Cientistas da UnB desenvolvem método para castrar cães e gatos sem cirurgia
Pesquisadores brasileiros desenvolvem um novo método para castrar cães e gatos, sem a necessidade de uma cirurgia. A técnica obteve bons resultados em roedores machos e, no mês de abril, os testes com gatos devem ser iniciados. Caso os estudos comprovem a segurança e a eficácia, o procedimento poderá ser feito em animais que vivem nas ruas, reduzindo os custos da castração.
A técnica inovadora é resultado das pesquisas do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da Universidade de Brasília (UnB), coordenadas pela professora Carolina Madeira Lucci. Os resultados iniciais do novo procedimento de castração, induzida pelo calor, foram publicados nas revistas científicas Nanotoxicology e Pharmaceutics.
A partir do calor, técnica da UnB pode funcionar como alternativa de castração de cães e gatos machos (Imagem: Reprodução/Twenty20photos/Envato)
A castração cirúrgica dos animais (seja macho ou fêmea) é extremamente eficiente, mas não é rápida nem de fácil acesso, lembra a professora Lucci, em comunicado. Exige infraestrutura e profissionais habilitados. Então pensei: será que a gente não pode simplificar, desenvolver um método que não seja cirúrgico e que funcione?, comenta.
Estudos da castração sem cirurgia
Até o momento, os experimentos foram feitos em ratos machos e, segundo a equipe de cientistas, os resultados foram positivos. Após uma sessão do procedimento, os roedores ficaram estéreis em definitivo, sem apresentar nenhum efeito colateral.
A partir do mês de abril, serão iniciados os testes com gatos. “A nossa ideia é aplicar a técnica primeiro em gatos, porque eles têm uma reprodução aceleradíssima, e depois em cachorros. Além disso, os gatos têm um tamanho mais fácil de trabalhar, enquanto os cachorros variam muito em relação ao porte, o que requer uma adaptação do método”, detalha Lucci.
É importante explicar que, quando aprovada, a estratégia de castração deve ser aplicada apenas em cães e gatos machos. Isso porque o acesso aos testículos (gônadas) destes animais é mais fácil, afinal estão localizados fora do abdômen. Nessa posição, possuem uma maior sensibilidade ao calor. Isso é fundamental, já que o processo depende da indução de altas temperaturas no local.
Como funciona o novo método de castração?
O procedimento é simples e não demanda acompanhamento posterior. “A vantagem é que, como eu não estou fazendo nada cirúrgico, não preciso acompanhar esse animal depois (não preciso tirar pontos nem aplicar antibiótico). A cirurgia expõe o animal a microrganismos, e ele pode desenvolver uma infecção. Neste tratamento, isso não acontece”, pontua Lucci.
Basicamente, o animal deve ser sedado e, em seguida, receberá uma injeção de nanopartículas de óxido de ferro no testículo. A partir deste ponto, duas técnicas de esterilização podem ser aplicadas:
Magnetohipertermia: uso de um campo magnético;
Fotohipertermia: luz de LED.
No caso da magnetohipertermia, o campo magnético externo é aplicado na região dos testículos e as nanopartículas injetadas geram calor apenas no local da aplicação. Agora, na fotohipertermia, utiliza-se um LED infravermelho para que as nanopartículas transformem a luz em calor e promovam a esterilização. Em nenhum dos dois procedimentos, o animal sofre com queimaduras, mesmo que a temperatura possa chegar a 45 °C. No total, os processos duram cerca de 20 minutos.
Vale explicar que, desde os anos 1970, pesquisadores investigam os efeitos do calor das células testiculares. Inclusive, testes com dispositivos que induzem a redução da produção de espermatozoides em humanos já foram feitos.
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