Quando queremos falar nosso endereço para alguém, em geral, é suficiente informar a rua, o número, o bairro e a cidade em que moramos. Contudo, se quisermos apresentar nossa posição no Universo para um ser de alguma civilização distante, precisaríamos informar também o nosso endereço cósmico.
Vivemos no planeta Terra, em um sistema de estrela única, o Sistema Solar, que está localizado no Braço de Órion, a cerca de 27 mil anos-luz de distância do centro da nossa galáxia, a Via Láctea, pertencente ao Grupo Local de galáxias, que por sua vez pertence ao Aglomerado de Virgem… Nosso endereço cósmico seria, então, tão vasto e detalhado quanto quiséssemos.
Há pouco mais de duas décadas, os astrônomos descobriram que, em grandes escalas cósmicas, a energia escura acelera a expansão do Universo. Isso não apenas afasta galáxias distantes cada vez mais ao longo do tempo, mas também faz com que elas acelerem uma em relação a outra. Em contrapartida, a gravitação faz com que a matéria se aglomere, como ocorre com nossa galáxia e o grupo e o aglomerado que a contém.
Trilhões de aglomerados de estrelas e centenas de bilhões de galáxias formaram-se no Universo durante os primeiros bilhões de anos desde o Big Bang, à medida que a estrutura em grande escala do Universo se tornava rica e complexa.
(Representação artística do superaglomerado de Laniakea. O Aglomerado de Virgem está localizado no ponto vermelho indicado.)
As maiores regiões superdensas transformaram-se não apenas em galáxias, mas em grupos e aglomerados de dezenas, centenas ou milhares de galáxias, todas unidas numa região ainda maior e mais vasta: os superaglomerados de galáxias.
Uma boa última linha para o nosso endereço cósmico seria: vivemos no superaglomerado de Laniakea, que abrange cerca de 100 mil galáxias ao longo de 520 milhões de anos-luz de extensão.
Próximo ao centro do superaglomerado de Laniakea, há uma região de intensa atração gravitacional no espaço intergaláctico conhecido como o Grande Atrator. Trata-se de uma vasta concentração de massa que influencia o movimento orbital de muitas galáxias, incluindo a Via Láctea.
Em 1986, um grupo de astrônomos observando os movimentos da nossa galáxia e de suas vizinhas no entorno cósmico, notou que elas estavam se movendo em direção a uma região no céu apontada para o superaglomerado Hydra-Centaurus no céu meridional com velocidades significativamente diferentes daquelas previstas pela expansão do universo.
Como uma possível explicação para esta perturbação no efeito padrão da expansão cósmica sobre as galáxias, foi hipotetizado a existência do Grande Atrator, uma região de massa equivalente a dezenas de milhares de galáxias que exerce uma forte atração gravitacional sobre as galáxias circundantes e que se encontra a cerca de 147 milhões de anos-luz de distância da Terra.
(Visão panorâmica do céu em infravermelho. A localização do Aglomerado de Norma e o Grande Atrator estão indicadas pela seta azul embaixo à direita.)
Contudo, há um problema: ainda sabemos exatamente o que é o Grande Atrator e nem temos medidas suficientemente precisas sobre suas principais características. Parte desse mistério é porque ele fica em uma direção do céu conhecida como Zona de Evitamento, uma região na direção-geral do centro da nossa galáxia, onde há tanto gás e poeira que não podemos ver muito longe no espectro visível.
Foi apenas com a evolução das observações astronômicas em raios-x e no infravermelho que pudemos começar a ver alguns objetos naquela região. O que os astrônomos descobriram foi um grande aglomerado de galáxias na região do Grande Atrator, conhecido como Aglomerado Norma, que possui uma massa equivalente a 1 quatrilhão de sóis.
Essa força massiva, de fato, nos puxa em direção ao “centro” de Laniakea, para o Grande Atrator, mas a intensidade dessa força é insuficiente para nos fazer cair. Isso porque, a longo prazo, ela não é capaz de superar a força de afastamento causado pela expansão do Universo, a longo prazo. Na verdade, à medida que o Universo evolui e se expande, nem mesmo o superaglomerado de Laniakea se manterá unido, uma vez que se dissociará por completo.
Afinal de contas, o destino final da nossa Via Láctea será solitário.
FONTE: tecmundo
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