Van Gogh na busca pela luz

Erik José Fevereiro 24, 2024 3 min read

Salve EDL, dando continuidade, hoje abordaremos o artista Van Gogh

Vincent Willem Van Gogh, (1890) foi um pintor holandês considerado uma das figuras mais famosas e influentes da história da arte ocidental. Ele criou mais de dois mil trabalhos em pouco mais de uma década, incluindo por volta de 860 pinturas a óleo, a maioria durante seus dois últimos anos de vida. Suas obras abrangem paisagens, naturezas-mortas, retratos e autorretratos caracterizados por cores dramáticas e vibrantes, além de pinceladas impulsivas e expressivas que contribuíram para as fundações da arte moderna.

Van Gogh nasceu numa família de classe média alta e começou a desenhar ainda criança, sendo descrito como alguém sério, quieto e pensativo. Voltou-se para a religião e passou um tempo como missionário protestante na Bélgica. Enfrentou em sua vida uma busca espiritual intensa, via a natureza como representação do divino e por isso a usava de inspiração. Criado em lar religioso protestante, queria ser pastor mas mudou de ideia conforme teve desdobramentos com sua consciência.

Podia ver os passos da luz e como a mesma se fragmentava em cores, conseguia transbordar essa percepção para literalidade através da arte. Caracterizado como esquizofrênico e depressivo, representou o quântico de forma literal. Incompreendido em seu tempo, se isolou por longos períodos da sociedade. O degradê de tons em suas obras criam imagens puras, como no exemplo de A noite Estrelada, sendo uma imagem estática que transmite movimento através da percepção. Nas paisagens mortas suas angústias em contraste a obras vívidas e orgânicas. A vida e a morte são um ponto forte do artista, atingindo emoções que estabelecem uma conexão similar entre os observadores.

Em intenção, Van Gogh utilizou o girassol como referência a Cristo, portador da luz representada pelo amarelo e seguidor do sol, carrega o circuito de Fibonacci, em representação ao infinito. Seria a salvação, posicionando que a temática central de suas obras é o divino.

“Quando sinto uma terrível necessidade de religião, saio à noite para pintar as estrelas.” – Van Gogh

O ato de extrair dos momentos infernais as mais sublimes obras também é uma questão recorrente entre os artistas, uma vez que mergulhando na escuridão e expressando com sinceridade sentimentos como solidão, medo e vazio, momentos que valorizam o amor de Deus por nós, que suporta os pontos de agonia, nossos erros e pecados. Quando sintonizamos estes sentimentos, o enaltecemos por entender a misericórdia. A arte da asas para o abstrato e quando contempla a profundidade da dinâmica existencial, é capaz de tocar a alma.

Mas fique tranquilo(a) se essa percepção não lhe vem ou veio de forma imediata. Podemos sintonizar diversas formas de expressão, e a intenção é abordar outras nos próximos posts! Quem puder deixar sua perspectiva mais sensível do tema, será de grande ajuda!