O ator judeu que foi carpinteiro em Hollywood

Rogerio Souza Junho 16, 2024 4 min read

A história é muito interessante e motivadora, e particularmente me chama atenção por ter sido a profissão do Messias em sua vida mais memorável.

Devido ao Reino ter tanto trabalho com madeira, construções, e vários irmãos talentosos e/ou dedicados a esse ofício.

Também por ser a profissão do Samurai Musashi, o qual aproveitei pra divulgar novamente o vídeo que fiz a respeito.

A reflexão que eu encontrei em inglês, traduzi e acrescentei de mais informação, fazia já essa conexão com estratégia militar e a expressão “vencer pelo desgaste”, por esse motivo aproveitei para sugerir novamente que vejam um dos meus docudramas favoritos de sempre: A Arte da Guerra de Sun Tzu.

– Em 1964, o ator judeu Harrison Ford se mudou para Hollywood para se tornar ator.
“Mas eu cheguei em um ônibus metafórico cheio de pessoas que tinham a mesma ambição”, disse ele.
Então, ele elaborou um plano para prevalecer sobre a concorrência:
Enquanto Ford passava tempo com os outros aspirantes a ator naquele ônibus metafórico, ele percebeu algo:
A maioria deles estava com pressa.
Eles estavam com pressa para “conseguir” ou para ganhar muito dinheiro ou para provar algo para alguém.
Qualquer que fosse a razão, a maioria estava em um cronograma apertado.
Então, o plano de Ford era fazer o oposto: alongar seu cronograma.

Para isso, Ford disse: “Eu tinha que ter outra fonte de renda. Então, me tornei carpinteiro.”
“Fazendo carpintaria”, ele explicou, “eu pude esperar. E, com o passar dos anos, a taxa de desistência eliminou muitas dessas pessoas da concorrência até que, finalmente, restaram apenas alguns de nós no ônibus daquela turma inicial.

Sempre vi a vida assim – você só precisa encontrar uma maneira de aguentar firme, de prevalecer.”

Lição 1:
Ford escolheu a carpintaria por duas razões.
Primeiro… quando ele se mudou para Hollywood, ele ensinou a si mesmo as habilidades básicas de carpintaria necessárias para consertar sua casa dilapidada. Ele foi imediatamente atraído pelo processo de consertar coisas, chamando-o de “uma forma de meditação”.
Segundo… ele pensou – já que Hollywood é uma cidade onde todos conhecem todos – um trabalho de carpintaria poderia levar a um trabalho de atuação.
De fato.
Ford ficou conhecido como o “carpinteiro das estrelas”. Sua lista de clientes incluía Francis Ford Coppola, James Caan, Richard Dreyfuss e Joan Didion.
Mais famoso, no início dos anos 1970, Ford estava construindo “uma entrada de pórtico elaborada” nos escritórios de Coppola, onde o amigo de Coppola, George Lucas, estava conduzindo reuniões de elenco para Star Wars.
Um dia, Ford disse: “George me pediu para ler com os outros atores. Não havia indicação de que eu poderia ser considerado para um papel no filme.”
“Eu li com cerca de 300 atores e, semanas depois, eles me perguntaram se eu queria interpretar Han Solo.”

Lição 2:
A estratégia de Ford de “aguentar firme” é uma versão civil do que os estrategistas militares chamam de “vencer pelo desgaste”.

A Ciência Militar do Mestre Carpinteiro

Em um estudo das principais guerras que moldaram o curso da história, esta estratégia tem sido uma constante – aquele que consegue aguentar mais tempo, muitas vezes, acaba prevalecendo.

“Vencer pelo desgaste” é uma tática que envolve esgotar os recursos e a vontade do inimigo, em vez de buscar uma vitória rápida e decisiva. Este método foi empregado em várias guerras históricas:

Guerra Civil Americana: O General Ulysses S. Grant aplicou essa estratégia contra os Confederados. Ele sabia que o Norte tinha mais recursos e soldados do que o Sul. Ao manter a pressão constante, ele conseguiu desgastar as forças confederadas até que elas não pudessem mais continuar a luta.

Guerra civil americana e escravidão

Primeira Guerra Mundial: As trincheiras e o combate prolongado no front ocidental são exemplos clássicos de uma guerra de desgaste. Nenhuma das partes conseguia uma vitória decisiva rapidamente, então a guerra se transformou em um conflito prolongado de atrito, onde o objetivo era esgotar os recursos humanos e materiais do inimigo.

Segunda Guerra Mundial: A Campanha de Bombardeio Aliado contra a Alemanha, especialmente as cidades industriais e a infraestrutura logística, foi uma tentativa de desgaste. O objetivo era destruir a capacidade de produção e a moral do inimigo, eventualmente levando à rendição alemã.

Guerra do Vietnã: As forças norte-vietnamitas e vietcongues usaram uma estratégia de desgaste contra os Estados Unidos. Sabendo que não poderiam vencer em batalhas convencionais, eles optaram por uma guerra de guerrilha prolongada, esperando que os Estados Unidos eventualmente desistissem devido às altas baixas e à pressão política interna.

Apocalipse: Guerra dos mundos

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Guerra Irã-Iraque: Este conflito de oito anos entre Irã e Iraque (1980-1988) é outro exemplo de guerra de desgaste. Nenhum dos lados conseguiu uma vitória rápida, resultando em um longo e sangrento impasse que esgotou os recursos de ambos os países.

A essência de “vencer pelo desgaste” está em resistir mais tempo do que o adversário, utilizando todos os recursos disponíveis e suportando as dificuldades prolongadas. É uma estratégia que requer paciência, resiliência e uma capacidade de suportar perdas substanciais em busca da vitória final.

Da mesma forma, na vida pessoal e profissional, a capacidade de persistir em face das adversidades, mantendo um esforço constante e adaptando-se às circunstâncias, pode muitas vezes levar ao sucesso quando outros desistem. Ford compreendeu essa lição e a aplicou à sua carreira, mas o princípio é universal e pode ser observado em muitas áreas da vida humana.