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Depoimentos falsos em vídeo, comentários forjados sobre produtos e serviços, aumento artificial de seguidores nas redes sociais e na busca do Google. Por R$ 20, é possível encontrar esses e outros serviços no VintePila e no Vinteconto, plataformas brasileiras de ‘bicos’ on-line.
Inicialmente voltados para a contratação de designers, locutores e outros profissionais freelancers a preços módicos, estes sites acabaram criando um mercado paralelo de “marketing de influência” que pode expor trabalhadores a infrações à lei, segundo especialistas ouvidos pela Repórter Brasil.
No caso da VintePila, por exemplo, a reportagem identificou um anúncio em que o contratante pedia que o freelancer, vestido de jaleco, gravasse um vídeo se passando por médico e falando bem de uma determinada empresa.
Patricia Peck, advogada especialista em direito digital, explica que a ação pode até infringir o artigo 282 do Código Penal, sobre exercício ilegal da medicina.
Em outro anúncio postado no VintePila, o freelancer recebe a missão de gravar um vídeo exibindo a própria conta bancária, dizendo ter obtido dinheiro por meio de um curso de “como ganhar uma renda extra”.
Ao contrário do VintePila, em que o contratante também pode publicar anúncios demandando serviços, o Vinteconto funciona como uma vitrine virtual restrita a prestadores.
Em outras palavras, a plataforma permite apenas que freelancers ofereçam sua mão-de-obra, geralmente com slogans do tipo “eu vou dar meu depoimento para o seu produto”.
A Repórter Brasil tentou fazer contato com o Vinteconto, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto.
Em nota, o VintePila informou que identificou anúncios que violavam seus termos de uso e que está realizando uma auditoria interna.
“Estamos focados em identificar eventuais problemas sistêmicos que possam ter permitido a disseminação desses anúncios falsos”, diz o texto. A empresa afirma ainda que trabalha para “aprimorar a confiabilidade da plataforma”.
‘Trabalho de ator’
A reportagem conversou com um prestador de serviço dessas plataformas. Desempregado, ele conta que buscou os sites durante a pandemia de Covid-19, pela necessidade de dinheiro rápido. Desde então, afirma já ter gravado cerca de 50 depoimentos.
No primeiro mês, ele relata ter recebido R$ 300 com o VintePila. Hoje, no entanto, por causa do excesso do que chama de “freelancers desesperados”, sua renda mensal não chega a R$ 100. Cursos online, apps de cassinos virtuais e até estimulantes sexuais já foram tema de depoimentos gravados por ele.
Questionado sobre a veracidade dos produtos e serviços que ajuda a vender, ele compara o trabalho ao de um ator em comercial de TV, por ter de seguir um script mandado pelo cliente.
“Para mim, aquilo ali é um personagem. Eu nunca parei para pensar que existia esse lado aí [de infração à lei]”, diz.
Seu amor por R$ 20
A Repórter Brasil também pesquisou vídeos produzidos por freelancers do VintePila para a promoção de sites acusados de fraudes, como o “Retrato da Alma Gêmea”.
Com mais de 100 reviews negativos no ReclameAqui, o app cobra ao menos R$ 27,90 para que um médium desenhe o retrato da suposta alma gêmea do cliente.
No entanto, usuários relatam o envio de desenhos repetidos por parte do aplicativo. Também há queixas de pessoas que nem chegaram a receber seus pedidos, mesmo tendo pagado por eles. Outros reclamam por não terem conseguido o estorno dos valores.
Contatada pela Repórter Brasil, a empresa também não retornou até o fechamento deste texto. A identidade dos trabalhadores foi preservada para evitar possíveis perseguições virtuais.
Plataformas cientes das negociações
O VintePila se classifica como “uma plataforma na internet que fornece espaços para que vendedores ofereçam seus produtos ou serviços, e compradores possam adquirir esse produtos ou serviços”. Em seus termos de serviço, o site se isenta de qualquer responsabilidade por eventuais infrações à lei.
De maneira similar, os termos do Vinteconto também se eximem de responsabilidade legal, informando ainda que “é vedado aos usuários anunciar à [sic] venda ou comprar produtos que sejam proibidos ou violem a legislação vigente”.
Para evitar que clientes troquem contatos para negociar serviços por fora da plataforma, as empresas informam que todos os anúncios e mensagens são avaliados por moderadores da própria plataforma, antes de irem ao ar. Dessa forma, acabam tomando ciência de tudo o que é anunciado ou negociado.
Essa moderação de mensagens e anúncios pode implicar legalmente as empresas, diz a advogada Patrícia Peck. “A partir do momento em que ela monitora e fica ciente de um ato ilícito, ela pode ser implicada por negligência, se não tomar uma providência”, pontua ela.
Os termos de serviço do VintePila e Vinteconto preveem a retenção de 20% de toda transação realizada em seus espaços. Para cada R$ 20 vendidos no site, somente R$ 16 caem no bolso do freelancer.
Vamos mudar a realidade do Brasil?
Houve um tempo onde precisávamos confiar em estranhos representando multidões que não os veriam novamente até as eleições seguintes.
Hoje, entretanto, a tecnologia nos permite acessar os mais íntimos documentos, pagamentos e todo tipo de comunicação pessoal. Se confiamos no sistema para ter acesso a tudo o que é mais sagrado em nossas vidas, por que ainda não permitem que também nos representemos na Câmara dos Deputados?
Se já temos nossas identidades virtuais garantidas na hora de consumir e contratar, por que também não a utilizamos para fiscalizar os políticos, votar leis e propor soluções diretamente no Congresso Nacional? Por que ainda permitimos que esse método arcaico nos iluda?
Exigimos uma cadeira virtual no Congresso, representando todos os cidadãos do país, que votarão a partir de suas casas, deixando clara a opinião coletiva em todas as votações e discussões da Câmara. Para saber mais clique aqui
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Luz p’ra nós
Luz p’ra nós
É uma notícia muito preocupante, pois mostra como algumas pessoas podem se aproveitar da internet para enganar outras com falsas informações e propaganda enganosa.
#luzpranos
Luz p’ra nós 🙏⚛️💥⚠️✅
Luz pra nós
Luz p’ra nós!
Lpn!
A preocupação com essa questão é bastante relevante. Geralmente, costumo realizar uma pesquisa minuciosa sobre o médico que irá me atender, especialmente quando se trata de consultas por telemedicina. É possível acessar informações sobre o médico no site do CFM (Conselho Federal de Medicina) ou até mesmo fazer uma pesquisa no Google usando o nome completo e CRM para verificar se existem registros de processos ou outras informações relevantes sobre o profissional. Isso ajuda a garantir a qualidade e confiabilidade do atendimento médico.
Vamos mudar essa realidade do Brasil, eu apoio o congresso online.
Luzpranos
É o jeitinho br passando dos limites, infelizmente.
Gratidão pelo post
Luz p’ra nós
LPN
A Internet é uma mina terrestre, se não olhar direito explodi no meu pé.
Luz p’ra nós!
Luz pra nós
Luz p’ra nós!
Luz p’ra nós!
luz p’ra nós!!