Ser ateu é muito fácil; difícil é ser cristão

Mateus Oliveira Novembro 26, 2022 5 min read

Quantos de nós morreriam por uma causa maior que nós mesmos? A vida religiosa, não só é mais difícil que a vida ateia, já que você precisa andar na linha, mas também é mais perigosa. O ateu não se importa com o amanhã, com a moral e com as virtudes. Pra que se importar se tudo veio do nada e pro nada voltará? Pra que seguir uma moral, se não há Deus? Morreu acabou. Os ateus moralistas são aqueles cuja alma, em algum lugar, ainda se lembra de Deus.

Agora, para os religiosos, principalmente cristãos, sempre foi mais difícil. Não bastando se esforçar a vida inteira pra não pecar e andar nos caminhos divinos, você ainda apanha e morre pela sua fé. Essa foi a vida de dezenas de milhões de cristãos ao longo da história. Milhares deles foram canonizados pela Igreja, e se tornaram os santos que nós conhecemos. Pra que apanhar e morrer por uma causa dessas? Ué… deve ser porque é a Verdade, não? Na verdade, é mais que a Verdade. Se fosse só uma verdade qualquer, você nega e fica sossegado. Mas não, você prefere ser torturado e morrer do que negar. É mais que uma simples verdade, é uma Missão de vida! Aqui estão 5 exemplos de cristãos, posteriormente canonizados, que passaram por isso. Confira também o conteúdo complementar, que além de importante, tem tudo a ver com a matéria!

1. Santa Cecília

Santa Cecília é como é conhecida a santa padroeira dos músicos e da música sacra. Cidadã de Roma, de origem nobre, casou-se com Valeriano, mas por não querer perder sua fé, orou a Deus para que preservasse sua virgindade.

Após casarem, Valeriano, cético, disse que só acreditaria na história se pudesse ver o espírito para quem ela orava. Converteu-se ao cristianismo e conseguiu convencer seu irmão a se juntar à religião também. No entanto, foram perseguidos por Turcius Almachius, prefeito de Roma, que exigia, sob a pena de morte, que eles renegassem a religião.

Cecília e eles foram levados a julgamento e, por recusarem formalmente abandonar sua fé, foram sentenciados à morte. Ela teve o fim mais cruel dos três: primeiro, foi colocada em um quarto com água muito quente.

Como não cedeu, foi levada ao carrasco do imperador, que mesmo após três golpes não arrancou a cabeça da mulher. Conta uma parte da lenda que ela cantava a Deus enquanto tentavam arrancar sua cabeça.

2. São Cassiano

Bispo de Bréscia foi mestre em Ímola durante o século IV, onde dava aulas sobre taquigrafia, visando ensinar preceitos cristãos sem que fosse perseguido por professar sua fé. Certa vez, foi obrigado pelo imperador Juliano, o Apóstata, a realizar sacrifícios aos deuses pagãos romanos.

Em virtude de sua negação em atender a um desejo do imperador, foi condenado à morte, com requintes de crueldade. Isso porque Cassiano era conhecido por ser severo com seus alunos, então o imperador determinou que eles seriam os responsáveis por impor o castigo máximo ao bispo.

Preso a uma estaca, foi torturado pelos jovens com os materiais que usava em sala de aula, morto por eles, que lhe arrancaram membro por membro com as próprias mãos. Acredita-se que, pela pouca força dos alunos, o processo tenha sido lento e doloroso.

3. São Brás

Outro santo a não ter um fim fácil foi São Brás. Capturado pelos romanos e preso, foi durante seu cativeiro que ficou conhecido como padroeiro das doenças da garganta, por ter retirado um espinho da garganta de uma criança, salvando-a.

Após isso, São Brás conseguiu escapar da prisão, escondendo-se no deserto. Porém, ao ser capturado pelos oficiais romanos, decidiram que seria decapitado, mas não só. Os soldados do imperador decidiram lhe arrancar toda a pele, usando para isso o ferro quente de uma tosadora de lã. Enquanto agonizava, teve sua cabeça arrancada.

4. Santa Luzia

Vinda de família de nobres, Santa Luzia tinha sobre si expectativas de que casasse com um homem rico. No entanto, ainda jovem, comprometeu-se com o cristianismo, prometendo permanecer virgem para sempre. Quando foi finalmente obrigada a casar, acabou traída pelo próprio esposo, que a denunciou aos oficiais do imperador romano.

Condenada, foi forçada a viver uma vida de trabalhos sexuais forçados. Contudo, uma força fazia com que os soldados não conseguissem arrastá-la para o bordel. Cansados das tentativas, cortaram-lhe a garganta e arrancaram seus olhos como punição. Por causa dessa última parte que ela entrou para a história como a padroeira dos cegos.

5. São Sebastião

São Sebastião foi outro perseguido pelo império romano. Conta a história que, ao chegar em Roma, se juntou ao exército local, tentando converter os soldados ao cristianismo. Descoberto, foi arrastado até o imperador pagão, que ordenou a morte de Sebastião por arqueiros.

No entanto, ele conseguiu sobreviver aos ferimentos. Porém, o imperador Diocleciano, irritado, decidiu que Sebastião deveria ser espancado com paus até a morte. Após morto, seu corpo foi jogado nos esgotos romanos, uma tragédia completa.

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