Risco Caído - Escola de Lucifer

Risco Caído

Risco Caído é um lugar geomorfológico e arqueológico na ilha de Gran Canaria, Espanha. O local contém cavernas pré-históricas, templos e celeiros atribuídos à cultura pré-hispânica das Ilhas Canárias.

Este lugar cultural abrange uma área de 18.000 hectares, pouco mais de 11% da superfície da ilha.

O Risco Caído é uma jazida arqueológica da época troglodita integrada por 21 cavernas com importantes manifestações rupestres, que se relacionam com crenças mágico-religiosas e cultos de fertilidade.

Uma destas cavernas conta com uma pequena entrada de luz em sua abóbada que permite, desde o solstício de verão ao outono, a passagem de um feixe de luz que se projeta nas paredes e ilumina uma série de gravuras rupestres.

Por isso, muitos arqueólogos consideram que o Risco Caído poderia ter servido como marcador astronômico pré-histórico. De fato, nos templos ou “almogarenes” do Risco Caído e o Roque Bentayga eram celebradas cerimônias relacionadas com as estações do ano.

No complexo, destacam-se as grutas denominadas C6 e C7, localizadas a norte da vila, provavelmente as mais antigas, e que albergam aquele que foi um dos mais importantes santuários montanhosos das antigas Canárias, destacam-se pela sua importância astronômica, cerimonial e simbólica. . Todas as grutas são dotadas de uma grande profusão de gravuras púbicas, taças e baixos-relevos.

A gruta C6, conhecida por almogarén ou santuário do Risco Caído, é um recinto escavado de planta circular e cúpula paraboloide, muito raro neste tipo de construção na ilha.

Além de sua arquitetura especial, o mais significativo é que esta caverna possui um dispositivo óptico ou canal de luz escavado que projeta a luz do sol ou da lua cheia em uma das paredes da câmara principal, onde se encontram as manifestações da caverna. Em forma de taças e triângulos púbicos e gravados em baixo relevo.

É uma manifestação única que mostra uma linguagem visual inusitada para essas culturas, uma hierofania que consiste na projeção dinâmica da luz do sol que penetra pela abertura, projetada especificamente para esse fim, criando uma sequência surpreendente de imagens que são projetadas em parte das gravuras. Dessa forma, recria-se uma história com imagens visuais em movimento que se repetem desde tempos imemoriais, cujo discurso teria funcionalidade simbólica e astronômica.