Táxi voador elétrico e autônomo é revelado por startup

A Wisk Aero, uma startup que opera no ramo de eVTOLs, acaba de apresentar sua nova aeronave totalmente elétrica e capaz de voar sem piloto a bordo. Apoiada pela Boeing, a empresa busca agora o sinal verde da Administração Federal de Aviação (FAA) para realizar os primeiros testes com passageiros.

Formada em 2019, a empresa pode se tornar a primeira a conseguir tirar do papel um projeto ambicioso: criar um serviço de táxi aéreo autônomo com o aval das autoridades nos Estados Unidos.

Para isso, segundo as regras da FAA, as empresas de aviação precisam de três tipos de certificação: o primeiro garante que a aeronave que será utilizada atende aos padrões de segurança da entidade; a certificação de produção, como o nome indica, permite iniciar a fabricação da aeronave; já a certificação de transportador aéreo autoriza a iniciar o serviço.

A aeronave já está em sua sexta geração e possui seis rotores dianteiros, cada um com cinco pás que podem se inclinar na horizontal ou vertical. Os rotores traseiros, por sua vez, consistem de duas pás fixas na posição vertical.

A empresa revela que o modelo apelidado de ‘Gen6‘ pode acomodar quatro passageiros. Sua velocidade de cruzeiro é de 222 km/h e o alcance é de 140 quilômetros por carga. O táxi voador pode operar em altitudes de 760 a 1220 metros acima do solo.

A ideia da Wisk é fornecer um serviço semelhante ao Uber, ou seja, que pode ser chamado por aplicativo. O plano é que o veículo não tenha piloto a bordo, usando apenas um sistema inteligente de piloto automático com supervisão remota de um piloto humano.

Quando estiver funcionando, as aeronaves vão decolar e pousar em vertiportos localizados no topo dos edifícios. A empresa diz que espera lançar o serviço nos próximos cinco anos.

Além da Wisk, outras empresas como a Archer já alegaram que estão prestes a lançar serviços semelhantes nos Estados Unidos. Esse mercado, inclusive, conseguiu atrair a atenção de gigantes como a sul-coreana Hyundai, a Toyota e a Airbus, principal concorrente da Boeing. Analistas preveem que o nicho de táxi aéreo pode valer nada menos que US$ 150 bilhões até 2035.