O Zimbábue vai sacrificar 200 elefantes para enfrentar a falta de comida causada pela pior seca em décadas no sul da África. As autoridades divulgaram a medida nesta sexta-feira (13).
Segundo o ministro do Meio Ambiente, o país tem “mais elefantes do que o necessário”. Ele afirmou que ordenou à Autoridade de Parques e Vida Selvagem do país (ZimParks) que proceda com os sacrifícios seletivos.
Os 200 elefantes vão ser caçados na reserva natural de Hwange, a maior do país. As informações foram confirmadas pelo diretor-geral da ZimParks, Fulton Mangwanya, à AFP.
Elefante africano
Calcula-se que o Zimbábue abrigue 100 mil elefantes, a segunda maior população do planeta, depois de Botsuana. Segundo a ZimParks, existem 65.000 desses mamíferos apenas em Hwange, quatro vezes mais do que o parque pode abrigar.
No fim de agosto, a Namíbia divulgou uma medida semelhante para sacrificar 700 animais selvagens, incluindo 83 elefantes.
O governo disse que os animais serão usados para alimentar pessoas que passam fome por causa da seca. O objetivo não é apenas oferecer carne para milhares de pessoas, mas também aliviar a pressão sobre os recursos hídricos.
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) estima que restem cerca de 415.000 elefantes no continente africano, contra mais de 3.000.000 no começo do século XX.
Os elefantes asiáticos e africanos estão ameaçados de extinção, menos as populações de elefantes da África do Sul, Botsuana, Namíbia e do Zimbábue, onde são consideradas apenas “vulneráveis”.
Namíbia e Zimbábue estão entre os países do sul da África que declararam estado de emergência devido à seca.
fonte: g1.globo.com
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