Semana Santa - Escola de Lucifer

A Semana Santa é uma data a religiosa estabelecida pela Igreja Católica no início do século IV (4 | 301 à 400 anos). A data foi fixada pelo evento ter coincidido no mesmo período que celebram Páscoa judaica (conhecida como “Pessach” ou “Pesach”, que comemora a libertação dos hebreus da escravidão no Egito e dura sete ou oito dias), onde ocorre na primeira lua cheia após o equinócio de primavera no hemisfério norte. Por isso não temos uma data fixa.

Algumas denominações cristãs também solenizam o evento, tais como igrejas ortodoxa, protestantismo, anglicana, adventista do sétimo dia… cada uma com suas próprias crenças, práticas e tradições. Com objetivo principal de reverenciar e saudar a Paixão, Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo.

Citarei o exemplo, de rituais da Páscoa Católica, com uma cronologia, onde aqui no Brasil é considerado feriado na sexta-feira para demonstrar sua importância:

Domingo de Ramos: celebração da entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes da sua morte na cruz. Os fiéis carregam ramos de palmeiras ou outras plantas em procissões para lembrar este evento. Alguns também as colocam as folhas em seus portões como forma de homenagem.

Quinta-feira Santa: celebração da Última Ceia de Jesus com seus discípulos, quando ele instituiu o sacramento da Eucaristia e o sacramento da Ordem.

No sacramento da Eucaristia, Jesus tomou pão e vinho, deu graças, partiu e distribuiu aos seus discípulos, dizendo: “Este é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim.” Em seguida, tomou o cálice com vinho, deu graças e disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós.” Esse momento é considerado pelos cristãos como a origem da celebração da Missa ou da Ceia do Senhor.

Já no sacramento da Ordem, Jesus escolheu os seus discípulos e os ordenou para o ministério, conferindo-lhes o poder de perdoar os pecados e celebrar os sacramentos. Essa ordenação foi transmitida através dos séculos por sucessão apostólica, sendo atualmente realizada pela imposição das mãos do bispo sobre os candidatos ao sacerdócio.

Sexta-feira Santa: Solenidade da morte de Jesus Cristo na cruz, em memória do seu sacrifício para a redenção da humanidade. Este é um dia de jejum, abstinência, reflexão, oração e penitência, para recordar a renúncia, que ele fez pela humanidade, realizam-se práticas religiosas como a Via Sacra, a procissão do Senhor Morto e a meditação sobre os mistérios da paixão de Cristo, eventos relacionados aos sofrimentos que Jesus enfrentou antes de sua morte na cruz. Sendo:

Agonia no Horto: quando Jesus orou no Jardim do Getsêmani antes de sua prisão e crucificação;
Flagelação: quando Jesus foi açoitado pelos soldados romanos;
Coroação de espinhos: quando Jesus foi coroado com uma coroa de espinhos pelos soldados romanos, que zombaram dele;
Carregamento da cruz: quando Jesus carregou a cruz até o local de sua crucificação;
Crucificação: quando Jesus foi pregado na cruz e morreu.
Morte e sepultamento: quando Jesus morreu e foi colocado em um túmulo.

De acordo com os relatos bíblicos, ele foi julgado e condenado à morte pelo governador romano da Judeia, Pôncio Pilatos, sob a acusação de sedição e de se autoproclamar rei dos judeus, Messias, o salvador prometido pelo Antigo Testamento, o que gerou uma grande controvérsia e conflito com os líderes religiosos que acreditavam em outras interpretações. Também acusavam que suas ideias e ensinamentos eram considerados ameaçadores e contrários dos seus interesses, ou seja, uma ameaça as tradições e ao poder da época, sendo assim pressionaram Pilatos a condená-lo à morte, temendo uma rebelião popular se não atendesse às demandas dos líderes judeus, cedeu e sentenciou Jesus à crucificação.

Maria, a mãe de Jesus, estava presente na crucificação de seu filho. O Evangelho de João, por exemplo, relata que Jesus, pouco antes de morrer na cruz, viu sua mãe e o apóstolo João, a quem amava, próximos a ele, e disse a Maria: “Mulher, eis aí o teu filho!” e ao discípulo: “Eis aí a tua mãe!” (João 19:26-27).

Sábado de Aleluia ou Sábado Santo: dia em que Jesus Cristo está no túmulo e a igreja realiza a Vigília Pascal, que é uma celebração da ressurreição de Jesus. Ritual mais importante do calendário litúrgico cristão, um evento histórico e religioso complexo, com diversas motivações políticas, sociais e religiosas envolvidas.

Domingo de Páscoa: celebração da ressurreição de Jesus Cristo, é um dia de alegria para os cristãos, que lembram a vitória de Cristo sobre a morte, marca o fim da quaresma e o início do Tempo Pascal, cerca de 50 dias, tempo que são feito a leitura de textos bíblicos que falam sobre a ressurreição de Cristo. As celebrações são marcadas por músicas festivas e alegres, como forma de celebrar a vitória de Cristo sobre a morte.

De acordo com a Bíblia, após a ressurreição, Jesus apareceu diversas vezes para seus discípulos e seguidores. Ele apareceu para Maria Madalena, para dois discípulos no caminho de Emaús, para os apóstolos reunidos em um quarto trancado, para Tomé e para muitos outros. Ele também apareceu para mais de 500 pessoas de uma só vez (1 Coríntios 15:6).

Durante essas aparições, Jesus ensinou e exortou seus seguidores, comprovou sua ressurreição e falou sobre o Reino de Deus. Ele também ordenou que seus seguidores pregassem o Evangelho a todas as nações e prometeu enviar o Espírito Santo para capacitá-los nessa tarefa. Finalmente, ele ascendeu ao céu na presença de seus discípulos, dando-lhes a promessa de que voltaria novamente um dia.

Viva o Messias!