Ainda que tenha ficado com o vice-campeonato em Teahupo’o, é Gabriel Medina o surfista do circuito mundial que melhor se adapta às ondas onde serão disputadas as Olimpíadas de 2024, no Taiti, na Polinésia Francesa. Mesmo assim, porém, é grande a chance de ele não estar na competição.
E isso deveria ser motivo mais do que suficiente para a Associação Internacional de Surfe (ISA) mudar, para os Jogos de Los Angeles-2028, os critérios de classificação que valeram tanto para Tóquio-2020 quanto agora para Paris-2024.
São 10 vagas em jogo pela World Surf League (WSL), com limite de dois atletas por país. Como há diversos brasileiros, norte-americanos e australianos no topo, a última dessas vagas acabou na mão do 19º colocado do ranking, o sul-africano Matthew McGillivray. Pelo Brasil, vão Filipe Toledo e João Chianca, o Chumbinho, que vão disputar a título da temporada no Finals.
Gabriel Medina terminou dentro da zona de classificação, em sexto, mas não conquistou a vaga, assim como Yago Dora, em sétimo. Ítalo Ferreira, o 13º, e Caio Ibelli, o 18º, também ficaram acima do último classificado.
A confederação e o comitê olímpico nacional podem antecipadamente definir que quem somar mais pontos será o convocado, pré determinar cenários em que o segundo seria escolhido (por exemplo, se ele teve melhores resultados contra os líderes do ranking), ou fazer uma seletiva entre os elegíveis.
As potências de modalidades como natação e atletismo, que classificam por índice, costumam fazer seletiva para definir quem, entre os classificados, será convocado. Não vai necessariamente quem fez uma marca melhor durante o ano, mas quem entregou melhor resultado na hora H.
No caso do surfe, faria ainda mais sentido, porque este esporte é mais influenciado pelas condições externas do que qualquer outro. Chumbinho foi o quarto colocado de um campeonato (o ranking da WSL) que avalia o surfista que melhor se adapta a diferentes tipos de onda. Mas a competição olímpica não é sobre isso.
Vai ganhar a medalha de ouro de Paris-2024 quem melhor surfar especificamente em Teahupo’o. Em tese, o favorito seria Gabriel Medina, seis vezes finalista nas últimas sete vezes que competiu ali, mas ele não se classificou por terminar a temporada 1.050 pontos atrás de Chumbinho. Só a injusta eliminação de Medina no Surf Ranch custou ao surfista de Maresias mais de 1.200 pontos. É um critério justo? Não acho.
Escola de Lúcifer
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Espero que dê bom. Ver BR brilhando lá fora é bom demais
Luz p’ra nós!
Gratidão! Luz p’ra nós!
Lpn!
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Medina é bom no que faz
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