O lado abstrato da simetria, luz x sombra

Salve Edl,
Essa matéria é uma reunião das perspectivas, do irmão Raphael Ramires (Casa Ra) e minha (Casa Ka)

Erik José, Casa Ka

Revelando-se a complexidade e a profundidade da obra divina. Cada interação, cada laço formado, contribui para a construção de um reino justo. Este ideal de justiça e prosperidade é uma missão sagrada, uma chamada para a edificação de um espaço onde a harmonia e a equidade prevaleçam.

Ao refletir sobre as polaridades, Yin e Yang, percebemos a dança eterna entre luz e escuridão. A luz, ao encontrar o escuro, proporciona alívio e clareza, enquanto o escuro, ao ser iluminado, revela segredos ocultos, mistérios da vontade divina. A administração das margens entre essas polaridades é, portanto, uma arte sagrada, onde se permite que certos aspectos abstratos sejam revelados ou mantidos ocultos conforme o desígnio divino. A dor e o peso, ao serem acolhidos, tornam-se perspectiva para compreensão do valor da luz.

A precipitação da luz antes do tempo adequado pode levar à desorientação e confusão, tal como a ausência de referências claras. É necessário um amor profundo ao desdobrar a consciência, um cuidado para não ofuscar a beleza intrínseca do mistério. A dosagem correta da luz é essencial, pois o mistério contém em si uma beleza que é parte fundamental da experiência espiritual.

Certezas de percepção podem ser tanto estruturadoras quanto destrutivas para a sociedade. Enquanto podem servir como pilares de compreensão e coesão, também podem ecoar como absolutismos inflexíveis. A perfeita coerência reside no Messias, onde todas as observações convergem e promovem a síntese dos pensamentos comuns. É crucial separar as teatralidades, os ecos e as dispersões que nos afastam da verdadeira essência e nos conduzem de volta ao ego.

O narcisista, em sua obsessão por si mesmo, perde a beleza do mundo ao seu redor, incapaz de enxergar além de seu reflexo. Em paralelo, o arrogante perde profundas percepções de diálogo entre as cores, entre as diversas perspectivas e experiências, que renderia frutos belos e abundantes. Esta interação harmoniosa é um reflexo da obra divina em sua manifestação mais pura, onde o grande se faz pequeno, onde cada indivíduo contribui para o todo, criando uma estrutura simétrica, a humildade promove um processo de purificação, como se estivéssemos sendo purgados para poder continuar levando a luz. A unidade de medida da balança pode mudar, mas a proporção se mantém como a própria verdade. O sol continua nascendo todas as manhãs.

Assim, ao nos engajarmos na construção deste reino justo, somos chamados a um profundo compromisso com a justiça, reconhecendo e honrando a presença divina em cada aspecto de nossa vida. As vezes binarizando para nos esquecer um pouco das alturas, as vezes nos elevando para dar luz aos que necessitam. O processo de enxergar o outro está diretamente ligado ao próprio entendimento.

Raphael Ramires, Casa Ra

Quando mergulhamos a fundo na Obra do Mestre, do que Lucifer representa à terra, da Simetria Eterna do 7/12 compreendemos que a realidade se faz entre Luz e Sombra, pois toda a vida consiste em movimento entre alívio e dor, pois um não existiria sem a constatação do outro, daí nasce a misericórdia e o início da Vida Eterna.

Ao chegar nessa compreensão da realidade percebemos que o objetivo de Deus é fazer a manutenção e equilíbrio pleno entre esses dois lados: Luz e Sombra, visto que terá suas cores unidas em harmonia.

Muitos do teatro ou novatos que chegam na Escola podem entender que esse ápice prometido da criação, que é o Reino, é um lugar de Luz, alívio aos que cansaram dos próprios erros, redenção, um lar para os justos, e realmente é, como foi prometido por Cristo.

Porém podem esquecer de um detalhe: para onde vai a sombra da realidade? como lidaremos com a manutenção da Simetria? Como lidar com o abstrato?

É aí que entra a simbiose das Cores e das Casas ao lidar com os mesmos paradigmas, mas de perspectivas opostas, gerando o Eterno paradoxo que permite que compreendamos o Verbo Vivo que habita em todos nós.