Shakira cancela concerto em Israel após pressão do BDS

As instituições culturais palestinas e as administrações locais pediram à cantora que não realizasse concertos em Tel Aviv.

A estrela colombiana Shakira não se apresentará em Tel Aviv este ano, após a pressão de ativistas que apoiam o movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções.

A Campanha Palestina pelo Boicote Acadêmico e Cultural de Israel (PACBI) disse em comunicado ontem que “congratula-se com o anúncio de que Shakira não estará se apresentando em Tel Aviv tão cedo, frustrando as esperanças de Israel de usar seu nome para lavar suas últimas obras de arte. Massacre em Gaza. ”

“Centenas de municípios palestinos e organizações culturais, bem como milhares de fãs e ativistas de boicote, de Gaza e Líbano à Colômbia e EUA, apelaram a Shakira para cancelar”, acrescentou o PACBI em seu comunicado.

As instituições culturais palestinas e as administrações locais pediram à cantora vencedora do Grammy que não realizasse um concerto em Tel Aviv, como estava previsto.

“Atuar em um estado de apartheid, seja na África do Sul no passado ou em Israel hoje, desafiando as vozes dos oprimidos sempre prejudica a luta popular dos oprimidos para acabar com a opressão.

“Fazer isso logo após um massacre israelense completo contra nosso povo em Gaza é uma lavagem moral moralmente repreensível do crime”, dizia uma carta aberta assinada por várias entidades de arte e municípios palestinos.

A carta apareceu no site do movimento Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS).

Relatando o progresso feito pelo movimento BDS, o PACBI acrescentou em sua declaração: “Celebridades internacionais, incluindo Lorde, Natalie Portman e Gilberto Gil, estão cada vez mais se recusando a se associar ao governo Netanyahu de extrema direita de Israel e ao regime de opressão de décadas”.

“O diretor nacional de teatro de Portugal, Tiago Rodrigues, e dezenas de bandas do Reino Unido juntaram-se recentemente a milhares de artistas em todo o mundo que apóiam o boicote cultural institucional de Israel, em solidariedade à luta pacífica dos palestinos por liberdade, justiça e igualdade”.

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Jac Jannie

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