Half Dome que usava o rastreamento ocular para que as lentes fossem ajustadas por meio de um mecanismo. O grande problema é que, segundo especialistas, falta confiabilidade em usar algo como isso em um óculos VR.
A empresa seguiu usando este conceito em outros dois óculos VR: o Half Dome 2 tinha mecanismos mais confiáveis e um design mais compacto (o que trouxe um menor campo de visão).
Já o Half Dome 3 deixou de usar o mecanismo móvel para, então, usar uma pilha de camadas de lentes de cristal líquido para que o efeito varifocal fosse aplicado. Ele era mais compacto, lembrava os tradicionais óculos de esqui e foi o mais perto que a Meta chegou de colocar o projeto Mirror Lake no mercado.
Lentes Holocake
Modelos de óculos VR, como o Quest 2, Valve Index e PlayStation VR2, usavam um tipo de lente do tipo óptica refrativa regular, que é mais grossa e obriga os acessórios a ter um maior espaço entre as telas e as lentes, deixando eles maiores. Modelos como os Meta Quest 3, Pico 4, Bigscreen Beyond e o próprio Apple Vision Pro possuem lentes que levam o nome de Holocake.
A diferença é que estas lentes mais modernas são retas e usam a polarização para “dobrar” o caminho óptico, o que deixa ele mais curto. A Meta usou este conceito para seu projeto Mirror Lake, mas “uma lente holográfica fina e plana”, foi escolhida para um possível lançamento.
A empresa de Mark Zuckerberg também optou por mudar o conceito “holográfico”. Em vez de fazer uma exibição de campo de luz 3D, acontece uma projeção de holograma para que a melhor imagem seja vista.
Um dos “problemas” das lentes Holocake está na sua limitação: elas precisam de laser especializados como fonte de luz. A Meta ainda não sabe qual seria a melhor fonte para isso, uma vez que a retroiluminação LED não é adequada e demais lasers ainda não estão prontos para chegar ao mercado final. Zuckerberg falou sobre isso em uma entrevista de 2022:
Precisaremos fazer muita engenharia para obter um laser viável para o consumidor que atenda às nossas especificações: que seja seguro, de baixo custo e eficiente, e que possa caber em um headset VR fino. Honestamente, até hoje, o júri ainda não decidiu sobre uma fonte de laser adequada.
Zuckerberg sobre as lentes Holocake em seu próximo Óculos VR
Tela com EyeSight
Por fim, a Meta também prepara uma funcionalidade que permitirá que os olhos do usuário, por meio de uma projeção, sejam vistos por quem está na frente dele. Na prática, isso evita que os óculos VR precisem ser removidos.
O Vision Pro da Apple também tem uma funcionalidade que diminui a opacidade das telas quando uma pessoa chega no mesmo espaço que você. Será possível ver e falar com quem está sem o óculos e, quando a pessoa for embora, voltar a focar no que estava fazendo. Isso será útil no entretenimento, trabalho e demais tarefas que o aparelho for colocado para trabalhar. Veja:
A ideia da Meta segue basicamente este mesmo conceito, apesar do protótipo ser maior do que imaginamos para um produto final. Mas foi confirmado que o design do Mirror Lake pode sim entregar isso em um formato pequeno.
Comparações com o Vision Pro da Apple
O visionOS é um sistema operacional desenvolvido apenas para o óculos de realidade virtual da Apple. Além de trazer integração com o Disney+ de uma forma especial e imersiva, a empresa de Cupertino apresentou recursos de videochamada, melhor uso de áudio e mais.
Atualmente, o Meta Quest 3 conta com um sistema operacional baseado no Android 12 do Google, que é facilmente integrado com o sistema para smartphones. Não houve uma confirmação por parte da Apple que os óculos VR funcionarão apenas com outros aparelhos fabricados por ela mesma, mas a gente lembra que podem haver algumas limitações caso você tenha um celular que roda Android em vez de iOS.
A bateria também é um assunto importante: a Apple optou por não colocar baterias no Vision Pro com a justificativa de que isso pode deixar o aparelho muito pesado. Em vez disso, há uma bateria com cabo que pode ser colocado no bolso. Veja abaixo:
Todas as imagens que vimos do protótipo da Meta possuem um fio e estão longe de parecerem leves, então fica a dúvida se a empresa da Zuckerberg irá optar por seguir este mesmo caminho ou usar uma fonte de energia mais leve do que as baterias de lítio.
Também é quase certo que ambos os modelos tenham a mesma aparência dos óculos VR que conhecemos atualmente. O sistema operacional, processador e funcionalidades especiais será a grande cartada das empresas para fazer o investimento ser realizado.
A Apple também já divulgou o preço oficial do Vision Pro: US$ 3.499 nos EUA (R$ 17.295,21 em conversão direta), com lançamento previsto para o começo de 2024.
Preço e data de lançamento
Mark Zuckerberg não estipulou uma meta de lançamento para os novos óculos VR da Meta e a empresa parece não estar com pressa para colocar este produto no mercado. O último comentário sobre este assunto é que ele poderá ser visto apenas “segunda metade da década”, então não espere uma data de lançamento antes do começo de 2025.
Como a Meta ainda nem pensa em quando deve lançar o Mirror Lake, o preço está ainda mais em aberto, mas não espere nada abaixo de US$ 3.500 devido às inovações presentes. É esperado que a estratégia de lançamento seja a mesma do que a da Apple: a Meta deve colocar seu novo óculos VR no mercado estadunidense e apenas em um segundo momento ele chega a outros países.
FONTE: showmetech
Portais:
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to curioso para experimentar…mas ainda creio que isso só vai ser bom mesmo com a interface neural…um dispositivo igual black mirror! ai sim vai ser sinistro kk #luzpranos
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Bem Loko o design desse e aos poucos ficando menores.
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IA revolucionando
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