Socorro aposta em compostagem para desenvolvimento sustentável

Metade dos resíduos urbanos gerados no Brasil são orgânicos e poderiam ser reciclados em casa ou em escala industrial por meio da compostagem, um processo biológico de decomposição da matéria orgânica. Sua implantação reduz o lixo nos aterros sanitários, diminui o mau cheiro do lixo doméstico e ainda abre possibilidades para seu uso como adubo ecológico, utilizado no cultivo de alimentos orgânicos e hortas.

Tais questões levaram Socorro, cidade no interior de São Paulo, a implantar o projeto “Vira Adubo Comunitário” em 2022. Por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, esta iniciativa garantiu que em somente oito meses cerca de 22,7 mil litros de matéria orgânica fossem encaminhados para o processo de compostagem – desviando do aterro sanitário e evitando assim a geração de gás metano.

A iniciativa visa o fortalecimento da coleta dos resíduos orgânicos domésticos, separados pelos moradores. Há também uma ramificação na educação ambiental e realiza oficinas práticas e integrativas, além da manutenção da Horta Urbana Agroecológica, que usa o composto orgânico produzido localmente e beneficia o bairro com alimentos de qualidade.

O secretário de Meio Ambiente, Tiago Sartori, indica que o aumento da separação e destinação correta de resíduos orgânicos do bairro reduz gastos públicos, aumenta a vida útil do aterro sanitário, serve como adubo para a horta do bairro, além de contribuir com a preservação de recursos naturais.

“A criação de um centro de compostagem em conjunto com a horta agroecológica cria a oportunidade de participação ativa da comunidade na solução dada aos resíduos orgânicos e na produção de alimentos”, ressalta.