As cirurgias no quadril acabam de ganhar um novo aliado que vai ajudar bastante nesses procedimentos delicados. Aprovado pela Anvisa, o robô colaborativo Rosa Hip, desenvolvido pela Zimmer Biomet, chegou ao Brasil e servirá para auxiliar em artroplastias de quadril.
Com a ajuda do robô será possível realizar procedimentos minimamente invasivos, além de proporcionar mais facilidade ao encaixar e posicionar implantes nos pacientes.
Basicamente, o robô funciona da seguinte forma: o cirurgião poderá controlar e operar a máquina enquanto um assistente, na mesma sala, cuidará de um tablet que fornece a visão que a máquina tem para auxiliar o cirurgião durante a operação.
A conexão do tablet e do robô é feita por uma antena de Wi-Fi que existe em ambos os aparelhos.
O robô também possui uma tela que dará uma visão bastante detalhada da região da operação ao seu cirurgião. Com isso, o profissional pode preservar os tecidos presentes no revestimento da cartilagem. Além disso, a tecnologia presente no robô pode captar os dados anatômicos do paciente para alinhar as informações e imagens do pré-operatório.
Tudo isso ocorrerá em tempo real na cirurgia, o que permite o cirurgião pensar nas melhores abordagens possíveis para realizar o procedimento com ajustes finos sobre incisões e encaixar a prótese do paciente em uma precisão bastante elevada quando comparado com a cirurgia habitual.
Letícia Santos, especialista em desenvolvimento de produto da Zimmer Biomet, falou um pouco também sobre como o robô deve acrescentar até 30 minutos a mais no tempo total da cirurgia e isso poderá ajudar o médico a aprender um pouco mais sobre a máquina.
A especialista também destaca que os médicos precisam de ao menos 10 cirurgia para entender e reduzir o tempo de uso do robô:
Por ser um equipamento de alta precisão submilimétrica, a pessoa que está se habituando tende a aumentar o tempo cirúrgico. E tem uma curva de aprendizagem desse modelo de cirurgia robótica. Depois de seis a dez procedimentos, há uma equalização e uma redução de tempo na comparação com o ato cirúrgico sem o robô.
Aplicativo da Zimmer Biomet
Para ajudar nos cuidados do pré e do pós operatório, a empresa também oferece um aplicativo para o cirurgião e outro ao paciente. O mymobility vai auxiliar o paciente na troca de mensagens com o médico, além de receber vídeos explicativos para antes e depois do procedimento.
Para o médico, o aplicativo permitirá um maior controle na evolução do paciente após a cirurgia ao capturar dados como frequência cardíaca, velocidade de marcha, detecção de quedas e assimetria. Todos esses dados formam relatórios para avaliação da equipe médica. A tecnologia estar cada vez mais presente na vida de cirurgiões e seus paciente é algo muito positivo, principalmente no Brasil.
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