A ‘startup’ especializa-se “no desenvolvimento de plataformas de computação avançada e de ferramentas de monitorização inteligentes, relacionadas com a operação e controlo de radares e telescópios”, disse a Câmara da Pampilhosa da Serra, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
O contrato de comodato entre a Junta de Freguesia de Fajão-Vidual e a ATLAR foi assinado na quinta-feira e permite à empresa instalar-se num edifício onde outrora esteve instalada a Associação Serra e Caça.
“Para além do caráter simbólico que tem, é também um marco estratégico naquilo que a Câmara Municipal tem feito ao longo de mais de uma década”, salientou o vereador Rui Simão, citado na nota de imprensa.
O autarca recordou que a Pampilhosa da Serra tem-se posicionado “como um território com condições únicas naquilo que é a relação com as ciências do espaço e com a astronomia”.
Para Rui Simão, este foi mais um passo no sentido de aumentar a “reputação do território em termos de posicionamento turístico”, no que concerne à “observação do firmamento que se pode obter a partir da Pampilhosa da Serra”.
“Escolheram este sítio por ser o melhor em Portugal para instalar este tipo de equipamentos, já que têm que estar privados de toda e qualquer poluição luminosa”, realçou.
De acordo com o município, a instalação da ATLAR vai permitir facilitar e expandir um trabalho técnico e científico já iniciado, a partir do Observatório Espacial de Pampilhosa da Serra, infraestrutura integrada na rede europeia e mundial de monitorização do espaço que está localizada na aldeia de Porto da Balsa, a poucos minutos de Fajão.
Citado na nota de imprensa, o cofundador da ATLAR Helder Ribeiro manifestou a satisfação por concretizar “um desejo antigo” e referiu que a instalação permite ter uma equipa perto de sensores de observação do espaço ali instalados.
O município realçou que a mobilização de profissionais especializados “poderá ter expressivos reflexos no desenvolvimento do concelho e particularmente na Freguesia de Fajão-Vidual”.
De acordo com o presidente da junta, Carlos Simões, os trabalhos da ATLAR, a partir do Observatório Espacial, já conduziram à criação de “pelo menos um posto de trabalho e irão criar ainda mais”.
Para além de servir como sede de empresa, o edifício irá permitir “alojar funcionários e técnicos” que diariamente vão estar no território.
O contrato de comodato prevê um período mínimo de utilização do edifício durante dois anos.
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