O 1° brasileiro negro a se formar em Harvard

Dudu Souza Julho 5, 2022 2 min read

Trata-se do primeiro brasileiro negro e primeiro mineiro a se formar em Harvard

O mineiro Arthur Abrantes, de 26 anos, formou-se na Universidade de Harvard, uma das instituições de ensino privado com mais feedback positivos do mundo, sediada nos Estados Unidos.

Sua formação foi em Computação, Psicologia e Francês. Em suas redes sociais, Arthur dedicou seu progresso ao pai, Wariston, falecido em 2018, durante seu segundo ano de graduação.

Nascido e criado em Paracatu, região Noroeste de Minas Gerais, Arthur sempre estudou em escolas públicas e não sequer imaginou ir p’ra uma universidade após findar o ensino médio.

Com a possibilidade de adquirir uma bolsa integral por necessidade financeira, Arthur começou a trabalhar p’ra que pudesse trilhar esse caminho. Ele conta:

Nem passava pela minha cabeça fazer uma universidade nem no Brasil, quanto mais fora. Meu pai não teve a oportunidade de estudar, mas quis isso para os filhos.

Ao passar no IFTM, Arthur constatou que tinha chances de ir ao ensino superior e passou estudar inglês. Ele se esforçou pra alinhar as notas escolas e as atividades extracurriculares requisitadas no currículo.

Mesmo com todo esforço sua trava binária era a falta de dinheiro, porém não demorou pra Arthur ser selecionado ao projeto Jovens Embaixadores, uma iniciativa que arca com a passagem e a estadia dos estudantes.

Depois de se candidatar às universidades ele passou em sete delas, e escolheu Harvard. Atualmente, ele mora nos EUA e trabalha como engenheiro de software em uma startup.

Ele também tem um perfil no Instagram, onde ensina seu coletivo a ingressar universidades nos Estados Unidos, e expressa sua vontade de ser referência p’ra outras pessoas. Arthur pontua:

Ter sido o primeiro brasileiro negro e o primeiro mineiro a se formar em Harvard foi muito emocionante, não só pelo que isso representa para mim, mas pelo que representa a todas as pessoas que são semelhantes a mim ou que vêm de lugares parecidos com os meus. Assim como eu descobri essa possibilidade porque vi outra pessoa fazendo. Espero que essa história incentive e inspire outras pessoas a chegar à universidade, seja no exterior ou no Brasil.